Análises

Final Fantasy VII

Um jogo que marcou jogadores de todo o mundo e deixou sua marca na história

A série Final Fantasy já está chegando aos seus 30 aninhos, e certamente é mais velha do que muitos dos seus fãs por aí. O primeiro game da série saiu em 1987 pela Square, que passava por dificuldades na época e estava para fechar as portas e pedir falência. Foi quando Hironobu Sakaguchi (diretor/produtor da maioria dos games da série) declarou que o último jogo da empresa seria o melhor de todos, um extraordinário RPG sobre fantasia, seria a última aposta da Square, e por isso mesmo foi batizado de “Fantasia Final”. E acho que nem mesmo o seu criador, Hironobu Sakaguchi, esperava que o game Final Fantasy fizesse tanto sucesso, tirando assim a Square do buraco e apresentando ao mundo a segunda maior franquia de RPGs do mundo (a outra é a série Dragon Quest). A série FF é sinônimo de RPG, é sinônimo de sucesso com uma produção grandiosa, é sinônimo de emoção e uma história encantadora. Enfim, todo o lançamento de um novo jogo da série Final Fantasy não é apenas o lançamento de um jogo, mas é um acontecimento na indústria de games.

Desde então a série Final Fantasy tem encantado milhares de pessoas. Todos os jogos são ambientados em mundos de fantasia, com elementos de magia, medievais e tecnologia futurística, numa misturança que agradou a todos. Os diversos episódios da série não possuem ligações em seus enredos (exceto FFX e FFXIII) sendo jogos diferentes entre si, mas que compartilham alguns elementos em comum, como os chocobos, itens, magias, etc.

Não posso deixar de citar aqui também o surgimento de um dos maiores compositores de games, Nobuo Uematsu, que compõe a trilha sonora da série desde o primeiro game e que hoje é mundialmente reconhecido e idolatrado pela sua obra.

E uma pequena nota de curiosidade: ironicamente, o maior sucesso da Square que a tirou da falência, quase a leva à destruição, através do filme Final Fantasy: Spirits Within, o maior fracasso de bilheteria que custou bilhões de dólares para o bolso da Square, que conseguiu se salvar juntando-se a Enix (hoje ela é conhecida como Square-Enix).

Final Fantasy VII

Com o lançamento do filme “Final Fantasy VII: Advent Children, acho que seria legal dar uma relembrada no game que deu origem a essa mega produção. 1997 foi o ano que marcou uma geração de gamers e marcou a história dos games por vários motivos. Seria o primeiro game da série que não sairia para um sistema Nintendo (estava previsto para o N64, mas a Square abominou o uso de cartucho e trocou pela mídia em CD do PS), saindo então para o PlayStation, o que com certeza ajudou a alavancar as vendas do console da Sony. Era o primeiro game da série (e um dos primeiros RPGs) a apresentar CGs e FMVs, gráficos 3D e cenários pré-renderizados. Sem dizer que era um game super aguardado, pois seu antecessor, “Final Fantasy VI“, fora um sucesso estrondoso e todos queriam ver se a Square conseguiria se superar. A pressão sobre a Square, para um jogo que superasse os padrões de qualidade mostrados em FF VI era muito grande. FFVII mudaria todo o conceito da série, com os seus incríveis 3 CDs, com aproximadamente 60 a 75 horas de jogo (mais que o dobro que seu antecessor) e se for contar todos os segredos, personagens escondidos, side-quests, Weapons, desenvolvimento dos personagens e Matérias, podem esperar mais de 200 horas de jogo.

Quando a Square “brigou” com a Nintendo, fez sua provocação com o lançamento de FFVII, sugerindo que a empresa deveria ser executada, com o canhão apontado, certamente para a sede da Nintendo, e com a frase: “Alguém por favor dê aos caras que fazem games em cartucho um cigarro e uma venda”

E a Square conseguiu, criou uma obra-prima que foi um sucesso de críticas e vendas, sendo que até até hoje já vendeu mais de 10 milhões de cópias – o mais bem sucedido da franquia. O estilo inovador do game foi exaustivamente copiado por outros RPGs, e serviu (e serve até hoje) como modelo para muitos games lançados. Mas o que fez a sua fama mesmo foi seu maravilhoso enredo, protagonistas carismáticos, um vilão grandioso e um dos mais bem elaborados da história dos games e um triângulo amoroso que gera discussões até hoje. Tudo isso com uma história de fundo muito bem feita e uma fantástica trilha sonora que só Nobuo Uematsu poderia fazer.

