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9 inovações da Nintendo que não deram certo

Dentre as três principais fabricantes de videogames que existem atualmente, a Nintendo é, sem sombra de dúvida, a empresa que mais procura lançar novidades inusitadas no mercado.

Trata-se de uma companhia que não tem medo de arriscar. Realizou isso com o Wii, cujos controles diferenciados fizeram milhões de pessoas voltarem a jogar videogame ou até mesmo fazer isso pela primeira vez. Também inovou com o Switch, um videogame que pode ser utilizado como console de mesa numa TV e também como um portátil em qualquer lugar que você vá. São dois casos de sucesso no portfólio da Nintendo.

A gigante japonesa resolveu ousar novamente, anunciando jogos que você deverá jogar no Switch utilizando brinquedos de papelão. Será essa uma ideia que dará um retorno positivo à empresa? Somente o futuro dirá.

O que sabemos com certeza é que pela Nintendo pensar sempre fora da caixa sem preocupação com o que possa vir a acontecer, muitas vezes ela acabou lançando produtos que acabaram não dando muito certo. Abaixo seguem 9 inovações feitas pela Nintendo que não deram um bom resultado.

1- 64DD

Nintendo 64 foi lar de alguns dos jogos mais incríveis de sua geração, tais como Super Mario 64, que trouxe o mascote da empresa com perfeição ao universo 3D, e o atemporal The Legend of Zelda: Ocarina of Time. No entanto, o console tinha um problema grave, que era o fato de utilizar cartuchos enquanto que os concorrentes usavam CD-ROMs. O jeito da Nintendo resolver isso foi criar um acessório que ninguém queria comprar. Este era o 64DD, um drive de disco destacável que rodava seus próprios jogos, mas ao invés de usar discos ópticos, utilizava discos magnéticos nos quais cabiam apenas 64MB de dados. O fracasso foi tão grande que ele sequer foi lançado nos Estados Unidos, tendo sido enviadas às lojas no Japão aproximadamente 15 mil unidades durante o pouco tempo que ficou disponível por lá. Somente dez jogos foram feitos para ele antes de ser descontinuado.

2- e-Reader do GameBoy Advance

Se tem uma coisa que a Nintendo sempre acertou fazer foram portáteis, que enchem os cofres da empresa a todo instante. No começo dos anos 2000, o mercado de cartões colecionáveis estava em um bom momento, e aí a Nintendo decidiu lançar algo chamado e-Reader. Você plugava ele na entrada de cartucho do GameBoy Advance para poder escanear cartões especiais, vendidos separadamente, que iriam adicionar coisas aos seus jogos, tais como novos níveis ou power-ups. Os cartões tinham de ser escaneados duas vezes em cada lado, e vinham em pacotes aleatórios, significando que você poderia gastar muito dinheiro até achar os cartões que você queria. O acessório foi considerado um sucesso apenas no Japão, sendo descontinuado nos Estados Unidos dois anos depois de ser lançado e na Europa quase que imediatamente após o lançamento.

3- Transfer Pak do N64

Houve uma época onde a Nintendo estava querendo fazer seus consoles caseiros e portáteis se comunicarem uns com os outros. Com o Nintendo 64 ela tentou fazer isso criando o Transfer Pak, um acessório que você plugava no console para poder inserir nele seus cartuchos de GameBoy. Foi vendido com Pokémon Stadium e era usado para trazer Pokémons dos cartuchos de GameBoy para dentro do jogo. Haviam outros títulos (não muitos) que também fizeram uso do Transfer Pak, mas ele ficou mais conhecido justamente pela sua funcionalidade com Pokémon Stadium e sua sequência.

Atualização: Divulgamos erroneamente que o Transfer Pak não permitia jogar games do GameBoy na TV, quando na verdade era possível jogar os Pokémon de GameBoy na televisão sim. Corrigido e desculpe-nos pela falha!

4- Link Cable do GameCube – GameBoy Advance

Não foi no Wii U e nem no DS que a Nintendo começou a rodar jogos que podiam ser jogados com duas telas. Em 2001, ela lançou um cabo que permitia que você plugasse seu GameBoy Advance em um GameCube e usá-lo como um segundo controle com tela. A maioria dos jogos, no entanto, usaram essa funcionalidade apenas para transferir conteúdo entre suas versões do console e do portátil. Alguns usaram para mostrar mapas. Houve também Final Fantasy: Crystal Chronicles, cujo multiplayer necessitava que você tivesse um cabo e um GBA para cada pessoa jogando, algo que não pegou bem com os jogadores que apenas queriam jogar o primeiro Final Fantasy em um videogame da Nintendo após uma década sem precisar comprar essa parafernália.

