Análises

Call of Duty: Modern Warfare 2

Game quebra recorde de vendas em seu lançamento

Call of Duty: Modern Warfare 2” chega ao mercado para PlayStation 3, Xbox 360 e PC, produzido pela Infinity War e distribuído pela Activision. É continuação direta do aclamado “Call of Duty 4: Modern Warfare” lançado em 2007 (e que só agora ganhou um port adaptado pela Treyarch para o Nintendo Wii, enquanto os outros consoles ganham a continuação) e é o sexto título da série.

A Activision está confiante na popularidade da franquia e aposta no seu sucesso de entretenimento nesse fim de ano, com estimativas de vendas que variam entre 11 a 13 milhões de unidades vendidas até o final de 2009. E parece que toda essa confiança não é a toa, MW2 em seu primeiro dia de lançamento vendeu “apenas” sete milhões de cópias em todo mundo, batendo o recorde de lançamento mais bem sucedido na história dos videogames. Desbancou GTA IV, que vendeu seis milhões em uma semana. Imaginem então até onde MW2 pode chegar. E bem que Robert Kotick, presidente da Activision avisou, “será um dos maiores lançamentos da indústria do entretenimento de qualquer meio de todos os tempos“,  falou semanas antes do lançamento.

“Modern Warfare 2” é um jogo de guerra em primeira pessoa, que se passa em tempos modernos. Esqueça os clichês dos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial, em MW2 você vai assumir o papel de soldados de elite militares em missões na América do Sul (favelão no Rio de Janeiro –  e ainda tem gente que diz que não lembram do Brasil na hora de produzir games), EUA, Rússia, Cazaquistão e Afeganistão. MW2 se destaca pelos gráficos de última geração, modelos de personagens realistas e a ação intensa e fluída.

A edição de luxo de “Modern Warfare 2”, vem embalado em uma caixa metálica, um livro de ilustrações com artworks e um par de óculos de visão noturna com logotipo do game. Uma edição limitada para o X360 foi lançada, com um HD de 250 GB e controles sem fios.

A edição de luxo de Modern Warfare 2, vem embalado em uma caixa metálica, um livro de ilustrações com artworks e um par de óculos de visão noturna com logotipo do game. Uma edição limitada para o X360 foi lançada, com um HD de 250 GB e controles sem fios.

Guerra moderna no conforto de casa

A história de MW2 continua alguns anos depois do capítulo anterior. O protagonista não é mais o sargento “Soap” MacTavish, que foi promovido ao posto de capitão da força aérea. O herói da vez é Gary “Roach” Sanderson, integrante da força-tarefa multinacional liderada por MacTavish para deter a reconstrução do grupo terrorista que detonou uma bomba nuclear no game anterior. Mas você não possui uma identidade fixa e irá sempre controlar novos personagens, inclusive o controle de um terrorista.

Nada de muito arrojado, mas a história vai se desenvolvendo e prende a atenção do jogador, mas como em todo FPS, não é o foco principal. O que chama a atenção são os cenários super detalhados e requintados que o game apresenta. Claro que teremos uma atenção especial para a fase que se passa na favela do Rio de Janeiro, com traficantes descendo o morro e atirando por todos os lados (eita coisa boa pra imagem do país). O clima é tenso e muito real, você provavelmente vai sentir como o Capitão Nascimento dentro da favela, procurando um canto para se esconder nas estreitas ruas e nas casas com paredes finas que não resistem às balas. O grau de realismo nas favelas retratado no game impressiona, podendo-se notar até mesmo “gatos de energia” nas casas.

O game começa no caos das ruas do Afeganistão, tiros por todos os lados, soldados gritando, explosões pelo caminho, helicópteros atacando em meio a uma cidade semi-destruída. Outros cenários também impressionam, como a densa neve na Rússia e os conflitos nas ruas dos EUA.

Os gráficos apresentam um grau de realismo incrível, que vai proporcionar uma grande imersão no game e te fazer se sentir dentro de uma zona de combate. Além do visual, conta com belos efeitos de luz e sombras. Aliado a isso temos o som que tem grande destaque para os efeitos sonoros que criam toda uma atmosfera através das vozes dos rádios de comunicação, tiros ininterruptos e explosõe devastadoras. A dublagem é formidável, seu colegas de combate estarão sempre falando com você com reações diversas, assim como civis e os inimigos, destaque para as dublagens em português nas favelas do RJ. A trilha sonora foi brilhantemente composta por Hans Zimmer, notório pelo seu trabalho em filmes como “Pearl Harbor”, “Gladiador” e “Piratas do Caribe” e vai garantir o clima nos momentos de tensão.

Há alguns momentos cinematográficos e épicos, como a sequência que você dirige um jipe com uma mão, atira com a outra e ainda tem que entrar em um avião em movimento. Adrenalina total no melhor estilo de Hollywood.

A guerra fictícia apresenta muita violência e cenas pesadas, não sendo classificado para menores. Há um cenário que causou muita polêmica, em que você assume o papel de um terrorista, com centenas de civis sendo mortos no local. Há a opção de se atirar ou não nas pessoas. Não será surpresa nenhuma se o game for vetado aqui no Brasil, como aconteceu com “Counter Strike”.

A mecânica do jogo não mudou muito, seguindo a mesma fórmula do mire, atire e corra. Por outro lado a inteligência artificial dos oponentes foi melhorada, com soldados que atiram nos momentos oportunos, que se escondem, que mudam constantemente de posição e podem até surpreender o jogador. A tela fica manchada de sague quando você é baleado, em um efeito muito bacana, mas que atrapalha sua visão. A quantidade de armas e equipamentos foi consideravelmente aumentada, passando por metralhadoras, rifles, espingardas, pistolas, granadas, um escudo e claro, a boa e velha faca.

O arsenal conta com equipamentos modernos e potentes para fazer inveja ao Jack Bauer de “24 Horas”, como a arma com um visor LCD que mostra a posição do inimigo e o Predator Missele, que é acionado por um notebook com a visão e o controle do míssil para o jogador.   Os veículos também marcam presença e você poderá pilotar jipes, snowmobiles, barcos além de assumir o controle de armas pesadas em veículos pilotados pelos colegas. Destaque para a fase que você atira de um helicóptero numa sequência fantástica.

Você pode jogar no modo single player ou campanha, que no geral é bem curta, mas de qualidade inquestionável. Ao terminar o modo campanha você habilita o Special Ops, feito especialmente para se jogar com um companheiro. Com a tela dividida ou online é possível jogar em dupla  em pequenas missões dentro de um tempo limite, com desafios variados. Há também a opção de se jogar sozinho e mesmo quem não possui conexão com a Live, é um modo que irá agradar e adicionar muitas horas de tiroteio e diversão.

Mas como já era de se esperar, a “cereja do bolo” é mesmo o modo online, praticamente um pacote à parte oferecido aos jogadores. Se você já achava o online do jogo anterior perfeito, espere para ver o que fizeram neste game. Muito mais dinâmico e interativo com a comunidade, com uma imensidão de coisas para fazer, como missões, coisas a desbloquear e um super competitivo ranking. Com 16 mapas e até 16 jogadores o modo online de MW2 é um dos melhores que você pode encontrar em um FPS atualmente, totalmente ao seu dispor para gastar centenas de horas da sua vida.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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