Análises

Phantasy Star

O RPG que revolucionou a indústria em 1987

Que o ponto forte da Sega não eram os RPGs todo mundo já deve saber. Jogos de ação, esporte e corrida eram mais a sua praia. Diferente do Super Nintendo que possuía dezenas e dezenas de RPGs em seu catálogo de jogos (muitos deles até desconhecidos por aqui), o Mega Drive contava com alguns poucos títulos, dava até para contar nos dedos. Felizmente quando a Sega fazia um RPG, geralmente esse game fazia muito sucesso, como “Landstalker“, “Shinning Force” e “Beyond Oasis“. Porém, foi em 1987 que seria criada uma das maiores e mais amadas séries de RPG (logo atrás de sucessos como Final Fantasy e Dragon Quest): Phantasy Star.

Phantasy Star I começou a sua história e revolução no final de 1987, ao ser lançado para o Sega Mark III (o Master System dos japas). O pessoal aqui do Brasil deve se lembrar dele, quem é daquela época, 1988/1989, deve se lembrar das inúmeras propagandas da saudosa Tec Toy em cima do game para o público que não estava acostumado com RPGs. Ele trazia três grandes novidades aos gamers brasileiros da época: primeiro, seu estilo RPG, naquela época games como Mario, Alex Kidd e Zillion é que faziam a cabeça da moçada, não os RPGs. Segundo, era um game totalmente em português! Um jogo oficial da Sega em português… bacana não? (naquela época não se tinha a facilidade de traduzir games como é hoje em dia). E terceiro, o game trazia no cartucho uma bateria interna para salvar os seus progressos, outra grande e bem-vinda novidade.

o cart original japonês

O tempo passou, o jogo se tornou um grande sucesso no Master System e gerou uma rentável franquia para a Sega, que ganhou três continuações diretas de sucesso no Mega Drive. Phantasy Star é com certeza o RPG mais famoso dos consoles Sega e até hoje possui uma legião de fãs famintos por novos games que continuem a história iniciada no Master System. O jogo para o 8 Bits da Sega é considerado por muitos fãs como o melhor da série, graças aos seus personagens carismáticos e uma maravilhosa trama (para a época), cheia de recursos e possibilidades a serem exploradas. É só você compararem os Final Fantasy ou Zelda do Nintendinho 8 Bits com Phantasy Star I. Ele detona todos com um pé nas costas e com os olhos vendados, em termos de complexidade, narrativa e visuais.

O tempo passou, a série completou 26 anos de existência, e PSI ainda se mantém como um dos maiores RPGs de todos os tempos. Veja agora em nossa análise desse clássico, como tudo começou…

propaganda da Tec Toy no Brasil – de acordo com a “equipe de especialistas” deles levava 3 meses para ser terminado

Phantasy Star I

Alis no comercial japonês do game

PSI pode ser resumido em uma palavra: Revolução. Não apenas foi o PRIMEIRO RPG a sair em solo americano como também foi um dos primeiros games a usar bateria interna para salvar o andamento do jogo. Imaginem uma época em que o jogo mais famoso era o que contava a história de um encanador com a missão de salvar uma princesinha raptada. Surge então PS, um jogo que conta a história de uma garota que jura vingança pela morte de seu irmão, destruindo o homem mais poderoso do universo, viajando por outros mundos, lutando contra Dragões e indo em castelos no ar. Sentiu a diferença né? Agora junte a isso ao fato de ser um “monstro” de 4 megabits (FF I tinha 2 Mb e Dragon Quest não chegava nem a 1 Mb, ambos para Nes) com gráficos detalhados, labirintos 3D imersivos, criaturas inimigas com um artwork impecável e uma incrível jornada não linear despojada. Diferente da série Final Fantasy, a série Phantasy Star é famosa pelo fato de todos os seus games se passarem no mesmo universo (em FF cada jogo acontece em mundos com personagens diferentes – coisa que mudou com o horrendo FFX2 e FFXIII2-3). A cada lançamento de um game da série, ficávamos conhecendo mais sobre a história geral, os personagens, inimigos, culminando em “Phantasy Star IV“, que juntaria todos os elementos e fecharia o épico com uma grande conclusão.

