Análises

Eternal Legacy

Os RPGs japoneses estão entre os maiores sucessos da história dos games. Há alguns bons títulos disponíveis na App Store, mas em bem menor quantidade do que gostaríamos. Para melhorar este cenário, a Gameloft apresenta Eternal Legacy, jogo claramente inspirado em títulos antigos – algo que mesmo a empresa admite.

É fato que a Gameloft é conhecida por muitos de seus clones, mas Eternal Legacy tem seu charme e é, com certeza, uma das melhores ofertas do gênero.

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O primeiro ponto que vale ressaltar é o fato de Eternal Legacy ser o primeiro jogo totalmente traduzido para português da Gameloft para iPhone. Isso é muito importante para a comunidade brasileira e quem sabe um primeiro sinal para possíveis lançamentos de jogos na App Store do Brasil. Isto, aliás, será um padrão para todos os futuros lançamentos da empresa, informação afirmada via Twitter.

Uma poderosa força conhecida como Lua ameaça a existência da vida e Astrian, junto de outros 7 amigos, vai encarar uma jornada para impedir que o pior aconteça. Astrian, o personagem principal, carrega um grande fardo que ele ainda desconhece, o que, digamos, é um daqueles bons clichês que já vimos algumas vezes. O enredo está longe de ser algo original e faltam momentos mais impactantes, mas é funcional. O que estraga bastante a ambientação é a péssima dublagem, que dá um tom barato à trama e atrapalha qualquer climax. Se preferir, você pode desligá-la, algo bem recomendado. Ao menos a trilha sonora dá conta – e muito bem – do recado.

O sistema de batalha de Eternal Legacy é um dos seus pontos fortes por ser extremamente dinâmico. Uma barra no topo exibe a sequência de suas ações e seus tipos. Elas só são realizadas ao encher uma barra de tempo, como em um Final Fantasy. Até três podem ser configuradas por vez. Astrian e seus companheiros podem desferir ataques normais, magias, usar itens e invocar criaturas mágicas, como as famosas Summons.

Jogadores vão estranhar ao ver que apenas Astrian é controlável, mas não se engane: basta ir no menu de opções e modificar isso. É estranho ver que esta seja a configuração padrão, apesar de imaginar que a Gameloft estava visando os iniciantes. Até 3 personagens podem participar do grupo por vez. Para quem prefere parte do grupo nas mãos do computador pode assimilar profissões para cada um deles. Basta clicar no nome e selecionar entre opções como ataque e recuperação.

Diversos equipamentos podem ser encontrados em lojas, baús e chefes, mas os principais elementos são os fragmentos, pedras mágicas que podem inseridas em cada um deles para adicionar habilidades mágicas como magias de fogo, cura, melhorias de status, dentre outras. Dependendo do item, você terá até 3 slots disponíveis.

Em determinados momentos da jornada, o jogo forçará você a jogar com certos personagens, então é bom dar uma boa equilibrada. Mas não se preocupe muito, pois o desafio é baixíssimo e você raramente terá momentos de desespero. Cheguei no último chefe com média de nível 40 para todos e não perdi sequer um personagem. Ao todo, a aventura rendeu 9 horas, um número muito baixo para um RPG, apesar de ter perdido uma série de eventos extras. E aí mora um porém: uma vez na parte final, não é possível voltar. Ou seja, se você não salvou em um perfil à parte antes disto, é melhor pensar em começar do zero.

Visualmente o jogo é muito agradável. Em um primeiro momento, os cenários são simples e sem muitos detalhes, mas depois ele se expande e enormes terrenos e belas cavernas são apresentadas. As animações de batalha, em especial as invocações, mostram um competente trabalho.

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