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Análise | Devil May Cry 5 é tudo aquilo que os fãs queriam e mais

Demorou, mas enfim a Capcom trouxe um novo capítulo para sua popular saga “Devil May Cry”. Anunciado durante a E3 2018 na conferência da Microsoft, “Devil May Cry 5” atende a milhões de pedidos dos fãs, que vinham solicitando à produtora que criasse mais um game da série com Dante, Nero e cia. O resultado, para alegria de todos os matadores de demônios, ficou surpreendente em todos os aspectos.

A história envolve os já conhecidos Dante, Nero, Trish e Lady em uma batalha contra as forças demoníacas que invadiram Red Grave City. Há duas caras novas, sendo uma delas o misterioso V, cuja origem você vai desvendando ao longo da trama, e Nico, parceira de Nero e criadora dos Devil Breakers, novas armas que o jovem caçador de demônios utiliza para dar cabo das bestas infernais.

Os novos personagens são cativantes e muito provavelmente vão te conquistar pouco tempo após serem apresentados. O maior destaque fica para Nico, cujos diálogos revelam uma mulher não apenas com bastante personalidade, mas cujos momentos de irreverência nos fazem dar gargalhadas.

A narrativa de “Devil May Cry 5” é contada por meio de belíssimas cutscenes renderizadas em tempo real, que mostram o poder do motor gráfico RE Engine. As animações, expressões faciais e a qualidade das texturas são tão impressionantes que há momentos onde você pensará estar assistindo a pessoas de verdade ali na tela.  Os gráficos também são excepcionais durante os muitos momentos de jogabilidade, dotados de uma incrível apresentação, não devendo em nada para os visuais exibidos nas cutscenes.

A jogabilidade, no entanto, é onde “Devil May Cry 5” mostra a que veio. Você pode jogar com Nero, Dante e V, que se alternam dependendo da missão. Cada um deles tem um estilo próprio, fácil de aprender mas difícil de dominar. Além do revólver e da espada, Nero faz uso de próteses mecânicas no lugar de um dos braços, que lhes dão uma quantidade muito maior de movimentos do que os vistos em “Devil May Cry 4”. Uma muito bem vinda mudança, diga-se de passagem, pois deixou o personagem interessante de se jogar.

No caso de V, a situação é totalmente distinta, já que ele mesmo não ataca, pois faz isso por meio de três demônios que controla durante as batalhas. Ele só participa ativamente no momento em que um inimigo perde toda a vida e precisa ser executado. É um estilo diferente daquele que estamos acostumados a ver na série, mas embora demore um pouco até acostumar, funciona muito bem.

Dante tem a jogabilidade mais complexa dos três protagonistas. Pelo fato dele possuir diversas armas e poderes à disposição, que vão aumentando de número a medida que você progride na história, a quantidade de movimentos e combos que você consegue efetuar com ele é gigantesca. Ele possui quatro estilos de combate – ataque corpo a corpo, à distância, defesa e velocidade – que você pode mudar instantaneamente com o apertar de um botão. Por ser o filho de Sparda, Dante possui uma forma demoníaca, onde sua força aumenta consideravelmente. Embora seja o personagem mais completo dos três na jogabilidade, isso não torna a experiência com Nero e V tediosa depois que você começa a jogar com Dante, já que os estilos deles também são muito divertidos e prazerosos de se utilizar.

O desempenho de “Devil May Cry 5” também é um ponto que chama a atenção. Apesar de ter um dos visuais mais incríveis da geração, trata-se de um jogo muito leve e bem optimizado. Na versão para PC, que foi aquela na qual joguei, fui do começo ao fim da aventura em 1440p e no Ultra, em 60 fps cravados nos momentos de jogabilidade, utilizando um Core i7 4790K, 16GB e uma GeForce GTX 1070Ti. Apenas em algumas ocasiões nas cutscenes dava para notar a taxa de quadros caindo, mas era algo rápido, que nem atrapalhava.

Pelo pouco que vi do game nos consoles, a experiência não é tão lisa quanto no PC, mas nem por isso ela deixa de ser agradável, já que o game consegue atingir 60 fps durante boa parte das ocasiões onde você está lutando contra as hordas de demônios.

A trilha sonora também possui destaque, especialmente pela música Devil Trigger, que não sai da minha cabeça e já faz parte da minha playlist do smartphone. Essa faixa toca na maior parte das vezes em que você está lutando com Nero, sendo que V e Dante também possuem músicas exclusivas (e boas!) para as ocasiões em que estão enfrentando os inimigos.

Os únicos problema de “Devil May Cry 5”, ao meu ver, é a quantidade excessiva de loadings, que podem fazer você perder um bom tempo dependendo de onde você estiver jogando, e a função online, que sinceramente não faria nenhuma falta se não existisse, já que as únicas ocasiões em que você interage com o outro jogador diretamente são quando você enfrenta determinados inimigos com ele, algo que ocorre pouquíssimas vezes, ou então quando dá ou recebe uma nota por seu desempenho.

CONCLUSÃO

“Devil May Cry 5” é mais uma prova de que a Capcom conseguiu resgatar a essência que lhe transformou no estúdio que é hoje. Ela não apenas deu aos fãs aquilo que vinham pedindo há anos, como também entregou um produto de extrema qualidade. Ao retornar às suas origens, nos trouxe o melhor “Devil May Cry” já feito e um dos jogos de ação mais empolgantes lançados nesta geração.

Prós

  • Apresentação fenomenal
  • Gráficos que beiram a perfeição
  • Animações de tirar o fôlego
  • Jogabilidade complexa e viciante
  • Ótima narrativa
  • Textos muito bem traduzidos em português

Contras

  • Loadings demais
  • Função online mal utilizada

NOTA – 9.5

Uma cópia do jogo para PC foi fornecida pela Green Man Gaming para elaboração desta análise.

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