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Análise | Necronator é mistura divertida de Tower Defense com jogo de cartas

Necronator: Dead Wrong é um jogo de estratégia em tempo real e Roguelike com baralho, desenvolvido pela Toge Productions para PC. Em estilo cômico, o jogo cativa o jogador com um design simples e agradável, algo que beneficia a todos os jogadores, já que dessa forma fica acessível até para quem não possui um computador com uma configuração robusta.

Claramente influenciado por jogos como Slay the Spire, Necronator também inclui um sistema de Tower Defense na sua jogabilidade.

Utilizando as cartas para criar as criaturas e feitiços que servem para ajudar aliados ou prejudicar criaturas inimigas, o objetivo é destruir a “base” para continuar subindo a “espiral” até alcançar o castelo de cada setor.

O que faz o jogo ser Roguelike

Roguelike é baseado em avançar masmorras com sistema de turnos ou estratégias em tempo real, e o detalhe principal é: Se morrer, acabou, tem de recomeçar do zero, o que faz cada avanço na partida ser emocionante.

Existe o sistema de descanso, um chefe elite, um chefe normal e áreas para melhorar as cartas ou recuperar pontos de vida. O destaque fica por conta do sistema de escolhas e passagens interligadas que mostra a influência bastante clara de Slay the Spire em Necronator.

História sem muita profundidade

A história do jogo não se arrisca, sendo básica e objetiva. Logo no início já é explicado tudo que precisamos saber; somos recém-formados da universidade dos mortos-vivos e fomos convocados para alastrar o mal e caos pelo mundo, sendo guiados por uma criatura muito fofa chamada Chubat, com o objetivo de destruir a aliança Livmor. Isso inclui lutas contra toda esta aliança, que é composta de diversos personagens diferentes, incluindo ursos e até vikings.

Conhecendo os personagens 

Começando a aventura, temos a opção de criar até três pastas de salvamento, provavelmente devido a quantidade de personagens que podemos utilizar. No jogo, podemos escolher entre três personagens, com o detalhe mais bacana sendo que, novamente como em Slay the Spire, temos baralhos designados para cada personagem que podem ser alterados e melhorados durante o alastramento de mal e caos.

Cada personagem tem uma skin alternativa. A Unliving Spirit, por exemplo, tem um visual alternativo onde ela fica com a aparência de uma boneca.

Boa quantidade de informações

Particularmente, achei muito bem feita a distribuição de dados para o jogador, não havendo nada “escondido”, apenas gostaria que a fonte utilizada nos textos fosse um pouco melhor.

Na tela de seleção do personagem você pode definir seu baralho e escolher a relíquia que vai combinar melhor com as cartas dele e o estilo de jogo do personagem.

Os níveis que estão ali são muito importantes para facilitar a subida, pois a cada nível melhorado no personagem, você destrava mais cartas para aprimorar o baralho, deixando cada vez mais fácil vencer a “masmorra” e subir a espiral.

Também há a opção de adicionar mods e DLCs antes de escolher personagens.

Jogabilidade sem fim

Lembra o que eu falei sobre história limitada e jogabilidade ilimitada? Literalmente temos o modo ilimitado para que você possa testar os limites do baralho e a consistência de comprar cartas específicas antes de entrar na campanha ou usá-lo apenas por diversão mesmo.

“Seed” é o randomizador do mapa, havendo também um tutorial que é uma verdadeira mão na roda no começo.

A campanha não é algo sem sal. Cada lugar que atacamos tem uma “linha de história”, com personagens e estratégias diferentes. Podendo escolher entre as três rotas interligadas, trilhamos o nosso caminho de caos e destruição até o castelo final de cada setor.

Você usa suas cartas para invocar esqueletos, zumbis, e criaturas do mal para proteger sua base e atacar a base inimiga, feitiços para proteção das criaturas e outros para danificar ou prejudicar os seres adversários.

Recomendo dar muita atenção as “relíquias” e cartas especiais dos oponentes, pois isso vai te ajudar a decidir como deve levar o ritmo de cada local que passar. As suas relíquias fazem tanta diferença quanto as da inteligência artificial, ou seja, a máquina também vai jogar ao redor das suas estratégias.

Cada local tem um elemento diferente, seja o terreno ou a localização das torres inimigas. Inclusive, quando as torres são destruídas pelas unidades do jogador, viram nossas aliadas e geram recursos de cristal para jogar mais cartas mais rápido e também ajudam bater nas unidades inimigas.

Quanto ao terreno, é necessário dar sempre atenção a ele. Em alguns haverá setas para direcionar suas unidades e isso é importante para combater inimigos que podem vir de direções diferentes.

O sistema de progressão no jogo é recompensador, sendo muito prazeroso atingir combos específicos e ver as interações que surgem. Confesso que é refrescante poder ser o vilão.

Conclusão

A Toge Productions acertou ao nos brindar com um roguelike bastante influenciado por Slay the Spire e que também consegue ser fiel ao gênero de jogos de estratégia em tempo real. Um jogo bem balanceado, onde planejar e alinhar os recursos fazem muita diferença para alcançar a vitória. Quanto mais você joga e mais cartas novas você destrava, mais fácil e rápido será para subir a espiral. Um jogo extremamente leve, com trilha e efeitos sonoros agradáveis. Um passatempo prazeroso, cujo fator Tower Defense ajuda manter o interesse e aquele sentimento de “só mais uma partida”.

Prós

+ Ótimo design na arte e efeitos visuais
+ Sistema de batalha justo, que recompensa boas escolhas
+ Experiência ilimitada, aumentando o custo-benefício
+ Extremamente leve
+ Simples de jogar

Contras

– Ausência de multiplayer
– Fontes pequenas demais em locais importantes de ler
– Jogabilidade do tabuleiro é bem confusa

Nota: 8,5

Uma cópia do jogo foi fornecida pela Modern Wolf para elaboração desta análise

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