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Análise – Overwatch

Disponível para PC, Xbox One e PS4, Overwatch é a sensação do momento. O jogo de tiro em primeira pessoa da Blizzard atingiu a marca de 10 milhões de jogadores em menos de um mês, número maior do que em sua fase de testes aberta (e gratuita!), ainda que tenha sido taxado como “muito caro” (R$ 250 na versão de consoles, R$ 160 na versão básica de PC).

Os mapas do jogo são bem variados e inspiram-se em lugares do mundo todo, como a cidade de Londres, as praias da Grécia e os templos do Japão. O objetivo de cada partida muda de acordo com o mapa que você está jogando, tendo desde missões de proteger pontos de controle quanto de escoltar carga e disputas territoriais. Cada cenário pode ser jogado com diversas estratégias e o leque de heróis disponíveis para a batalha tornam o jogo muito imprevisível.

Overwatch (ainda) não tem uma receita a seguir, um metagame infalível ou counterpicks super efetivos.

E esse é um de seus pontos fortes.

Overwatch-wallpaper

Seus personagens são carismáticos e oferecem diversos modos de jogar, com habilidades bem distintas. Tracer, a garota-propaganda do jogo, é uma personagem que depende muito de mobilidade, enquanto Widowmaker é uma exímia sniper – mas precisa de tempo para realizar seus disparos mortais. Entre tanques, suportes, ofensivos e defensivos, as personalidades dos heróis ganham destaque não apenas em suas histórias, que são retratadas em textos no site ou em comics, curtas de animação entre outros, mas também nas partidas, que contam com interações especiais entre eles.

Muitas dessas interações têm piadas ou trocadilhos em inglês, mas nada disso se perde ao localizar o jogo para o português do Brasil. Como em World of Warcraft ou Diablo III, a tradução e dublagem são muito boas e conseguem repassar o humor da versão original sem maiores dificuldades ou estranhezas.

A única impressão negativa que o jogo deixa em alguns jogadores é de que ele poderia muito bem funcionar no sistema free-to-play com microtransações embutidas, conseguindo assim alcançar ainda mais pessoas e diminuir as filas (que geralmente são rápidas). Um jogo que começou como pago mas acabou se rendendo à gratuidade foi o Team Fortress 2, da Valve, e tal mudança provou ser uma escolha acertada para o game, que cresceu em popularidade.

Overwatch é extremamente divertido e pode ir tanto para uma vertente mais casual quanto uma mais hardcore, chegando até a ser considerado um eSport. Já existem grandes organizações interessadas em “adotar” uma line-up de atletas do jogo, como é o caso da gigante Fnatic e do clube de futebol Manchester United, que entraram em uma disputa de lances por um time do game. Resta saber se o público também vai adotar o jogo competitivamente. O fato de que a Blizzard quer que seus jogos sejam transmitidos diretamente via facebook é um indicativo de que há espaço para isso.

Com a expertise da Blizzard e com os jogadores dedicados dessa nova franquia, isso parece ser apenas o começo de algo bem maior.

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