A História

O Planeta… um astro de proporções diversas que vaga pelo infinito espaço em uma determinada órbita. Uma gigantesca massa de terra e areia, com um grande propósito em sua existência, talvez o mais importante destino para o qual ele foi criado há tempos imemoriáveis… o de possuir vida, de dar abrigo e proteger seres que têm vida. Mas para isso o Planeta sacrifica sua própria energia. Utilizam-se de seu fluxo de vida, de seu Lifestream, para criar a vida… sangue de seu sangue… parte de seu Lifestream… até que estes seres voltem de sua jornada e se tornem, novamente, um só com o Planeta…

Mas estes seres não sabem disso, e no topo de todos eles estão os humanos, que apesar de sua inteligência superior, não dão o devido valor ao Planeta e seu sacrifício. Pelo contrário, utilizam da sua inteligência para depredar o Planeta e roubar seu Lifestream para uso próprio, para satisfazer seus desejos mesquinhos, para adquirir poder…

Assim faz a SHINRA, roubando do planeta seu Lifestream para produzir energia Mako, tornando-se um império ditatorial, dominando a lei e a política com sua tropa de elite, os Soldiers, com uma ramificação de espiões e assassinos chamados Turks.

Mas nem sempre foi assim. Antes da Shinra, antes dos humanos, existiam outros que se importavam com o Planeta e que o consideravam como o dom máximo de qualquer ser vivente. Um povo que acreditava na chegada da Terra Prometida, onde lá finalmente teriam a felicidade suprema e a oportunidade de voltar ao Planeta, num ciclo de vida interminável. Estes eram os Cetras, um povo nômade. Os verdadeiros habitantes do Planeta.

Mas entre eles, surgiram aqueles que não concordavam com a jornada dos Cetras. Deram início a uma vida sedentária, uma vida fácil, apenas retirando do Planeta o que precisavam sem dar nada em troca. Estes eram os humanos.

E há 2000 mil anos, uma grande calamidade se abateu no Planeta. Jenova chega dos céus como um tipo de vírus destruindo toda a vida do Planeta. Os humanos, com a sua vida cômoda aceitaram a desgraça de cabeça baixa e fugiram, não se arriscando pela segurança do Planeta. Mas os Cetras enfrentaram esse destino sacrificando-se para que o Planeta recuperasse suas energias e fosse capaz de cicatrizar seu ferimento. Jenova é congelada e fica em estado de hibernação. A tribo dos Cetra foi quase dizimada, enquanto os humanos continuaram a crescer em número tornando-se a raça dominante.

E durante o reinado da Shinra, surge um homem que se diz superior aos Cetra. Um homem que se tornou uma lenda na tropa de elite Soldier. Um homem que se tornará um viajante do Lifestream, absorvendo todo o conhecimento dos Cetra. Não um homem… um ser. Fruto da falta de ética dos humanos em busca de poder que ousam brincar de Planeta: Sephiroth.

Sephiroth se volta contra os humanos, e como ele acredita ser descendente dos Cetra, pretende dizimar com essa raça e devolver o Planeta aos seus legítimos donos. No caso ele mesmo e a Jenova, que ele acredita ser a sua mãe.

Mas nem tudo está perdido. Existem, entre muitos, uns poucos que conhecem os ideais dos Cetra e o seguem, tentando impedir a inevitável morte do Planeta.

É onde se situa essa magnífica história, que mescla um enredo perfeito com personagens de grande carisma, como Cloud Strife, um simples humano que passa de um mero membro da Soldier, para um guerreiro que luta pelo Planeta e pela sobrevivência da humanidade. Um mercenário atormentado por fantasmas internos e com lembranças confusas do passado, que conhecerá os temores existentes dentro de si durante a jornada em busca do seu verdadeiro “eu”. Conhecerá o amor e o desespero de perde-lo diante de si sem poder fazer nada. É o garanhão do game, tendo a atenção das duas gatas do jogo, Tifa e Aeris.

Tudo isso cercado por companheiros, como Tifa, que trabalha em um bar, o 7th Heaven, que fica nas favelas de Midgar (a maior cidade do jogo) e que serve de fachada para o esconderijo do grupo eco-terrorista Avalanche. Um trágico acidente aconteceu em seu passado, e certo dia ela encontra um antigo amigo de infância, Cloud. Tifa guarda muitos segredos sobre o passado de ambos e será uma peça fundamental para ajudar Cloud a encontrar seu verdadeiro “eu”. Ela tem uma quedinha por ele.