PSI trouxe algumas inovações ao mundos dos games e RPGs, apresentava maravilhosos gráficos 3D quando dentro de labirintos, em que você atravessava em tempo real em primeira pessoa, no melhor estilo Doom. Isso sem falar da protagonista, uma garota, Alis, provavelmente uma das primeiras personagens femininas a estrelar um game, juntamente com a Yuko Ahso da série Valis (e diferente de Yuko, Alis não precisava “apelar” para vestimentas sexy, provavelmente uma das únicas heroínas inteligentes e fortes com roupas normais – os outros títulos da série PS seriam protagonizados por personagens masculinos).

A série quebraria o clichê (apesar de que naquela época não haviam muitos) dos RPGs com o estilo medieval, com uma ambientação no estilo futurista/fantasia, em mundos em que você combate monstros com armas tecnologicamente avançadas, ou ainda as boas e velhas espadas e magias. Um recurso interessante é a opção de se falar com os monstros que você encontra, alguns são até amistosos e vão embora. O jogo tem fortes influências da série Star Wars (como os seus criadores mesmo já falaram) o que deixou o game mais interessante.

 

  

Star Wars? Não, PSI

Em sua equipe de criação temos alguns nomes famosos que vale a pena salientar. Duas personalidades destacaram-se: a primeira é Rieko Kodama (sim, uma mulher!) considerada a “mãe” da série (ela foi responsável pelo design dos personagens, mapas, cenas de batalha, cidades, etc), por ter grandes influências decisivas em diversos aspectos da série (PSIII foi o único game em que ela não trabalhou, mas recebe agradecimentos especial nos créditos). Outros de seus trabalhos incluem games como Alex Kidd, Shadow Dancer, Sonic 1 e 2 e Skies of Arcadia.

Outro nome famoso é o de Yuji Naka, que anos mais tarde ficaria famoso por criar Sonic The Hedgehog, o maior ícone da Sega. Em PSI ele foi o programador principal e responsável pelos excelentes gráficos do jogo. Uma terceira pessoa, não tão famosa quanto os outros dois, mais igualmente competente é “Bo” (é um apelido, mas é como aparecia nos créditos dos games), um excelente compositor de músicas que fez a genial trilha sonora de PSI. Aliás, se forem jogar procurem uma rom traduzida do jogo japonês, pois ele incluía um chip FM que confere uma qualidade sonora muito melhor das versões ocidentais (saiu apenas no cart japonês).

Dragon Quest fazia um grande sucesso e a Sega queria apostar em um RPG de sua autoria. Essas pessoas (e mais algumas, claro) resolveram criar um RPG que fosse diferente do estilo fantasia/medieval de Dragon Quest. Por isso PSI possuí cidades futuristas, espaçonaves, viagens a outros planetas, e por aí vai. Em certos aspectos lembra os filmes Star Wars (que Kodama mesmo já afirmou em entrevistas ter se inspirado para fazer o game) com uma grande variedade de personagens e planetas.

A História (contém spoilers)

Algol, Século 342

esse é o sistema estelar Algol… um quarto planeta ainda está para ser descoberto

Tudo começa no sistema estelar Algol, que é composto por três planetas que giram em torno de uma estrela. São eles: Palma, Dezoris e Motávia. O planeta Dezoris é quase inexplorado, com um clima frio rigoroso e habitantes nada amigáveis. Motávia é um planeta desértico e pouco colonizado. E Palma é o centro de Algol, um mundo bem parecido com a Terra, com montanhas, densas florestas e vastos oceanos. A população é  tecnologicamente avançada.

Algol é regida pelo rei Lassic (imagem ao lado), um governante justo e eficiente, que exerce controle total sobre o sistema. Porém Lassic tinha um grande medo: ele tinha medo da morte. Já com idade avançada, a ideia de morrer o aterrorizava. Uma nova religião então chegou em Algol, que prometia a seus seguidores a vida eterna. Lassic logo interessou-se por ela e tornou-se parte da nova religião. Ele recebeu uma armadura negra e de acordo com alguns boatos, depois que ele entrou para a nova religião, sua alma se corrompeu. Lassic havia mudado, tornou-se um tirano cruel e inescrupuloso. O caos espalhou-se por Algol, e tudo apenas piorou com o surgimento de monstros sanguinários sobre a superfície dos três planetas, que assustavam a população. Os Robotcops, os guardas de Lassic, reprimiam duramente o povo que se revoltava. Alguns grupos rebeldes se formara com o objetivo de lutar pela liberdade da população, destronar Lassic e restaurar a paz e prosperidade em seus mundos. Um desses grupos de resistência estava em uma cidade palmiana chamada Camineet.

