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Análise | The Last Blade: Beyond the Destiny é mais um clássico do Neo Geo Pocket para Switch

Lançado em 2000 para o portátil Neo Geo Pocket Color, The Last Blade: Beyond the Destiny teve recentemente um relançamento em seu formato original para o Nintendo Switch, em comemoração aos 30 anos do Neo Geo, o que certamente é algo bem curioso, mas que surpreendentemente resultou em uma experiência agradável no console da Nintendo.

O game é na verdade uma adaptação para o portátil de dois jogos lançados antes (no final da década de 1990) para o sistema Neo Geo pela SNK, conhecida mundialmente pelos seus excelentes jogos de luta como Samurai Shodown e The King of Fighters.

A série é ambientada durante o período Bakumatsu (1853/1867) na história do Japão, que marcava o final da política de isolamento e de vários caos dentro do país. Além disso, o jogo também incorpora alguns elementos da mitologia japonesa como os quatro guardiões divinos, as bestas Genbu, Seiryu, Suzako e Byakko.

Apesar de ser um jogo de luta esquecido por muitos, The Last Blade: Beyond The Destiny apresenta um sistema de combate notavelmente sólido que pode surpreender algumas pessoas, transmitindo uma grande facilidade de controle e execução dos golpes, obviamente levando em contexto o seu lançamento original há duas décadas.

A SNK demonstra todo o seu talento e reputação com jogos de luta com visuais bem projetados, design de personagens carismáticos e expressivos, além de de contar com belas e fluídas animações. Os nove personagens disponíveis (com outros sete desbloqueáveis) apresentam duas opções de estilo de jogo: Velocidade ou Força, o que muda os elementos estratégicos durante a pancadaria.

Além do Modo História, o título oferece também modos de treinamento, sobrevivência e ataque temporário, bem como batalhas de dois jogadores.

Há um sistema de de desbloqueio baseado em ganhar pontos, que oferecem alguns extras como habilidades especiais de pergaminhos e até dois divertidos minigames: Homerun Competition e The Great Escape from Hell’s Gate.

Infelizmente seu maior ponto negativo é a reprodução da pequena tela de um Neo Geo Pocket Color, dificultando a visão na tela pequena, apesar da possibilidade de aumentá-la. A inteligência artificial dos inimigos também não impressiona, especialmente depois que você domina os combos aéreos.

Por fim, vale lembrar que este não é o primeiro título do portátil Neo Geo Pocket portado para o Switch, com os jogos SNK Gals’ Fighters e King of Fighters R-2 também disponíveis para o console da Nintendo.

Conclusão

The Last Blade: Beyond the Destiny é um jogo direcionado especialmente para os fãs de games de luta da SNK ou para os fãs de fighting games clássicos. Por ser um título de um portátil de 2000, é difícil imaginar que ele tenha um apelo maior para outros jogadores. No entanto, sempre é bom ver jogos raros como esse disponibilizados em seu formato original e a um preço acessível (US$ 8), sendo uma parte divertida e curiosa da história dos jogos de luta. Que outros jogos raros do Neo Geo Pocket sejam lançados futuramente.

Prós

  • Visuais clássicos e nostálgicos
  • Combates simples, mas sólidos e divertidos
  • Conteúdo desbloqueável

Contras

  • Tela de jogo pequena
  • IA fraca
  • Sem multiplayer online
  • Poderia ter mais extras e opções de customização

NOTA: 7,0

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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