Análises

Might & Magic: Clash of Heroes

– Um bom jogo de estratégia em turnos da série “Might & Magic” –

“Might & Magic: Clash of Heroes” foi lançado originalmente para Nintendo DS em 2009, e em 2011 a versão de alta definição para as redes digitais PlayStation Network e Xbox Live Arcade chegou. Desenvolvido pela novata empresa canadense Capybara Games, o jogo surpreende pelo seu alto grau de qualidade e acabamento, todo desenhado à mão, com suporte a modos multiplayer cooperativo e versus.

Você oldschool gamer que sente saudades de títulos como os da série “Shining Force” da Sega, que fez muito sucesso no Mega Drive, certamente vai apreciar “Clash of Heroes”, que traz em sua mecânica um estilo que lembra muito os antigos games de estratégia em turnos e RPG.

Com uma história de fantasia medieval (até charmosa e com uma narração meia boca), o jogo é ambientado em um mundo fantástico recheado de monstros, elfos, guerreiros, magos, dragões, unicórnios e outros bichos. A mecânica é bem simples: dois exércitos se enfrentam em um cenário, e o objetivo é derrotar o seu oponente antes que ele o faça. Cada um possui um número limitado de movimentos por turno para reorganizar suas unidades em formações ofensivas ou defensivas.

original

No começo as regras são bem práticas, junte três combatentes da mesma cor na horizontal para formar muralhas defensivas, ou na vertical, para atacar os oponentes. Parece simples não é? Mas a medida que o jogo vai avançando, o nível de estratégias e possibilidades vai aumentando, até chegar em uma complexidade que fará você pensar muito antes de comandar suas tropas para tentar alcançar o objetivo. Novas regras surgem, ataques especiais e a possibilidade de criar combos devastadores, revelando ser um jogo bastante desafiador ( o que pode frustrar alguns jogadores não acostumados com esse gênero).

São cinco campanhas solo, cada uma protagonizada por um herói com perspectivas diferentes da história, que vai render algumas boas horas de jogo para quem experimentar. Suas tropas ganham pontos de experiência e vão ficando mais fortes ao subir de níveis, e como já é de se esperar nesse tipo de jogo, cada unidade possui seus pontos fortes e fracos. Fora das batalhas, você controla o personagem em cenários com trajetos lineares, muito similar aos mapas dos jogos clássicos de “Super Mario Bros”.

É possível encontrar novos caminhos, conversar com habitantes locais, adicionar (ou retirar) novos membros para o seu exército e usar magias, habilidades e artefatos especiais. Todo o jogo é desenhado à mão, o que garante um visual cartunesco bastante detalhado e com animações suaves e bonitas. O jogo se destaca pelo uso de efeitos de luzes e sombras, especialmente em florestas sombrias e assustadoras.

Para quem gosta de batalhas online (ou local), o jogo oferece a opção de lutas um contra um, ou ainda dois contra dois com exércitos customizados. Um bom bônus que acrescenta em várias horas a diversão com o game.

O jogo possui alguns pequenos defeitos, por exemplo, se você não tiver uma televisão com tela grande em alta definição, pode ter dificuldade de ler os pequenos textos que aparecem (e são muitos, especialmente os importantes tutoriais que ensinam as regras). Os gráficos de batalhas não são tão desenvolvidos quantos os do mapa, mas não chegam a atrapalhar a jogabilidade ou a diversão. O que pode irritar um pouco são as várias telas de carregamento que aparecem durante as jogatinas.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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