Análises

Batman: Arkham Knight

Batman: Arkham Knight” chegou e junto com “The Witcher 3“. Como vocês já devem saber, a versão para PC apresentou vários problemas no desempenho, sendo alvo de intensa crítica por parte de jogadores e imprensa especializada, obrigando a Rocksteady a suspender as vendas da versão para PC enquanto trabalham nas correções e ainda sem estimativa de quando volta a ser comercializado.

A versão testada desta análise foi a de PlayStation 4, vamos lá então!

O Cavaleiro das Trevas está de volta

A história ocorre um ano depois dos eventos de “Arkham City” e a morte do Coringa, com um Cavaleiro das Trevas no auge da sua carreira e habilidades, que tem de enfrentar o vilão Espantalho, que atacou Gotham City com sua toxina do medo/alucinações, causando pânico e a evacuação de grande parte da população da cidade. O espantalho reúne os grandes inimigos do morcegão, como Pinguim, Duas Caras e Hera Venenosa para eliminar de vez o herói, além de um misterioso novo personagem criado pela Rocksteady para o jogo, o Arkham Knight.

Sem entrar em muitos detalhes, a narrativa do jogo é excelente, já seguindo a tradição da série, ao mostrar os vários personagens, vilões e mocinhos, para nós os jogadores. O roteiro nos apresenta situações insanas extremas muito interessantes, que colocam as ações, e estado mental, do homem-morcego em cheque e nos fazendo questionar se estamos mesmo fazendo a coisa certa.

A mecânica do jogo segue o manual dos ótimos jogos anteriores, porém agora mais refinadas, colocando o herói em um gigantesco mapa de mundo aberto (cerca de cinco vezes maior do que Arkham City), dando ao jogador a liberdade de ir aonde quiser procurar por itens escondidos ou missões secundárias.

Algumas novidades foram introduzidas, como o sistema “Fear Takedown“, que permite eliminar três inimigos simultaneamente, contanto que eles não tenham visto o Batman, com o uso de uma câmera lenta. O herói também pode desarmar os inimigos e usar suas próprias armas contra eles (nada como tomar um taco do marginal pra descer o cacete nele). Outro elemento que o jogador pode usar a seu favor são itens perigosos que estejam próximos, como geradores de energia, para provocar danos maiores nos oponentes.

O sistema de voo com a sua capa está melhor, permitindo que Batman voe pela cidade por um maior período de tempo e assim se locomovendo de pontos extremos mais rapidamente (o que era meio chatinho nos jogos anteriores). Outro elemento interessante é o Dual Play, que permite ao jogador, durante os combates, trocar de personagem (Robin, Asa Noturna e Mulher Gato) momentaneamente para realizar novos golpes e combos duplos.

O sistema de combate continua dinâmico, variado e extremamente divertido, certamente um dos melhores já criados para games deste gênero. Batman pode realizar diversos combos e ataques combinados, e é claro que as bat-engenhocas estão de volta em peso, como os batarangs, o gancho de escalada e a visão de detetive – isso sem contar que o próprio Batman pode ser evoluído durante o jogo. Porém, o brinquedo novo de maior destaque no game é o Batmóvelque aparece até demais no jogo.

O controle do veículo é simples, preciso e bem executado dentro de Gotham City, inclusive nas cenas de perseguições nas ruas da cidade. Assim como o Batman, o carango pode receber upgrades, deixando o bicho ainda mais poderoso com novas habilidades e pode inclusive se transformar em um tanque recheado de armas, perfeito para destruir veículos rivais perigosos. O carro é tão imponente que alguns bandidos chegam a fugir só de avista-lo, poupando Batman de lutar contra eles.

Em termos gráficos e visuais “Arkham Knight” é um deslumbre para os olhos, com um design artístico impecável, tanto da cidade como dos personagens, com animações belíssimas, efeitos de iluminação, luzes e sombras perfeitos e um nível de detalhes absurdo, como as gotas da chuva escorrendo pelo uniforme de Batman. Resumindo, um show de bola! Junte ao pacote uma trilha sonora fantástica (com direito ao clássico Under My Skin, de Frank Sinatra), com excelentes dublagens em português (sem opção para mudar para o inglês) e diálogos e você tem em mãos um grande jogo. No entanto, o tamanho das legendas poderia ser um pouco maior na tela.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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