Aeris, uma garota simples que apenas se preocupa em vender suas flores, com seus belos olhos verdes e personalidade encantadora, que possui dentro de si um poder que a difere dos demais. O poder dos Cetra. Por causa desse poder ela é perseguida pela Shinra que acredita que nela reside o segredo para a Terra Prometida. Aeris é a última esperança do Planeta. Mal sabia ela que sua vida mudaria radicalmente após um mercenário cair dos céus sobre as suas flores. Um mercenário que a faz lembrar de um amor perdido.

 

Barret, um negão 4×4 e líder da Avalanche, grupo eco-terrorista (calma, eles são os mocinhos) que luta pela sobrevivência do Planeta. Ele nutre um ódio terrível pela Shinra. Sua vida foi marcada pela tragédia e perdas incalculáveis. Ele usa uma metranca acoplada em seu braço amputado para lutar. Apesar de ser um brutamontes grosseiro, ele se derrete todo na presença de sua filha adotiva, Marlene.

Red XIII, também conhecido como nanaki, pertencente a uma raça de felinos que há séculos protege os moradores de Cosmo Canyon e que havia sido capturado pela Shinra para experiências genéticas. Ele tem um grande ódio pelo seu pai, que “amarelou” durante uma luta e abandonou a sua mãe para morrer defendendo a tribo. Último de sua raça, ele se juntará ao grupo e durante a jornada irá descobrir grandes verdades sobre o seu passado e a de seus pais.

 

Yuffie, uma ninja da tribo Wutai que foi destruída pela Shinra, a caçadora de Matérias (itens que dão poderes especiais) possui um objetivo: trazer de volta a potência que Wutai era antes da guerra contra a Shinra. Ela se junta ao grupo com a intenção de roubar as Matérias e levá-las a sua terra natal. Yuffie lembra muito a Misao de Rurouni Kenshin (ou Samurai X, como preferirem).

 

Cid, um piloto brilhante e de gênio forte, que não hesita em usar seu “palavreado tão rico” para insultar as pessoas. Ele já trabalhou para a Shinra, mas hoje ele também tem suas desavenças contra a empresa. Seu sonho é ir para o espaço.

 

Cait Sith, um personagem pouco confiável que pode ser um espião da Shinra infiltrado no grupo. Na verdade ele é um gato preto montado em um Moogle mecânico e que se diz poder ler o futuro. Uma curiosidade, em FF VI havia uma magia que se chamava Cait Sith e soltava uma “chuva de gato”, com um gato preto saltando de coroa saltando na tela. Ou seja, passou de invocação para personagem.

 

Vicent, um personagem sombrio e misterioso. Como a grama do vizinho sempre é mais verde, Vicent acabou se apaixonando pela mulher errada e pagou o pato servindo de cobaia para um cientista, tendo implantado em seu corpo o vírus de Jenova, alterando seu organismo completamente.

E Sephiroth, o melhor soldado da Shinra e uma verdadeira lenda viva por causa de seus feitos com a sua espada Masamune. Cloud via nele um herói a quem um dia gostaria de ser. Sephiroth, como toda boa lenda, havia desaparecido misteriosamente há 5 anos atrás, mas agora ele retornou e começou um verdadeiro massacre. Seus objetivos são desconhecidos.

E assim continua, com diversos outros personagens secundários, mas não menos importantes para a trama, como o presidente da Shinra e seu filho, os Turks, que aparecem quase sempre em cenas engraçadas, o cientista Hojo, entre outros. Como todo bom RPG, é necessário uma grande variedade de personagens, cada qual com a sua história de fundo e side-quests (histórias paralelas que acontecem durante o jogo) para enriquecer ainda mais o enredo de FFVII. E isso tudo é apenas a ponta do iceberg, pois FFVII traz muitas reviravoltas em seu enredo, tomando direções totalmente diferentes do esperado. A complexa história vai se destrinchando com os flashbacks dos personagens e pouco a pouco iremos descobrindo grandes revelações.

