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5 fracassos comerciais dos games que você provavelmente ama

Grim Fandango, Shenmue, Earthbound e outros!

Uma empresa que desenvolve jogos, assim como qualquer outra empresa, visa que seus títulos vendam em grande quantidade para ela saber quais próximos passos dar: se cria uma continuação, se produzirá outro jogo no mesmo estilo etc. O curioso é que há muitos jogos que são classificados como clássicos por nós, gamers, e que também recebem boas notas da mídia, que na prática não rendem o retorno financeiro esperado. Pensando nisso, decidimos escolher hoje 5 fracassos comerciais dos games que você provavelmente ou ama, ou pelo menos, que conhece.

5 – Grim Fandango (PC)

Muito conhecido pelos fãs dos jogos aponte e clique, o game rendeu muitos elogios pelas piadas de humor politicamente incorreto e por ser o primeiro game da LucasArts a receber gráficos tridimensionais. O jogo tem nota 94/100 no Metacritics, é considerado um dos melhores do gênero e, para muitos, é o melhor. No entanto, comercialmente o título foi um fracasso, vendendo cerca de 95 mil cópias nos Estados Unidos ao longo de 5 anos.

O desenvolvedor Tim Schafer e alguns outros membros da LucasArts decidiram sair para montar um novo estúdio. A justificativa para as baixas vendas é o declínio do próprio gênero, tanto que muitos outros jogos da LucasArts foram cancelados após o Grim Fandango não atender as expectativas.

4 – Earthbound (SNES)

O segundo jogo da série “Mother” do Japão, e o primeiro a chegar no ocidente, foi lançado nos Estados Unidos em junho de 1995. Hoje considerado um clássico e sendo a principal inspiração para o Undertale, o seu lançamento na época deixou a desejar, já que a Nintendo ganhou US$ 2 milhões em publicidade na época, e o game vendeu apenas 140 mil cópias por “essas bandas”.

Para efeito de comparação, Earthbound vendeu 300 mil cópias só no Japão em um período muito mais curto. Entre os fatores que contribuíram para a pouca popularidade no ocidente incluem a pouca popularidade dos jogos de RPG na época (eram considerados “japonês demais”), o alto custo, já que o game era vendido por um preço maior do que os outros jogos e os gráficos cartunescos.

3 – Conker´s Bad Fur Day (Nintendo 64)

Desenvolvido pela Rare para o Nintendo 64, o Conker´s Bad Fur Day tinha tudo para funcionar, já que usava gráficos e gameplay semelhantes a outros dois grandes sucessos da desenvolvedora: Banjo-Kazooie e Donkey Kong 64. Sendo muito bem recebido pela mídia, o game vendeu apenas 55 mil cópias e foi considerado um fiasco.

Acredita-se que a principal razão pelas vendas fracas foi a tentativa de fazer um jogo “adulto”, abusando de linguagem chula, violência gratuita, e humor “barra pesada”, como uma tentativa de satirizar aqueles que diziam que a Nintendo só lançava “jogo para criança”. Além disso, o game chegou no final da vida do Nintendo 64. Definitivamente, não deu certo.

2 – Okami (Nintendo Wii)

Muito respeitado e valorizado como uma “obra de arte” dentro do mundo dos games, o Okami chegou a ganhar como “jogo do ano” no ano de 2006 por diversas publicações e é considerado um clássico. No entanto, mesmo sendo tão amado por aqueles que jogaram, o título vendeu apenas 600 mil cópias, número pequeno para um jogo tão aclamado, chegando a entrar no Guiness Book Gamer´s Edition na categoria “menor sucesso comercfial de um ganhador de jogo do ano”. Após o lançamento a Capcom encerrou as atividades dos desenvolvedores do game, a CloverStudio, apesar de ter reabsorvido muitos dos funcionários, enquanto outros tantos foram para a PlatinumGames.

1- Shenmue (Dreamcast)

E é lógico, talvez o maior clássico do Dreamcast não poderia passar batido. Sucesso de público e crítica, Shenmue foi lançado em 1999 e é um jogo muito a frente do seu tempo e pode ser considerado um dos predecessores do gênero mundo aberto, com um nível de interatividade que impressiona até hoje. No entanto, ele foi um fracasso comercial pelo excesso de ambição da própria SEGA, que investiu US$ 70 milhões no título (o mais caro jogo de todos os tempos na época) e levou cinco anos para ficar pronto, iniciando seu desenvolvimento no SEGA Saturno e depois migrando para o último console da SEGA.

Para conseguirem cobrir os custos de produção, seria necessário que cada pessoa que tivesse um Dreamcast comprasse o jogo duas vezes, e evidentemente, isso não aconteceu. A ideia original era ser uma trilogia, e um segundo jogo chegou a ser lançado em 2001, em uma época em que o console dava seus “últimos suspiros”, que também não conseguiu gerar lucros para a SEGA. Uma pena!

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