Análises

After Burner Climax

Durante muito tempo, After Burner Climax ficou exclusivo dos arcades. Lançado em 2006 na placa Lindbergh (mesma de Virtua Fighter 5), trata-se da tão esperada sequência de uma das séries mais famosas da SEGA. Renegados ao relento, nós jogadores – e também fãs da série – já tínhamos desistido da idéia de vê-lo disponível em algum console.

Eis que a SEGA surpreende e, 4 anos depois do lançamento original, anuncia a distribuição do título em forma digital, na Live e PSN. Era, enfim, a chance de conhecer Climax e reviver os bons tempos.

Velocidade alucinante

O novo After Burner segue a mesma idéia dos anteriores: fases rápidas e cheias de inimigos para destruir. Você tem à disposição três jatos: F/A-18E Super Hornet, F-15E Strike Eagle e F-14D Super Tomcat, o sucesso do F14 clássico dos antigos.

O sistema de jogo foi pouco alterado, adicionando apenas a barra Climax. Com ela cheia, você pode acionar um modo especial que deixa sua aeronave lenta e a mira muito maior. Os inimigos que tiverem sido marcados serão destruídos na hora, gerando combos incríveis.

O caminho, como sempre, é pré-determinado, mas você ainda pode fazer algumas ações especiais como piruetas para desviar de mísseis e controlar a velocidade – e isso ajuda no momento em que precisar acelerar ao máximo para escapar de um míssel teleguiado. O legal é que, em determinadas partes, o jogo lhe dá a opção de seguir por um dos dois trechos oferecidos, o que pode mudar a dificuldade.

Há uma barra de energia que lhe permite tomar alguns danos, mas como citado, o jogo tão rápido que muitas vezes você não terá  tempo sequer de descobrir a origem do tiro. Alguns ataques (mísseis) ou acidentes (se chocar com uma montanha), entretanto, geram morte instantânea. Há um certo número de vidas e continues, mas tenha em mente que usá-los sempre vai prejudicar sua avaliação final, que vai de E a AAA.

A medida que você joga no modo arcade, opções especiais chamadas EX são liberadas. Tratam-se de extras que podem beneficiá-lo (ou até atrapalhá-lo), como mira maior (mesma do modo Climax) ou tiros automáticos. É, de alguma forma, um modo de controlar a dificuldade.

Quem for marujo de primeira viagem pode curtir o modo treino, e jogar sem compromisso. Mas, pela simplicidade, qualquer um poderá dominá-lo em pouco tempo.

Apesar de não ter multiplayer, o grande barato fica por conta da corrida pela melhor pontuação. O Time Attack é o mais interessante deles e registra você em um ranking global e online, o que passa a sensação de estar nos bons tempos dos arcades, quando todos brigavam para ter seu nome no topo da tabela. Dependendo de alguns feitos específicos, medalhas são destravadas. Como o jogo em si é curto, esta parte irá desafiá-lo bastante, já que alguns dos objetivos são um pouco complicados.

O visual é simplesmente deslumbrante, com cenários extremamente bem-feitos, coloridos (céu azul!) e variados. Há desertos, áreas montanhosas, fortalezas e muito mais. Os efeitos de luz, aliados à tensidão do combate – caças, aivões de carga, helicópteros, foguetes, porta-aviões, rastros de fumaça -, transformam a experiência. A parte sonora é um pouco limitada, mas há uma opção bem interessante – no início da fase, é possível escolher entre a música de Climax ou da clássica segunda versão. Felizmente, o feeling da antiga SEGA é facilmente reconhecido.

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