Análises

A Boy And His Blob

-viaje nessa incrível aventura mágica –

A Boy and His Blob, esse título pode soar meio estranho não? Confesso que quando me entregaram esse jogo para fazer a análise não fiquei muito empolgado, quando li o seu título e logo em seguida vi a capa “fofucha” do game, de cara já pensei “putz, esse jogo deve ser uma m…”. Liguei o meu Wii, coloquei o jogo e fui assistir a abertura, que deve ter uns 2 minutos. Nada de espetacular até então, uma bolha que veio do espaço e um garoto que se apodera dela, como sugere o titulo (O Garoto e Sua Bolha). Inicio o game, não ha tela de opções nem nada, você simplesmente começa com o garoto levantando-se da sua cama. Não ha tutorial para os controles, mas mais simples é impossível, o garoto apenas anda e pula. Começo a jogar, e apesar de uns gráficos 2D bacaninhas, ainda não estou muito entusiasmado. Encontro a tal bolha, o garoto ganhou mais alguns comandos, começa a ficar interessante. Passo algumas fases e quando olho para o relógio, para a minha surpresa já se passou mais de uma hora de jogatina, e eu estava me divertindo.

Assim é Blob (para encurtar o nome), um jogo simples, simpático e muito divertido, que vai fazer você jogar várias horas sem perceber. Mas o titulo não é tão original quanto parece, ele é uma adaptação para os tempos atuais de um jogo lançado pela primeira vez em 1989, para o Nintendinho 8 bits. Elaborado por David Crane, o mesmo que criou a série Pitfall, era um jogo de plataforma em que o jogador controlava um garoto e sua bolha que podia se transformar em várias coisas. Nesse remake 20 anos depois, a idéia original foi mantida, os gráficos desenhados a mão em 2D foram atualizados para o padrão do Wii, com uma nova leva de obstáculos e puzzles para o jogador resolver. Desenvolvido pela WayForward e distribuído pela Majesco, o game não utiliza os sensores de movimento e pode ser jogado com o controle clássico e é ideal para quem quer dar um tempo para os games de ação, tiros, lutas, explosões e afins, para apenas relaxar e jogar bem tranqüilo no conforto de casa. Confira abaixo mais detalhes de A Boy and His Blob.

Puzzles divertidos com a bolha geléia

Bom, não espere uma histõria grandiosa e desenvolvida, o game possui um enredo simples, mas cativante. Um garoto, que não é nomeado no game, encontra um ser alienígena em forma de bolha chamado Blob (muito criativo não? ) e os dois se juntam numa jornada em nosso planeta, e mais tarde no planeta de Blob, Bloblonia, para combater um terrível ser alienígena que se apoderou do planeta. E é isso aí, a historia não vai além disso, o que é uma pena, pois os personagens são bem carismáticos e mereciam um tratamento mais desenvolvido, assim como mais seqüências animadas para engrossar a história em geral.

Os gráficos são em 2D desenhados a mão e são muito bonitos e bem feitos. São inferiores aos lindíssimos gráficos de Muramasa The Demon Blade, mas mesmo assim impressionam, com detalhes meticulosos, animações graciosas e um design que é agradável aos olhos. Muitos efeitos parallax, design criativo dos cenários e inimigos e um bom uso da palheta de cores garantem um visual incrível e cartunesco. Se você é um jogador que curte games 2D de plataforma, não pode deixar de conferir.

O game possui 40 fases com quatro temas principais: campos verdes, algumas vezes noturnos com o belo visual da lua; Bloblonia, que é surrealmente colorido; a cidadela dos aliens invasores, que é sombria e mecânica, em contraste com as outras fases. Você irá notar cenários e alguns detalhes repetidos, mas a arte é tão bela que você não vai se importar. As 40 fases irão deixar você ocupado por um bom tempo, são criativas e não são repetitivas, e a jogatina será alongada pela procura de três baús escondidos em cada fase, que irão destravar fases bônus de desafio (mais 40 fases), vídeos, artes e outros extras.

 Não confunda Blob com um jogo de plataforma tradicional, a ação aqui é lenta e vai exigir o uso dos seus neurônios para usar os poderes de transformação da bolha para resolver os diversos puzzles. Você controla o garoto através do analógico, com comandos nem sempre muito precisos. Aperte A e ele irá pular (não muito alto), com o B ele joga jujubas para a bolha e com o Z você pode escolher o tipo de jujuba, cada uma delas concede uma transformação diferente ao Blob em ferramentas úteis. São ao todo 15 tipos de transformações, que variam desde a um buraco no chão, escada, trampolim, para até um robô enorme para destruir os inimigos. As fases são recheadas de obstáculos e quebra-cabeças que vai exigir que você escolha quais transformações para progredir em sua jornada. O garoto pode chamar por Blob se ele estiver muito longe ou se você quiser que ele volte ao normal após uma transformação.

Infelizmente Blob possui algumas fases que irão testar seu nível de paciência, pois exigem que você pule em certo local em determinado tempo, ou que jogue as jujubas para Blob em um ponto especifico e às vezes, depois de varias tentativas, você pode se irritar um pouco, então é melhor dar um tempo e voltar a jogar com a cabeça fresca. O game também apresenta alguns loading time muito desagradáveis que quebram o ritmo do jogo.

Hey Blob, come here

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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