Você já conferiu aqui o nosso “Top 5 – Motivos Para Você Jogar Battlefield: Hardline“, e após muita espera e polêmica, o jogo finalmente está disponível no mercado. Produzido pela Visceral Games (da série Dead Space) e distribuído pela EletronicArts, “Hardline” muda a tradicional ambientação de guerra militar e traz para os fãs cenários urbanos com o tema de polícia versus ladrão. Nós jogamos o game e trazemos para vocês nossas impressões sobre o modo multiplayer, que afinal, é onde os fãs vão gastar a maior parte do seu tempo. Vamos lá então.
Multiplayer padrão
O modo multiplayer de “Hardline” oferece uma experiência bem diferente da campanha solo. Já de cara podemos destacar que as versões para PC, PS4 e Xbox One suportam até 64 jogadores, o que deixa as coisas bem caóticas.
No momento temos disponíveis nove mapas, quatro classes distintas e sete modos de jogo, incluindo os clássicos TeamDeathmatch (duas equipes se enfrentam) e Conquista (controle uma base). Os outros cinco modos são:
Ligação Direta – modo com utilização de veículos. Criminosos devem roubar uma lista de carros e os policiais devem tentar reavê-los. Leve um parceiro armado dentro do carro para eliminar os adversários. Certamente esse é o modo mais divertido e que mais se destaca no multiplayer.
Roubo – aqui o objetivo é realizar aquele grande golpe atrás de uma grana preta, enquanto policiais tentam impedir. Ladrões roubam dois sacos de dinheiro e devem fugir com eles até a sua base.
Dinheiro Sujo – parecido com o modo anterior, mas com uma dinâmica maior. No meio do cenário há uma pilha de dinheiro, de modo que ambos criminosos e policiais lutam para resgatar o maior número de sacolas de dinheiro para levar até a sua base. É possível assaltar a base inimiga, e quando alguém cai abatido, o dinheiro que ele carregava pode ser coletado.
Resgate – assuma o papel de um agente da SWAT com a missão de salvar vidas inocentes das mãos de criminosos, levando para o ponto de extração ou eliminando todos os rivais antes que o tempo se esgote. Mas tome cuidado, não há segundas chances neste modo.
Mira – um ex-criminoso que virou testemunha de estado deve ser protegido pelos policiais enquanto seus antigos parceiros tentam eliminá-lo. Este modo também tem morte permanente, se for abatido, está fora da partida.
Apesar da atmosfera de polícia e ladrão, o esquema do multiplayer segue o mesmo padrão dos jogos de guerra militar, com jogadores divididos em duas equipes com variadas classes, cenários destrutivos, mapas gigantescos e a exigência do trabalho em equipe para se conquistar a vitória. Se você é um veterano de jogos multiplayer, não há nada de novo em termos de mecânica para se ver aqui – exceto pelo divertido modo com veículos.
O sistema de progressão está mais ágil, ao invés de gastar horas a fio ganhando experiência em cada classe para desbloquear novas armas e equipamentos, o jogador recebe dinheiro enquanto joga, que pode ser usado para comprar as armas e gadgets que quiser, tendo mais liberdade para moldar o soldado ao seu estilo e gosto.
O jogo conta com uma grande variedade de armas (são mais de 51 tipos, sendo que algumas são exclusivas para policiais e criminosos), explosivos e equipamentos para cada uma das quatro classes disponíveis: Atirador, Especialista, Mecânico e Operador. Itens como a Câmera para detectar o inimigo (específica para Atirador), o Coquetel Molotov, Dardo Rastreador, Escudo (específica para Especialista), Desfibrilhador/Injeção de Adrenalina (usado para ressuscitar aliados ou derrubar inimigos), vários tipos de explosivos, Ferramentas de Solda para consertar veículos aliados e danificar rivais (específica para Mecânico), Kit Médico (específico para Operador), máscaras de gás, entre outros, podem fazer a diferença em um combate.
Algo bem interessante são os Ganchos usados para escalar paredes e prédios (mas cuidado que a corda pode ser cortada) e a Tirolesa, que permite a travessia entre dois pontos (também pode ser cortada), inclusive para dentro de um carro, que dão mais diversidade para as estratégias e combates nos mapas.
Os veículos também marcam presença forte. São carros, motos, vans, táxis, SUVs, caminhões-tanque, barcos armados e até helicópteros. Alguns veículos ainda precisam de alguns ajustes, nem todos tem uma mecânica simples de se usar, especialmente para os motoristas, que não podem atirar, a não ser que tenha um parceiro no banco ao lado.
O sistema de destruição dos cenários está de volta, de maneira mais atenuada. São paredes, decorações, pisos, guindastes e até mesmos prédios inteiros que podem ruir, mudando as áreas afetadas e obrigando os jogadores a se adaptar e criar novas estratégias para sobreviver. Elementos naturais, como tempestades e areias também podem influenciar a partida, dificultando a visão dos jogadores e forçando combates mais de perto ou uso de equipamentos especiais.
Quanto aos servidores, a EA parece ter aprendido a lição com jogos passados e os dois betas lançados, não tendo desligamentos ou lags que atrapalhem a experiência do jogo (ao menos por enquanto). Entretanto, há os costumeiros bugs e falhas de jogos desse gênero, com personagens atravessando paredes, afundando no chão, voando pelos ares, etc.
Conclusão: A Visceral Games pode não ter revolucionado o modo multiplayer de “Battlefield“, mas certamente eles entregaram um produto bastante estável, rápido e balanceado na história da franquia, especialmente se compararmos com “Battlefield 4″. A ação aqui é muita rápida e dinâmica, tanto em termos de jogabilidade, como evolução do personagem, trazendo um novo gás para a já batida fórmula da série. O design criativo dos mapas que incentiva o uso de diferentes estratégias, assim como o sistema de destruição e a tonelada de armas e equipamentos, fazem de “Hardline” uma experiência fantástica e divertida no modo multiplayer que deve agradar a grande maioria dos fãs.