5- Virtual Boy

Provavelmente esse você conhece. Trata-se de uma das piores ideias da história da Nintendo. Na teoria, parecia ser algo incrível – o primeiro videogame com 3D estereoscópico de verdade. Mas na prática era um aparelho abominável. Parecia ser um portátil, mas você tinha de apoiá-lo numa mesa para jogar. Apresentar apenas uma cor nos gráficos era algo obsoleto para jogos 3D até na época em que ele saiu. Jogá-lo por alguns minutos seguidos fazia você ficar com os olhos cansados rapidamente, isso sem falar na dor de cabeça que provocava em algumas pessoas. Um videogame que nasceu morto, sendo abandonado pela Nintendo menos de um ano após chegar ao mercado.

6- Adaptador de Banda Larga do GameCube

A Nintendo sempre esteve atrás da Sony e da Microsoft quando o assunto é jogatina online, mas nada supera o quão mal ela se portou com isso no GameCube. O sistema não vinha com nenhuma capacidade de se conectar numa rede, então ela precisou vender um acessório para isso. Trata-se do Adaptador de Banda Larga do console, que foi lançado para coincidir com o lançamento de Phantasy Star Online da Sega. Isso não era nada inovador na época, pois tanto a Microsoft quanto a Sony já permitiam que seus jogadores se conectassem online há um bom tempo. Além disso, menos de dez jogos tinham suporte ao acessório no GameCube, e além de Phantasy Star Online, apenas outros dois, lançados somente no Japão, o utilizavam para alguma funcionalidade online. Pior de tudo, hackers encontraram um código de segurança no jogo da Sega que permitiu a eles conectarem nos PCs e fazerem upload de cópias de jogos e títulos homebrew.

7- Vitality Sensor do Wii

O sucesso do Wii veio acompanhado de uma tonelada de acessórios, que em sua maioria eram pedaços de plástico que você conectava no seu Wiimote para usá-lo como um volante, uma vara de pesca, e assim por diante. Muitos nem sequer eram feitos pela Nintendo, mas um dos mais estranhos foi criado por ela. O Vitality Sensor foi apresentado na E3 2009 e prometia monitorar seu pulso enquanto você jogava. Não foi o único acessório fitness do Wii, pois a balança de equilíbrio, Wii Fit, chegou antes, abrindo caminho para o Vitality Sensor. A Nintendo prometeu mostrar games para ele em 2010, algo que não fez e acabou por cancelar projeto em 2013 alegando problemas técnicos.

8- R.O.B.

Se você cresceu nos anos 80-90 e acompanhava a Nintendo, provavelmente ouviu falar deste acessório em alguma revista ou até mesmo viu ele numa locadora, que existiam aos montes na época. Por causa da quase extinção do mercado de videogames nos Estados Unidos pela baixíssima qualidade da maioria dos jogos que foram lançados para o Atari, a Nintendo precaveu-se para vender o Nintendinho como um brinquedo, e parte da estratégia usada para isso foi com a inclusão do Robotic Operating Buddy. Mais conhecido como R.O.B., o acessório de plástico foi usado apenas com dois jogos – Gyromite e Stack-Up. Alguém poderia afirmar que a Nintendo foi inteligente em adotar essa tática para vender seu console, mas o trabalho de pesquisa e desenvolvimento gasto nesse pequeno robô foi quase que totalmente desperdiçado.

9- NES Satellite

Em 1989, a Nintendo criou e lançou este inusitado periférico para ser utilizado no seu videogame 8 bits como parte do NES Sports Set. O NES Satellite vinha com a promessa de que até quatro jogadores poderiam jogar simultaneamente o NES. Além disso, ele funcionava como um adaptador e extensor sem fio para os controles com fio do console, através do uso de sua tecnologia infravermelha portátil alimentada por pilhas, fazendo o alcance dos controles ir de quase 1 metro para mais de 4,5 metros. Infelizmente não haviam muitos jogos para quatro jogadores no NES que tiravam proveito do Satelltie, então as pessoas que o compravam, faziam isso mais pela sua função sem fio.

Sentiu a ausência de algum acessório da Nintendo na lista? Compartilhe conosco sua opinião nos comentários da página ou do Facebook. Se está pensando na Power Glove, ela não foi feita pela Nintendo. Na verdade, ela não teve relação alguma com seu design ou lançamento, tendo apenas licenciado o produto, e somente por isso não foi listada.

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