Gráficos

Os gráficos do jogo, que hoje em dia podem parecer ultrapassados, na época impressionaram muito. Logo no início do game já havia um grande choque: uma apresentação em FMV onde você podia ver Aeris carregando uma cesta de flores em uma rua de uma enorme cidade, com uma animação de cair o queixo, com uma qualidade nunca vista antes. Foi a pioneira de uma era onde os gráficos importavam mais do que tudo em um game (saudades dos bons tempos dos 16 Bits). Com uma ação frenética e uma rotação de câmeras, nunca usadas em um RPG antes, intercalados com animações em CG, já era o suficiente para ganhar a atenção de todos.

Esse novo sistema de câmeras e visões dão ao jogo uma maior dramaticidade, fazendo com que o jogador se “aproxime” mais da história do game, e tivessem uma nova visão do que estava acontecendo no seu desenrolar. As CGs, que aparecem durante o jogo, ajudam nessa dramaticidade, fazendo do game um prazer visual. A definição delas é muito boa e impressionam pela qualidade e ação dentro delas (claro, tudo isso baseado na época em que o game saiu) e aparecem na hora certa. O melhor exemplo disso é no clímax do jogo, no momento mais odiado pelos jogadores e que até hoje faz muito marmanjo derramar lágrimas.

O momento em que o anjo das trevas aparece para concluir sua missão. E Aeris, antes do golpe fatal, olha para Cloud. E num sinal de complacência, ela sorri para o seu amado, para logo em seguida ter seu corpo atravessado por mais de 2 metros de aço da Masamune de Sephiroth. Enquanto o corpo da jovem inocente tomba pela espada, Sephiroth abre um grande sorriso, mesclando em seus olhos verdes a ironia e o sadismo do destino, e lentamente remove a espada do corpo inerte para deixa-la cair ao chão. Esse é um dos momentos mais dramáticos do game, e se não houvesse esse vídeo em CG, com certeza ele não teria o mesmo impacto nas pessoas. A morte de Aeris foi um dos momentos mais marcantes na história dos videogames, e até hoje escuto relatos de “barbados” que não conseguem dormir com medo de rever aquela cena em seus sonhos.

Os cenários são bem feitos, possuem muitos detalhes e são bem variados e extensos, algo muito importante para um RPG, para evitar a repetividade (o que torna o game chato) e incentivar a sede de exploração do jogador. Há varias cidades, algumas modernas e futuristas, outras com jeitão de vilas e povoados, florestas, templos, parque de diversões, reatores, fazendas entre diversas outras coisas. E os cenários pré-renderizados davam uma inovadora sensação visual ao game (algo inovador para a época, que deixava outros RPGs no “chinelo”), dando um aspecto muito bonito, e alguns cenários chegavam a impressionar pela riqueza de detalhes, como quando Cloud caí nas flores de Aeris, ou os cenários das montanhas de Nibelhiem ou as cavernas nos templos dos Ancients.

Claro, nem tudo são maravilhas. Podemos perceber em alguns cenários serrilhamentos, mas nada que estrague a diversão. Talvez o maior problema fique no design dos personagens durante o jogo. Mesmo para a época, eles já eram bem feinhos, com polígonos totalmente desproporcionais (braços gigantes, pernas pequenas) e bem mal acabados (quadrados demais). Poderíamos chamar de SD Polígonos (Super Deformed Polígonos – sei lá se existe essa classificação, ehehe). Pelo menos, nas cenas de batalhas e nas CGs o design dos personagens são bem feitos. Mas o melhor de tudo é que cada personagem tem seu estilo e características próprias, bem diferentes entre si. Cada um possui diversas animações, para cada tipo de ataque (e equipamentos), magias e ataques especiais, o que enriquece o game em termos de diversão e dá uma maior versatilidade.

Músicas

Apesar da trilha sonora do game não utilizar toda a capacidade do som de CD, Nobuo Uematsu conseguiu criar uma bela trilha sonora, utilizando sintetizadores (com exceção da última música One Winged Angel, de Sephiroth). Alguns temas são repetitivos, mas o ponto forte é que são bem variadas, mudando de acordo com o tipo da cena e ação que está rolando. Há músicas de suspense, de ação, músicas lentas e verdadeiros clássicos, como a belíssima melodia de abertura ou o tema de Aeris (é difícil não se emocionar com ela, principalmente quando ela toca em sua morte) ou ainda a música final de Sephiroth, cantada em latim (uma das melhores músicas já criadas para um chefão final em um game) e a empolgante música da Highwind.

