Análises

Metroid Prime 3: Corruption

Elevando a série ao máximo

Quando o primeiro Metroid Prime foi anunciado na E3 de 2001 em um vídeo que mais mostrava do que escondia, o público se dividiu. Como pode um game Metroid em primeira pessoa? Perguntavam os céticos. Em novembro de 2002, o game era lançado e a opinião era unânime: Metroid Prime conseguira o improvável: reunir os melhores pontos da série e ao mesmo tempo trazer um ar de novidade. A continuação lançada em 2004 melhorou a idéia original e levou o game a um nível impressionante. Dois anos depois, a série Prime ganha seu quinto episódio (contando com Metroid Prime Hunters e Metroid Prime Pinball do DS), sendo impossível não se impressionar com o que foi feito pelo time da Nintendo. Alterando a jogabilidade para se adequar ao controle do Wii, adotando uma história mais densa e coesa e gráficos excelentes, Metroid Prime 3 Corruption leva a série ao seu extremo.

Coisa linda de se ver e ouvir

“Metroid Prime 3” foi o primeiro game importante da Nintendo criado e pensado para o hardware do Wii (Super Paper Mario e The Legend of Zelda Twilight Princess eram games de GameCube). E isso fica evidente a cada centímetro. O uso de cores perfeito, um design exuberante, um design de inimigos e chefes amplo e rico e uma velocidade impressionante, Corruption roda a 60fps constantes, tornam o visual do game praticamente perfeito.

As cenas não interativas, também impressionam pela dramaticidade com que foram construídas. O visual do game prova que o Wii está muito à frente do seu antecessor o GameCube, e próximo do que temos visto no Playstation 3 e no X-Box 360.

A trilha sonora é um show à parte. As composições de Kenji Yamamoto, que também compôs as trilhas dos Primes anteriores, combinam perfeitamente com o ambiente. A dublagem, incomum nos games da Nintendo, aparece muito eficaz, com uma interpretação convincente dos dubladores.

E coisa linda de se jogar

A jogabilidade de Prime pode ser definida por uma palavra: precisão. E essa precisão se adequa a todos os tipos de jogadores. Logo de início é possível escolher três opções diferentes de controles. Na primeira, a Advanced, quando mais rápido você movimenta a mira apontando com o Remote, mais rápida a câmera se movimenta. Isso garante uma precisão inacreditável, possibilitando ao jogador virar a mira lentamente ou rapidamente para encarar um inimigo, por exemplo.

Nas outras duas opções, feitas para os iniciantes, você pode movimentar a mira sem movimentar a câmera. O modo Advanced oferece muito mais imersão e precisão oferecendo a sensação realmente de um game em primeira pessoa devendo ser copiado nos próximos games do gênero que usem a combinação Remote/ Nunchuk.

As batalhas, tanto contra inimigos como contra os chefes, estão dessa vez muito mais desafiadoras e intensas. Cada inimigo foi cuidadosamente pensado para testar as habilidades do jogador no gatilho. Usar a Grapple Beam para tirar escombros do caminho, arrancar escudos dos inimigos e alguns puzzles (como desativar bombas), utilizam os controles de maneira não menos que brilhante.

Lidando com a Corrupção

O jogo se inicia tempos depois do épico Echoes do GameCube. Samus é convocada para uma nova missão pela Federação Intergaláctica, quando sua nave é atacada. Descobrir o porquê do ataque, libertar planetas, e descobrir quem inseriu um perigoso vírus na Aurora, um computador orgânico da federação, estão entre os seus objetivos. O game se desenrola como um filme, em planetas muito bem construídos e cheios de variedade. Destaque para o planeta Bryyo focado na exploração e para a cidade flutuante de Elysia.

O desenrolar do game também é fantástico. No início, o game é mais simples e as batalhas menos desafiadoras. O game possui uma dificuldade agradável, bem diferente de Echoes, que chegava a ser frustrante. São cerca de 20 horas, tempo um pouco curto, mas a jornada é intensa do começo ao fim.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, desabilite o Adblock para continuar acessando o site!