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Análise | Devil May Cry 5: Special Edition é ideal para quem ainda não jogou

Como fã de DMC eu nunca imaginei que faria análise de Devil May Cry 5: Special Edition em 2020. A verdade é que a comunidade do jogo já tinha perdido as esperanças sobre  futuro da franquia.

Depois de DMC 4 a saga de Dante e Vergil (e Nero!) parecia perdida, sem foco. Saiu uma coletânea remasterizada, depois um reboot feito pela Ninja Theory, que até hoje divide opiniões e, em seguida, um silêncio. Até que na E3 de 2018 tudo mudou e Devil May Cry 5 foi anunciado.

Eu joguei DMC 5 no lançamento e fiz meu segundo gameplay quando o jogo esteve disponível no Game Pass. Eu não tinha o objetivo de alcançar os 1000G, simplesmente me deu vontade lutar mais uma vez contra hordas infernais abusando de todos aqueles poderes sobrenaturais de Nero, Dante e do misterioso V.

O anúncio de Devil May Cry 5: Special Edition para a Xbox Series X|S e PS5 me deixou animado, pois além de ver o jogo com gráficos atualizados seria possível jogar com Vergil. Então, mais uma vez, eu parti numa luta contra centenas de capirotos.

Caso você tenha perdido

DMC5 se passa logo após os eventos de DMC4. Uma árvore demoníaca chamada Qliphoth está crescendo na terra e ceifando a vida dos humanos. Dante, Trish e Lady tentam impedir Urizen, o demônio no controle desta árvore, mas fracassam. Vergil então aparece com um misterioso homem ao seu lado, um tal de V, mas ele também fracassa e não consegue deter aquele que pretende ser o rei das trevas.

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Um mês depois Nero e V, acreditando que Dante e suas parceiras estão mortas, começam a se preparar para lutar mais uma vez contra esse poderoso inimigo.

O que tem de especial nessa edição especial?

Primeiramente, vamos falar do mais importante, a tradição que começou na edição especial de DMC3, isto é, disponibilizar o Vergil como personagem jogável. O antagonista mais querido da franquia retorna com toda a sua glória retaliando demônios sem piedade.

Aos desavisados, fiquem sabendo que não se trata de uma nova campanha ou missões extras, beleza? E sim a chance de jogar a história de DMC5 com o Vergil, em todas os levels originais. Mais tarde nesta análise eu voltarei a falar dele e como foi a minha experiência. Vamos as outras novidades do pacote.

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A Capcom trouxe algumas melhorias importantes. Agora é possível jogar a 120FPS e também na resolução 4K. Além disso, no PS5 e no Xbox Series X foi adicionado Ray Tracing, que é uma tecnologia que exibe reflexos, sombras e iluminações mais realistas.

O Series S não compartilha dos mesmos recursos. Por rodar games no máximo a 1440p, o 4K é feito por upscaling. Já o Ray Tracing, a Capcom decidiu não incluir no game e não há previsão do recurso chegar pós lançamento.

Eu testei o jogo no Xbox Series S em duas telas diferentes, uma FHD de 32’’ e outra 4K de 58’’ e em ambos os casos a experiência foi muito boa. Quanto a Ray Tracing, é claro que ele dá uma diferença incrível, entretanto a Capcom fez um upgrade nos efeitos de iluminação e reflexo tão bacana que mesmo com o RT desativado o game continua bonito.

Um recurso que todos irão aproveitar de forma democrática é o áudio 3D aprimorado. Ele garante maior fidelidade de som, permitindo ouvir pequenos detalhes e entender a que distância e posição os inimigos estão. Esse recurso é melhor apreciado com headsets e Home Theaters.

Por mim, esse pacote também traz os benefícios da edição Deluxe do DMC5 original e o pacote de skins EX Color. Nova dificuldade e um número maior de inimigos, um poder que só a next-gen de videogames são capazes de executar.

Colocando Vergil em ação

Foi muito divertido jogar com Vergil. O personagem é versátil e tem um estilo de combate equilibrado. Assim como Dante e Nero, os comandos e estilo de luta do filho ranzinza de Sparda foram refinados.

A Yamato é a principal arma de Vergil. Foi também a minha arma predileta durante o gameplay, pois ela aplica golpes rápidos e luta a curta e longa distância.

Com o Gume Ilusório dá para realizar cortes pesados e derrubar inimigos de base. Esta espada é perfeita investida robusta.

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A Lâmina Ilusória é uma arma de apoio, funciona como as pistolas de Dante ou o revólver de Nero. A armadura de combate Beowulf serve com uma arma versável para combate rápido a curta distância. Vergil também tem um especial, seu clone em forma de Devil Trigger que replica seus movimentos ou ataca de forma independente.

Conclusão

Devil May Cry 5: Special Edition é o mesmo game de 2019. Com exceção das melhorias gráficas, os demais benefícios chegarão ao jogo original em forma de DLC. Para quem já tem o game, comprar o pacote e aproveitar os recursos via retrocompatibilidade é o melhor negócio, isto é, a menos para quem liga muito para gráficos.

Mas para quem ainda não jogou, a versão de Xbox X|S e PS5 vale muito a pena, pois além de não ter o preço cheio de um lançamento, já vem com tudo que é possível na embalagem.

Prós

  • Preço atraente para quem ainda não tem o game
  • Gráficos atualizados
  • Opção de 120FPS e resolução 4K
  • Ray Tracing (Xbox Series X e PS5)

Contras

  • Ray Tracing não está disponível no Xbox Series S
  • Até o momento não é possível aproveitar o save do jogo original

Nota: 8.0

Uma cópia do jogo para Xbox Series X|S foi cedida pela Capcom para a realização desta análise.

Gabriel Magalhães

Colaborador do GameHall, fundador do Forever Jogando e Analista de Marketing.

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