Nobuo Uematsu utilizou toda a sua experiência e criou uma bela trilha sonora. Podem não ter a mesma qualidade sonora que a dos outros games, mas possui músicas que se adaptam às circunstâncias e são carregadas de emoções, dando o toque necessário para as cenas que estamos vendo, principalmente nas cenas de CGs. Cada personagem possui sua música tema, isso inclui inclusive os Turks. Cada momento tem a música que se encaixa perfeitamente, como quando Sephiroth começa a destruir tudo, a música de fundo é sombria, dando a cena a dramaticidade necessária da loucura de Sephiroth, assim como as músicas lentas se encaixam nos momentos tristes ou de ternura e músicas mais frenéticas com as cenas de ação. Os efeitos sonoros não possuem nenhuma grande novidade, mas são eficazes e trabalham bem com o jogo. Umas vozes e sons digitalizados poderiam ajudar a melhorar os efeitos especiais do game.

Exemplos da trilha sonora do game:

1 – Prelude

2 – Tifas Theme

3 – Hurry

4 – Flowers Blooming in the Church

5 – Still more fighting

6 – Red XIIIs Theme

7 – Crazy Motorcycle Chase

8 – Main Theme of Final Fantasy VII

9 – Valley of the Fallen Star

10 – The Flow of Life

11 – Those Chosen by the Planet

12 – Aeries Theme

13– Weapon Raid

14 – Highwind Takes to the Sky

15 – One Winged Angel

Jogabilidade

A jogabilidade de FFVII é como todo RPG deveria de ser: Simples e eficiente. Graças a essa fórmula, a Square conseguiu agradar não apenas aos veteranos jogadores, mas também as pessoas que nunca haviam jogado RPG. Graças a FFVII, muitas pessoas começaram a jogar esse estilo de jogo, pela sua simplicidade e fácil manuseio, sem grandes complicações. Movimentar os personagens na tela é extremamente fácil, assim como os menus de status, magias e afins que estão bem simples e fáceis de navegar. Às vezes as mudanças de câmera pode atrapalhar um pouco, mas nada que vá interferir em sua diversão.

Os cenários são longos, há labirintos e vários puzzles para resolver durante o caminho. Mesclado a isso temos cenas de ação, de batalhas, os chefes, os momentos de “paixão”, tudo de forma harmoniosa para satisfazer aos mais exigentes. Você começa o game em um complexo industrial, e num primeiro momento pode pensar que grande parte do game vai se passar nesse ambiente futurista. Mas é quando você saí da cidade e vai parar num mapa tridimensional e então descobre que a cidade é apenas um pequeno pedaço desse gigantesco mapa mundial.

Além dos diversos equipamentos existentes para cada personagem, magias e ataques especiais, você ainda conta com o inovador Limit Break, um ataque especial que todos os personagens podem aplicar depois de levar uma certa quantidade de danos. Foi a primeira vez que esse sistema foi usado e todos os FF depois do VII usaram um sistema similar. Quando a barra de Limit se enche, o personagem poderá usar um ataque mais poderoso que o normal, e o melhor de tudo, para cada ataque de cada personagem, há uma movimentação de câmera diferente, dando muito mais vida e personalidade ao game.

Fora isso temos também as famosas invocações, que agora deixam de ser simplesmente mais um tipo de ataque (como era nos antigos games) para ser um show à parte. É simplesmente maravilhoso e difícil não se empolgar com as cenas das invocações, com seus efeitos de luzes e câmera. Fique babando nas maravilhosas cenas de Ifrit, Shiva, e o sempre “fodão” Bahamut.

E ainda possui as Matérias, grande inovação no sistema de jogo. Através das Matérias, que são pedras de Lifestream cristalizadas, portadoras dos conhecimentos dos Cetras e que possibilitam o uso de Magias. Através dos seus equipamentos (que são vários), você pode combinar as diversas Matérias existentes, podendo criar novas combinações de magias. São milhares de combinações possíveis, dando a você uma infinidade de possibilidades e deixando o jogo muito mais atraente de se jogar.

Há ainda várias side-quests (histórias paralelas) e mini-games para distrai-lo durante sua jornada. FFVII é cheio de segredos, com milhões de itens, equipamentos, armas, magias, limit breaks e outras coisinhas que fazem os jogadores a jogar mais, explorar tudo o que for possível e ajuda a não enjoar rápido.

The End

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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