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Análise: Tom Clancy’s Rainbow Six: Siege

O FPS “Tom Clancy’s Rainbow Six Siege” chamou a atenção de todos quando foi anunciado em 2014, apresentando como principal destaque o enfoque no modo multiplayer online e na cooperação entre jogadores. Vale lembrar que o jogo não possui nenhuma campanha single-player, no entanto, é possível jogar sozinho contra o computador em um “treinamento“.

O sistema do jogo não tem segredo nenhum e segue a cartilha de clássicos do gênero, como “Counter-Strike“: o jogador escolhe um personagem entre várias classes diferentes (chamados Operadores aqui), cada qual com suas habilidades e equipamentos únicos, que se dividem entre dois grupos com cinco jogadores cada, policiais e criminosos.

Os objetivos e modos são variados, mas nada fora do normal, variando entre resgatar reféns e desarmar bombas, ou defendê-los, dependendo do lado em que estiver.

Até aí nenhuma novidade, mas nas primeiras partidas você já vai notar diferenciais importantes, ausentes na maioria dos FPS modernos. Porém, antes de seguirmos adiante, gostaria de deixar bem claro que “Siege” é um jogo que investe pesado na cooperação e comunicação entre jogadores. Se você não está acostumado com jogos multiplayers cooperativos ou não gosta muito de usar o microfone, terá que rever esses pontos antes de se aventurar nele.

Rainbow Six Siege - Imagem 01

Vamos lá então. Antes de cada partida, os jogadores podem mandar drones para estudar o cenário para montar uma estratégia de ataque, ou defesa, localizando alvos ou inimigos. Aqui, cumprir as missões e tarefas são tão, ou mais, importantes do que acumular número de inimigos mortos.

E falando nisso, uma vez que o jogador é morto, ele não é ressuscitado automaticamente, tendo que esperar um dos companheiros de equipe reavivá-lo, o que deixa as partidas ainda mais estratégicas e tensas. Ir até o local onde está um companheiro caído pode ser facilmente usado como emboscada pelos inimigos. Por outro lado, o jogador caído pode acessar câmeras disponíveis e fornecer informações valiosas sobre as posições dos inimigos.

Siege” usa o motor gráfico da própria Ubisoft, chamado AnvilNext, e os seus mapas foram desenhados para haver combates em ambientes fechados, outro grande diferencial, por causa de seus recursos de cerco. Os jogadores podem invadir prédios pelas janelas, derrubar portas, destruir chão, teto ou paredes.

Rainbow Six Siege - Imagem 02

Portanto, o fator vertical em um mapa também deve ser levado em consideração nas estratégias, já que a qualquer momento inimigos podem cair do teto atirando em cima de sua equipe, surpreendendo a todos. Uma parede que aparenta oferecer uma cobertura segura, pode explodir bem na sua cara, e assim por diante.

O game conta também com uma grande ênfase na destruição dos cenários, oferecendo um novo nível de experiência para o gênero. São vários tipos de estruturas e materiais, que possuem reações diferentes dependendo do tipo de explosivos ou armas/balas utilizadas. Quanto mais espesso o material, menos dano o jogador irá levar caso o projétil atravesse o material e o acerte.

A jogabilidade é extremamente fluída e apesar de seus gráficos não serem impressionantes, possuem texturas bem detalhadas e animações bastante ricas, o que vai exigir uma máquina com um hardware robusto para rodar bem. O destaque mesmo fica para as destruições impressionantes, sujeitas a uma física bem convincente. Os efeitos sonoros também marcam presença notável, pois o menor dos barulhos, ou até mesmo a sua sombra embaixo de uma porta, pode revelar a sua posição para os inimigos.

Rainbow Six Siege - Imagem 03

Como já era de se esperar, o jogo conta com um sistema de microtransação, onde o jogador pode usar dinheiro virtual ou real para comprar skins de armas, XP boosts (os famigerados aumentos elevados de ganhos de experiência) e novos operadores (a cada um desbloqueado, o valor do próximo aumenta), pacotes de créditos, etc.

Finalizando, “Rainbow Six: Siege” é um jogo extremamente tático e que vai depender muito da organização e interação entre os jogadores. Comunicação é um elemento crucial para quem quer se dar bem nele. Um dos seus pontos fortes é a sua variada seleção de personagens, com habilidades bem distintas e com papéis específicos a desempenhar dentro do campo de batalha. Os mapas também merecem destaque, com designs bem elaborados e recheados de objetos e estruturas destrutíveis, elevando o nível de estratégia no gênero para algo nunca visto antes. Cada mapa oferece uma infinidade de oportunidades, tanto para quem ataca como para quem defende, e uma partida nunca será igual a outra. Certamente uma alternativa válida para os jogos de tiro em primeira pessoa e que deve ganhar os holofotes no cenário de eSports em 2016. Não recomendado para jogadores casuais de FPS.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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