Durante uma revolta nas ruas de Camineet, Nero Landale, um dos integrantes dos grupos de revolta contra Lassic, foi cruelmente assassinado pelos Robotcops. Alis Landale, sua irmã, teve Nero em seus braços enquanto ele morria, e ouviu suas últimas palavras que diziam para procurar um poderoso guerreiro, Odin, e vingar-se de Lassic e salvar Algol de sua tirania.

 

a morte de Nero

Sozinha e inexperiente, Alis sai apenas com determinação e coragem em busca do guerreiro Odin, que mora na cidade vizinha, Scion. Ao chegar lá, ela descobre que Odin partiu para uma caverna para enfrentar o monstro Medusa. No caminho para encontrar Odin, Alis viaja para Paseo, onde encontra Myau, um estranho animal falante que se assemelha a um gato. Myau conta a Alis que é companheiro de jornadas de Odin e que fora com ela combater a Medusa. Odin perdeu e foi transformado em pedra. O estranho gato possui o antídoto para a petrificação de Odin. Assim, juntos eles vão salvá-lo, e Odin imediatamente se dispõe ajudar Alis a vingar a morte de seu irmão.

esse é o fofo Myau

Após alguns contratempos, os três conseguem uma audiência com o governador de Motavia, Sirrus. Ele diz para eles procurarem o mago Noah nas montanhas de Motavia, pois ele poderá ajudá-los em sua missão. Noah é encontrado e se torna o último membro a se unir ao grupo para derrotar Lassic.

O quarteto segue em viagens pelos planetas do sistema, mas quando retornam a Palma, o espaçoporto é fechado. Como novas viagens ainda é necessário, um novo transporte interplanetário deve ser encontrado. Noah sugere por procurarem o Dr. Luveno na cidade de Gótica, um construtor de naves aposentado. Ao chegarem lá, descobrem que Luveno está preso. O grupo salva o Dr que aceita em construir uma espaçonave, porém apenas o robô Hapsby poderia pilotá-lo. Assim, os heróis ganham sua própria espaçonave: o “Luveno”.

O grupo ainda consegue outros módulos de transporte, como o Landrover, um Hovercraft e um cavador de gelo. Assim novas jornadas pelos três planetas e incríveis aventuras tem início. Em Motávia Noah confronta seu mestre e encontram o lendário escudo de espelho. Em Palma derrotam o maligno Dr. Mad. Em Palma Alys derrota um enorme Dragão e obtém a espada Laconiana, que acreditá-se que, posteriormente, viria a ser a sagrada espada Elsydeon. Com a ajuda do espelho, o grupo derrota a Medusa e Odin recupera seu poderoso machado Laconiano.

O grupo fica mais experiente e mais forte, todos com o objetivo de destruir Lassic. Mas, para o castelo invisível de Lassic, suspenso sob os ceús de Palma apareça, é necessário o uso do Cristal de Prisma, que o grupo encontra em Dezoris. Assim, Alys e companhia que em suas jornadas obteram vários itens raros e indispensáveis para o sucesso da missão, agora precisam da sagrada Tocha Eclipse, necessária para conseguir uma especiaria raríssima conhecida como a noz de Laerma, que está congelada e só poder ser descongelada com a Tocha Eclipse. Com ela Myau se transformará em um animal alado, podendo assim chegar ao castelo de Lassic no ar (alguém aí já jogou Lunar Silver Star???).

Assim o grupo consegue chegar ao castelo e ao confronto final contra Lassic. O tirano é poderoso e a batalha é difícil, mas a ação conjunta do grupo acabar por derrotar Lassic, que acaba sendo destruído. Alis vingou seu irmão e um sentimento de calma e alívio predomina o restante do grupo, que agora se preparam para voltar à mansão do governador, em Paseo.

