Análises

Iron Man 2

– Game de Homem de Ferro 2 deixa a desejar –

Você gosta de troféus e conquistas? Eu também! Então fica aqui meu protesto! Ao colocar “Iron Man 2” no seu videogame, automaticamente a SEGA deveria entregar todos os troféus e 1000 pontos de conquista ao seu perfil. Seja por comprar, alugar ou pegar emprestado o game. De tão ruim que é, seria uma bela recompensa.

O jogo que é baseado no filme “Homem de Ferro 2”, segue o estigma de jogos baseados em filmes. Me enganei com a propaganda enganosa. Como “X-Men Origins: Wolverine” foi bem legal, achei que aqui teria salvação também. A SEGA anunciou que o jogo ganharia outro tratamento, visto que o último “Iron Man” também foi horrivelmente horrível. Pra consolo, “Iron Man 2” ficou um pouco melhor que o antecessor (que chegava a ser injogável), mas essa melhoria não faz dele ao menos um jogo decente.

arrebente tudo que encontrar pelo caminho…

Eu não sei fazer um paralelo com o filme, pois ainda não assisti. O primeiro “Iron Man” começava parecido com o filme e depois ia desandando. Ser um pouco diferente do filme não é uma coisa ruim, “Wolverine” fez isso muito bem. Mas é que robôs e helicópteros saindo do nada e atacando a cidade, é meio estranho.

“Iron Man 2” começa com um ataque ao centro das indústrias Stark, aparentemente robôs inimigos estão tentando roubar os planos de Tony das armaduras “Mark” (as do Homem de Ferro). Você e seu amigo “War Machine” então devem defender a sede do ataque.

Começam os problemas. Tanto com o Homem de Ferro como War Machine, você tem opções de voar e atacar os inimigos com suas armas mirabolantes. Há um botão que trava a mira facilitando as coisas. O problema aqui são dois, a câmera que não te ajuda, e o design do jogo. Você destrói uma infinidade de inimigos que continuam chegando sem parar. Há um limite de tempo, caso você esqueça um inimigo minúsculo lá na parte de baixo do cenário, volta toda a fase novamente.

você também pode jogar com War Machine, mas isso não deixa o game melhor…

E isso se repete em todas as fases. Logo após essa fase, o Homem de Ferro tem que escoltar um grupo de helicópteros da S.H.I.E.L.D. e voce vai sofrer, com todas as forças do universo, as maldições de fases de escolta. Sim, você lembra lá atrás no Nintendo 64 como era chato escoltar aquela russa chata no 007 Golden Eye, apesar do jogo ser bom, essa fase estragava todo tesão do game. Aqui é muito pior. Os helicópteros entram em uma zona cheia de mísseis anti-aéreos. Isso até que não é problema, é muito fácil até acabar com todos. O problema fica no final da fase. Ou melhor, o que deveria ser o final.

A ausência de checkpoints faz com que você escolte todos helicópteros, enfrente um chefe de fase, e depois mais mísseis anti-aéreos acompanhados de helicópteros inimigos. Certo, você passa para o próximo estágio, e descobre que na verdade, é uma continuação da mesma fase. Os mesmos inimigos, mesma ladainha de escolta. Acontece que, se você morrer nesse ‘segundo estágio’, terá que fazer TUDO de novo. Sim desde o comecinho, lá atrás, antes do chefão… E isso se repete por todas as fases, a ausência de um ponto de salvamento que livraria sua cara, ou mesmo pequenos inimigos que se esquecidos, dão missão por incompleta.

muitos helicópteros irão te atacar…

Se você é velho e lembra de jogos de navinha antigos, sabe como era duro ter que morrer e fazer tudo de novo, na maioria dos jogos desse estilo. Mas isso era outra época. Em pleno ano de 2010, um jogo baseado em um filme, que castiga impiedosamente o jogador a ter que fazer tarefas que já são repetitivas por si só, ou seja, atirar em diversos alvos sem parar um minuto pra descanso, e depois descobrir que terá pela frente os mesmos alvos novamente, me desculpe. Tem que ter muita paciência pra terminar um jogo desses.

Os gráficos estão bem melhores que os do primeiro jogo da série. Mas não se empolgue, eles também não são nenhuma obra-prima. Engraçado que a Autodesk (empresa que faz o 3D Studio Max) dá seu aval ao jogo, com sua logomarca nos créditos iniciais do game. Ou não jogaram, ou não entendem nada de jogos, só de 3D mesmo. Fosse eu dono da empresa tiraria a logo dalí urgente. Há efeitos legais, paisagens bem construídas, e um efeito de profundidade bacana quando você voa no modo supersônico com o Homem de Ferro. Mas isso é meio inútil, pois quando você voa rápido demais com o cara de lata, perde completamente a precisão nos tiros.

O home de lata da Marvel merecia um game melhor…

O som é razoável. Músicas que combinam com a ação, etc… As vozes parecem ser dos atores do filme, senão forem eles, ao menos acharam pessoas com vozes idênticas. Principalmente quanto ao personagem de War Machine. Vou até pedir desculpas pra vocês, de não ter pesquisado isso, mas não vou perder meu tempo na internet pra buscar essas informações. O jogo é ruim e não vale meu esforço. É sério, perdi a paciência… Mas continuando.

Ao menos uma adição que poderia ajudar a aumentar o fator ‘replay’ do game, são os upgrades que ficam disponíveis ao jogador a completar cada fase. Com os pontos você pode comprar novas armas, e até armaduras. Há uma infinidade de armaduras pra escolher, incluindo várias clássicas dos HQs, além do War Machine. É uma pena que pra ter direito de escolha, o jogador vá perder boa parte do seu tempo, e paciência pra enfrentar fases estranhamente desenhadas, que só fazem o coitado desistir antes de completar o game, ou ao menos ter o direito de escolher novas armaduras.

Sammy Anderson

Fundador do GameHall e produtor do programa Versus.

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