Análises

Michael Jackson’s Moonwalker – Arcade

– A lenda da dança e da música em versão para fliperamas nos anos 90 –

Invasão de Michael Jackson na Gamehall! Para comemorar o lançamento do seu game musical “Michael Jackson: The Experience”, que chegou nesta semana para PlayStation 3 e Xbox 360, nós resolvemos fazer não apenas uma, mas TRÊS análises de games estrelados pelo grande ícone da música e da dança.

E para começar, nada melhor do que relembrar do fliperama “Michael Jackson’s Moonwalker”, lançado em 1990 e baseado no filme musical homônimo lançado pelo cantor em 1988. Nunca ouviu falar desse filme? Não se preocupe, daremos uma rápida recapitulada para contextualizar nossos leitores.

Moonwalker é um filme musical lançado no auge da carreira de Michael Jackson, durante a turnê do álbum Bad. O “filme” conta com um roteiro bem ralinho, intercalado por vídeos e clipes musicais do astro. Michael combate um traficante de drogas conhecido como Mr. Big (vivido pelo ator Joe Pesci) que acaba raptando os jovenzinhos Kate, Zeke e Sean, e agora Michael deve usar seus poderes mágicos e sua dança para salvar as três crianças do maligno Mr. Big e de seu exército. O que realmente chama a atenção no filme são os vídeos clipes mega produzidos, sendo uma das melhores momentos o antológico Smooth Criminal, em que Michael incorpora um gangster “bonzinho” e enfrenta vários bandidos com a ajuda de seus bailarinos com grandes performances. Quer mais um vídeo? Então toma, um clássico dos Beatles executado por Michael, que encerra o filme.

Agora que você já sabe sobre o que se trata Moonwalker, vamos ao game inspirado no mesmo, lançado em 1990 pela Sega/Triumph, com ajuda do próprio Jackson, para fliperamas. Esta versão é bem diferente das que seriam lançadas posteriormente para consoles (Mega Drive e Master System), e conta com uma visão aérea em diagonal e segue mais o estilo de pancadaria beat’n up do que o de plataforma dos consoles, e permite que até três jogadores joguem ao mesmo tempo.

flipper de Moonwalker – ele usava um tipo de chip que depois de alguns anos parava de funcionar,

ou seja, achar uma máquina original funcionando é bem difícil

Michael não usa estilos de luta para derrotar os seus inimigos (ele não solta hadoukens mas é quase), mas conta com poderes mágicos que resolve o problema, enquanto percorre cenários para salvar crianças presas (que restauram energia e dão poderes mágicos) e derrotar Mr. Big. Sua principal forma de ataque são raios que saem de suas mãos, que podem ser carregados ao segurar o botão de ataque e liberar golpes mais fortes e com alcance maior.

Além de ser um grande cantor e compositor, Michael Jackson também era conhecido por suas habilidades na dança, com coreografias que marcaram o mundo todo. E no game sua dança característica também é retratada, na forma de uma magia especial em que o personagem começa a dançar (são três tipos de dança especial diferentes), fazendo que todos os inimigos na tela também dancem e sejam derrotados no final da performance (chefes de fase não dançam, mas levam danos em sua energia). Esse poder só pode ser usado uma vez, ou em cada nova vida ou ainda quando alguma criança libera o item quando é salva. E assim como no filme, Michael também pode se transformar em um mortal robô, que fica mais forte, dispara raios lasers e mísseis. Para isso basta encontrar o seu macaco de estimação Bubbles (bicho de estimação na vida real de Michael).

Sendo um jogo do início dos anos 90, ele apresenta gráficos e visuais excelentes. Como já descrito, possui uma visão em perspectiva isométrica, o que é bem bacana levando em conta que a maioria dos beat’n up da época tinham visão lateral. O design dos cenários e dos personagens estão muito bem desenvolvidos, bastante detalhados e coloridos, e com inspiração artística baseada no filme, ou seja, espere ver muitos gangsters, mafiosos, bandidos armados e soldados futuristas.

A aventura é relativamente curta, com apenas cinco fases, com cenários que variam entre uma caverna com requintes de esconderijo secreto, ruas e a casa noturna Club 30’s do filme, um cemitério infestado de zumbis e fantasmas que nos remete ao clássico Thriller e por último a fortaleza de Mr. Big na lua.

A trilha sonora infelizmente também é curta, com os clássicos Bad (que toca na primeira e última fase), Smooth Criminal, Beat It, Another Part of Me e finalmente Billie Jean, como tema de encerramento (mas apesar da boa qualidade, ainda prefiro as versões do Mega Drive). Os efeitos sonoros também estão bacanas, com sons de explosões, tiros, bombas e algumas vozes digitalizadas, com direito aos gritos característicos de Michael.

E prepare-se, pois o jogo não é nada fácil, possui uma dificuldade crescente e inimigos que pipocam por todos os lados, além de chefes de fase apelões. Chame os amigos, pois se jogado em três, fica um pouco mais fácil.

Não deixe de conferir nossas outras análises dos games do astro:

. Michael Jackson’s Moonwalker – Mega Drive

. Michael Jackson: The Experience – PlayStation 3, Xbox 360 e Wii

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, desabilite o Adblock para continuar acessando o site!