Ao chegarem lá, os heróis caem uma armadilha, que os leva para um labirinto subterrâneo. Os heróis continuam em frente, entrando mais profundamente no labirinto até encontrarem uma porta mística que parece emanar um grande poder maligno. O grupo abre a porta, e do outro lado dela encontram o seu mais temido pesadelo…


Dark Force aparece como o verdadeiro inimigo. Uma criatura criada do mal que corrompeu a alma de Lassic e que agora também controla o governador. Uma longa e árdua batalha começa contra a poderosa e gigantesca criatura. Somente Alis será capaz de derrotá-la, com a ajuda de seus amigos. No final Dark Force é derrotado. Os monstros que infestavam os planetas desaparecem e a paz retorna ao sistema de Algol.

O governador diz a Alis que seu pai uma vez governou Algol, e que se ela assim o desejar, é herdeira legítima do trono. Alis e seus amigos tornam-se heróis nos planetas de Algol e assim a saga de Alis chega ao seu fim. E a bela guerreira sabe que seu irmão Nero, esteja onde estiver, está muito orgulhoso do que ela conseguiu. E esse é apenas o começo da saga dos que ainda irão aparecer, mil anos depois.

Os personagens

Alis Landale

A protagonista e heroína do game. Ela levava uma vida normal e tranquila em Palma até ver o seu irmão ser assassinado pelas tropas de Lassic. Ela parte em uma jornada para vingá-lo e trazer a paz ao sistema solar de Algol. Ela é uma garota de personalidade séria e que está sempre pensando no futuro, além de possuir uma grande beleza.

Myau

Myau não é apenas um gato mascote “fofinho” para o grupo. Esse gato falante tem um importante papel na história perto do final do jogo. Primeiro personagem que se junta à Alis. O frasco em seu pescoço é o remédio Alsulin, capaz de trazer de volta ao normal seu companheiro Odin, transformado em pedra pela Medusa.

Odin

Odin é a força bruta do grupo, um poderoso guerreiro de Algol e o que causa os maiores danos nos inimigos. Foi transformado em pedra pela Medusa quando tentava obter seu tesouro, o lendário Machado de Laconia. Apesar de ser o típico personagem brutamontes macho man, ele mostra ter um lado mais sensível, gentil e que se importa com os seus amigos. Se junta ao grupo para derrotar Lassic quando Alis e Myau o salvam.

Noah

Noah é um poderoso feiticeiro que vive isolado na caverna de Maharu e é o último a se unir ao grupo depois de receber uma carta de recomendação do governador de Motávia. É o personagem mais “quietão” e misterioso do que os outros, que são mais “ativos”. Um mago com enormes poderes mágicos e sabedoria que serão essenciais para o sucesso da missão de Alis – ele aparece ou é citado nos outros games pelo seu nome original japonês, Lutz.

Gráficos

Muito bem, lembrem-se que estamos em 1987, Nintendo dominava o mundo com o nintendinho 8 Bits e o Master System começava a aparecer no pedaço. Antes de Phantasy Star, apenas dois RPGs haviam sido lançados para o concorrente no Japão: Dragon Quest e Final Fantasy. E então chegou PS, que literalmente chutou o pau da barraca. PS I pode ser comparado com o que FF VII foi na era dos 32 Bits. Ele trazia um novo estilo e padrão para os jogos de RPG, tinha cutscenes no estilo anime, o que depois seria uma característica da série, apresentava gráficos 3D em primeira pessoa em seus labirintos, sem dizer dos gráficos do jogo e dos monstros super detalhados. Será que vocês conseguem entender a tamanha importância que esse jogo teve no mundo dos games? Ele revolucionava a era dos 8 Bits, e serviria de modelo para muitos RPGs que sairiam depois (inclusive para o Snes e PSOne).

Os gráficos dele realmente impressionam, ganhando de longe dos melhores games do seu concorrente na época (qualquer um, mesmo que não fosse RPG). Possui três visões diferentes ao longo do jogo: a de cima, a que você vê enquanto controla seus personagens pelas cidades e mapas. A 3D quando se está dentro dos labirintos e explorações de túneis (e também quando se conversa com pessoas, o que permite maiores detalhes com quem você conversa) e uma terceira usada nas cenas de batalha. Com tudo isso, PS I torna-se uma experiência visualmente muito mais estimulante e com certeza muito mais prazerosa de se jogar.

