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Análise | Dandy Ace é um roguelike que entrega o melhor do gênero

"Tente, morra, e tente novamente"

Roguelike é um gênero onde você explora um mundo gerado aleatoriamente e em que o fracasso é algo natural e recorrente. Cada tentativa é acompanhada de mecânicas viciantes e uma história que prende, deixando sempre aquele gostinho de quero mais. Junte esses elementos com uma trilha sonora imersiva e você tem a receita para um grande sucesso do estilo. Desenvolvido no Brasil, Dandy Ace já está disponível para consoles consegue seguir essa receita perfeitamente e entrega um dos melhores jogos nacionais do ano.

História misteriosa

Em um clássico combate entre o herói galã e o vilão estranho, nos deparamos com o duelo entre dois grandes magos: Lele, o Ilusionista, e Dandy Ace, o protagonista da história. Tudo começou graças a inveja que Lele sente da habilidade, beleza e juventude de Dandy Ace – mas essa inveja gera um evento caótico, onde o protagonista acaba aprisionado com suas assistentes em um espelho amaldiçoado. 

Ao longo do jogo e conforme vamos conhecendo um pouco mais de cada personagem,  chegamos até a simpatizar com Lele: é possível entender o lado dele e, além disso, perceber que ele respeita seu adversário e reconhece seus poderes. Essa é uma das sacadas mais geniais da Mad Mimic, que consegue levar humanidade ao vilão da trama.

Dandy Ace é um jogo onde as aparências enganam…

Jogabilidade

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Para os verdadeiros fãs de roguelikes, a mistura entre Hades e Slay the Spire agrada. Dandy Ace juntou as melhores mecânicas de cada um destes jogos e criou algo único, mesmo fazendo parte de um gênero tão repetitivo.

No jogo, temos três tipos de cartas, que funcionam como as habilidades do protagonista:

  • Azul – Movimento (10 tipos)
  • Rosa – Magias de Ataque (20 tipos)
  • Amarelo – Magias de controle (20 tipos)

Aos poucos vamos descobrindo a função de cada uma delas. Começamos com três, mais básicas, mas rapidamente encontramos cartas com habilidades melhores ou podemos até mesmo aprimorar as que já estão equipadas. 

Embora não seja tão simples dominar as mecânicas de Dandy Ace, a curva de aprendizado do jogo não é punitiva. O sistema de progressão também agrada e não torna o jogo cansativo como alguns outros títulos do gênero.

O Palácio

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O “Mundo do Espelho Amaldiçoado” é, na verdade, o Palácio de Lele, o Ilusionista. O local é recheado de armadilhas, inimigos poderosos e chefes desafiadores – além de recompensas que vão tornando a jornada menos dramática. 

Seguindo a tradição dos roguelikes, o jogador escolhe os caminhos pelo Palácio. Porém, para chegar até o final e enfrentar Lele, será necessário passar por 13 inimigos básicos diferentes, 12 mini chefes, oito torres e quatro poderosos e intimidadores chefes.

A ambientação é incrível e um dos pontos fortes de Dandy Ace. Cada uma das 14 salas do Palácio são bem decoradas e trazem elementos únicos, com uma atmosfera “synthwave” – um estilo musical que surgiu em meados dos anos 2000, influenciado por músicas e trilhas sonoras da década de 1980. O clima circense nos coloca praticamente dentro de um carnaval americano, cheio de tendas e atrações.

Mas se os gráficos encantam, a trilha sonora imersiva gruda na cabeça após poucas horas explorando o Mundo do Espelho Amaldiçoado. O estilo “synthwave” é realmente um charme e funciona perfeitamente com a ambientação do jogo e as decisões estéticas.

Conclusão

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A chegada de Dandy Ace aos consoles é fantástica. O jogo está bem otimizado e fica lindo nas telas maiores. O título é mais um que mostra que a indústria brasileira merece maior destaque e reconhecimento.

Prós:

  • Jogabilidade fluida;
  • Sistema de combate fácil de aprender;
  • Trilha sonora imersiva;
  • História cativante;
  • Roguelike tradicional e confortável.

Contras:

  • Complexidade nas habilidades;
  • Redundância de cartas/poderes;
  • Poluição visual nos combates;
  • Alguns efeitos sonoros não funcionam como deveriam.

Nota: 8,0/10,0

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