Análises

The Last of Us: Remastered

Um ano e mais de sete milhões de cópias vendidas (dados de 2014) depois, o hit da Naughty Dog volta a ser manchete na mídia especializada com o “The Last of Us: Remastered“, versão com visuais melhorados para o PlayStation 4. Vamos direto ao ponto: vale a pena comprar esse jogo? A resposta é “Sim“, caso você tenha um PS4 e não o jogou na geração passada – o que faz dele agora compra obrigatória! E “Não“, caso você já tenha jogado na versão PS3 – melhor investir sua grana em outro título do PS4. E agora vamos para a análise completa, confira o que achamos da versão remasterizada abaixo:

Bem-vindo ao apocalipse viral zumbi!

Certamente um dos maiores destaques de TLoU é a sua excelente narrativa, situada em um mundo pós-apocalíptico com uma tema bastante atual: a transmissão viral. Mas aqui não estamos falando da gripe H1N1, ou similar, mas sim do fungo Cordyceps, responsável pela transformação das pessoas em criaturas violentas e sanguinárias (não necessariamente zumbis, mas bem semelhantes).

O jogador controla o personagem Joel, um sobrevivente, contrabandista e anti-herói, 20 anos após o início da praga (em 2033) com a missão de percorrer um Estados Unidos completamente devastado, escoltando a jovem órfã Ellie, de 14 anos e portadora de uma possível cura, até um grupo de resistentes, os Fireflies.

O jogo possui uma mecânica muito parecida com a da série “Uncharted“, também da Naughty Dog, mas com uma pegada “survival horror” que vai tirar lágrimas dos fãs nostálgicos dos jogos antigos de “Resident Evil“. Fatores como economia de recursos, furtividade, inteligência para distribuir os pontos de habilidades e construção de equipamentos, são apenas alguns em que o jogador terá que enfrentar na luta pela sobrevivência.

Além das pessoas infectadas e de criaturas hostis, um dos maiores perigos são os outros humanos sobreviventes. O mundo agora é uma terra de ninguém, onde os fracos são mortos impiedosamente e os mais fortes imperam.

Os personagens são muito humanos e críveis, Joel por exemplo, está longe de ser um modelo para herói nobre, ele é um cara que luta para sobreviver, traficando drogas e armas, e que não hesita em matar ou usar violência para conseguir o que quer. Já a Ellie, uma garota que não conheceu o mundo antes da praga, demonstra muito caráter e personalidade, apesar da pouca idade. Todos os outros personagens que aparecem no decorrer da narrativa são marcantes, que oferecem momentos e situações intensas que ficarão cravados em sua memória.

Mais bonito, porém o mesmo jogo

Em termos de história e jogabilidade a versão Remastered é praticamente a mesma do PS3. Não há história adicional, ou novos personagens, ou fases extras, novos equipamentos, etc. É exatamente o mesmo jogo que já traz incluso a DLC “Left Behind” e os mapas multiplayer “Abandoned Territories” e “Reclaimed Territories”. Para não dizer que não há nada novo, temos o modo de Fotogria, que não serve para nada a não ser tirar e editar fotos ingame.

Mas sem nos alongar muito e indo para o que você deseja saber: em relação aos gráficos e visuais, o jogo recebeu uma bela repaginada, melhorando a fluidez, resolução e qualidade. É possível ver melhor as texturas e detalhes dos ambientes ao longe, as expressões faciais dos personagens ficaram mais realistas, tudo rodando a gloriosos 1080p e 60 fps – o original roda a 720p a 30 fps. Porém, apesar das melhorias, trata-se de uma conversão, sendo que o jogo não utiliza todo o potencial do PlayStation 4, por isso se você esperava um grande salto de diferença em relação ao PS3, isso não acontece – mas é possível ver as diferenças e melhorias entre as duas versões.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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