Os gráficos são nítidos e coloridos e bastante variados. Você irá visitar várias cidades, percorrer labirintos, três planetas totalmente diferentes em maravilhosos cenários. Os ataques dos monstros são bastante realísticos e o mais importante, são variados, show de bola para a equipe de criação dos bichos, com desenhos grandes e detalhados na tela. Também possuem boas animações, assim como os heróis, pouco coisa aqui será repetitiva. O fundo das batalhas são decorados com maravilhosos e variados backgrounds, combinando com o lugar onde você se encontra, o que adiciona ao game atmosfera e ambientação. Isso sem dizer que PSI é provavelmente o primeiro RPG a usar o estilo anime em suas histórias. Algo curioso, nas cutscenes podemos ver que o cabelo de Alis é castanho, mas durante o game o cabelo dela é preto. Será que ela usa peruca?

 

gráficos revolucionários para a época

Músicas


Temos aqui um dilema: há duas versões bem diferentes da trilha sonora de PSI. Uma delas é a versão ocidental, que é muito boa, é verdade, porém a versão japonesa, que contava com um chip FM a mais, possui composições ainda melhores. Por isso, se você for jogar, procure pela versão traduzida japonesa. A diferença entre elas é gritante!

O compositor é “Bo”, um cara que ganhou um certo status na Sega compondo jogos para Master System e alguns games para Mega Drive. Podia não ser tão famoso quanto o Yuzo Koshiro (que naquela época também não era famoso ainda) mas era também um ótimo compositor.

PSI conta com belas melodias, com tons virando do melancólico para as mais alegrinhas e para as esquisitas e ameaçadoras músicas dos labirintos. Planetas, cidades e labirintos irão contar com músicas bem variadas e com uma das mais inesquecíveis trilhas sonoras da série. Com uma pitada de techno music, para combinar com o clima futurístico, vale a pena destacar algumas músicas, como a música da fase da Torre, das batalhas e dos labirintos são memoráveis. Os efeitos especiais não contam com nada de especial, mas funcionam bem com o jogo.

escute abaixo uma comparação das músicas das versões americana/japonesa

Jogabilidade

A jogabilidade de PSI não poderia ser nada revolucionária, mas funcionava bem em todos os aspectos. Você conta em seu grupo personagens bem diversificados e com suas próprias personalidades e habilidades: uma personagem balanceada boa em ataques físicos e com magias (Alis), um brutamontes musculoso (Odin), um mago (Noah) e um personagem suporte e bichinho de estimação fofinho (Myau, é claro). Planos de estratégia de combates serão necessários, como o uso de magias e ordem de ataques entre os membros da equipe para ter uma luta bem sucedida. As batalhas de PSI faz com que a de outros games (de novo Dragon Quest e FF) parecerem coisas de criança.

Há uma grande variedade de armas e armaduras para equipar, isso sem falar dos vários itens vendidos nas lojas, os que podem ser achados nos labirintos e os itens especiais essenciais ao jogo. O game ainda conta com uma bom balanço entre as explorações de labirintos e cavernas com o progresso da história linear, em uma alternância que não deixará o jogo chato. Se quiser passear, você pode ir a lugares em que não deveria estar, dar uma explorada, derrotar inimigos e tal (pra fazer isso é bom seus personagens estarem bem fortes e equipados).

 

Uma coisa interessante é o fato de nas batalhas, você poder conversar com monstros inteligentes, algo que até hoje é meio raro nos RPGs, e inclusive é possível conseguir com eles dicas importantes ou evitar confrontos. Um detalhe, apenas um tipo de monstro aparece por batalha, podendo variar de quantidade (mas na tela você apenas vê um).

O jogo não é muito difícil, talvez alguns encontrem dificuldades nos labirintos 3D (demora um pouco até se acostumar), alguns são meio longos e podem se mostrar difíceis e até meio maçantes, mas nada que comprometa seriamente o jogo em geral.

O sistema de combate é o tradicional batalha de turnos, onde você escolhe os ataques e magias de seus personagens, que aliás, estão todos a sua disposição, não ficando nenhum no “banco de reserva”. Você ainda controla vários meios de transporte e uma nave espacial, quer coisa melhor que isso em um RPG? Outro presentinho herdado da influência de Star Wars.

 

Bônus Video

Confiram o comercial japonês de Phantasy Star. Reparem na cena final a ênfase para os 4Mb e o FM Sound.

Alis Landale Phantasy Warrior

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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