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Análise | Fatal Frame Maiden of Black Water traz melhorias na nova geração

Pegue sua câmera e enfrente os fantasmas

Nos anos 2000, a tríade dos games de terror era formada por Resident Evil, Silent Hill e Fatal Frame. Enquanto a Capcom e a Konami investiam em jogos com armas de fogo e mais ação, a Koei apostou na câmera fotográfica como arma. A lenda urbana do registro fantasmagórico deu origem a uma trilogia consagrada do PS2 e mais quatro títulos para a Nintendo.

Maiden of Black Water é o quinto game canônico de Fatal Frame, que foi lançado originalmente em 2015 no ocidente exclusivamente para Wii U. Seis anos depois, ele agora está de volta para PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e Switch.

História

A história do game se passa na Montanha Hikami, uma região fictícia localizada no Japão. Neste local eventos sobrenaturais costumam acontecer, bem como suicídios e desaparecimento de pessoas. Para lidar com esses eventos, você conta com três personagens jogáveis: Yuri Kozukata, Miu Hinasaki (filha de Miku Hinasaki) e Ren Hojo.

Análise Maiden Black Water

Yuri, a primeira personagem a ser apresentada, tem uma habilidade especial. Ela é capaz de interagir com objetos do passado, vendo parte de sua história e também falar com pessoas que estão no mundo dos mortos. Já Miu Hinasaki e Ren Hojo são mais modestos em suas habilidades, mas, assim como Yuri, podem usar a Camera Obscura para registrar e enfrentar os fantasmas.

Jogabilidade

Existem duas configurações de controle e elas não são customizáveis. O modo clássico tem um mapeamento dos botões específico, por isso, pode ser estranho ou desconfortável para alguns jogadores. A segunda opção, o modo action, tem um perfil bem ocidental, sendo mais fácil de utilizar, principalmente para quem está habituado a jogar games de ação.

Análise Maiden Black Water

De maneira geral, a jogabilidade é boa. A Koei não fez nenhum upgrade, ou seja, a experiência é a mesma do Wii U. Vale lembrar que é um título que chegou a 8ª geração com uma jogabilidade ultrapassada, preservando as características que marcaram a franquia nos tempos do PS2.

Para você que irá jogar o seu primeiro Fatal Frame, não entenda que este estilo signifique que a franquia envelheceu mal, porém tenha em mente que elementos robustos de física ou complexidade de jogatina não existem aqui.

Gráficos

O game foi desenvolvido com o mesmo motor gráfico de Dead or Alive 5. Uma característica marcante da Koei são os gráficos com tendência realista, sem presença de serrilhados, cenários com bom acabamento e ausência de pop-ups ao carregar o jogo.

Análise Maiden Black Water

Em 2015, tudo isso já estava presente em FF. Logo, a versão remasterizada é um polimento do visual e desempenho, não indo além disso, apenas o suficiente para rodar de maneira satisfatória na nova geração.

Os destaques da versão remasterizada são a iluminação, que permite ver mais detalhes das ambientações e também dos personagens, e os cabelos dos personagens, que estão com mais brilho e realistas.

Conclusão

Fatal Frame: Maiden of Black Water foi o último game lançado da franquia e poucas pessoas tiveram a oportunidade de jogá-lo no lançamento por ser um exclusivo do Wii U. Chegou a hora dos fãs de outras plataformas terem a chance de terminar a história.

O desfecho não é épico, mas ainda sim é um bom título de terror para quem curte jogos deste gênero. Felizmente a Koei o disponibilizou com um preço bem abaixo dos lançamentos AAA atuais, o que já é um ponto positivo e justo, por não ser um título inédito.

Numa época em que o terror tem sido substituído por sobrevivência, Maiden of Black Water é indicado para os vanguardistas que querem matar um pouco da saudade dos velhos tempos do survival horror.

Prós

  • Desempenho satisfatório na nova geração
  • Gráficos e iluminação melhoradas
  • Modo action deixa o gameplay mais acessível

Contras

  • Não tem dublagem ou legendas em português
  • Ausência de conteúdo extra
  • Não tem o suspense e terror dos títulos anteriores

Nota: 7.0/10.0

Uma cópia do jogo para Xbox Series foi fornecida pela Koei Tecmo para a elaboração desta análise

Gabriel Magalhães

Colaborador do GameHall, fundador do Forever Jogando e Analista de Marketing.

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