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Análise: Tree of Savior

Tree of Savior“, o aguardado MMORPG da mesma equipe criadora do clássico “Ragnarok Online“, prepara a sua chegada em terras brasileiras pelas mãos da Level Up (totalmente traduzido e com servidor próprio), prevista para agosto de 2016.

No entanto, se você não aguenta esperar todos esses meses, já pode ir treinando no servidor americano mesmo, com o jogo disponível gratuitamente na rede digital Steam (também com opção para servidor Sul Americano).

Assim, o “sucessor espiritual” traz toda a nostalgia e magia de “Ragnarok” (um jogo muito amado pelos gamers brasileiros) e outros MMOs do passado, mas ao mesmo tempo oferecendo algumas novidades. Com visuais isométricos e sistema de combate em tempo real, o jogador inicia a sua aventura escolhendo entre quatro classes básicas: Arqueiro, Espadachim, Mago e Clérico – mas que fique claro que existem muitas outras classes, derivadas dessas quatro, que aparecem a cada 15 níveis.

São tantas classes, evoluções e habilidades distintas que podem ser acumuladas que você vai gastar um bom tempo pensando em como montar a sua árvore de talentos/habilidades, um sistema que funciona muito bem e promove várias formas de se jogar.

Tree of Savior - Imagem Screenshot 01

Felizmente, seu sistema de progressão é bem simples, sendo possível completar as quests principais para avançar a história numa boa, com quests paralelas para evoluir o seu personagem em um ritmo bem veloz. Porém, após um tempo (lá pelo nível 200), as quests se tornam mais escassas e o jogador será obrigado a “grindar” para subir de nível, ou seja, ficar matando monstros repetidas vezes para acumular XP (pontos de experiência) – uma mecânica que com o tempo se torna repetitiva e massante.

A jogabilidade é ótima e a movimentação dos personagens é bem fluída (possível jogar com teclado, mouse ou joystick), tudo muito intuitivo e fácil de aprender, longe de ser “truncada” como em alguns jogos do gênero, o que as vezes pode ser bem irritante. Os cenários são bem variados e diferentes uns dos outros, o que incentiva a exploração. Em certos momentos, jogar ToS é quase como uma terapia de relaxamento, com os seus belos mapas e a magnífica trilha sonora ao fundo – uma das melhores que você vai ouvir em um game.

Tree of Savior - Imagem Screenshot 02

Os temas musicais são outro ponto de destaque do jogo, em sua maioria com uma pegada céltica (também conhecida como a ‘música dos deuses’) muito forte, com direito a instrumentos de classe como piano, violino, harpas e flautas. Outras canções já têm influências de músicas eletrônicas, que combinam bem com a atmosfera do jogo e dá aquela empolgada para os combates.

Mas o que chama a atenção logo de cara no game é o seu visual artístico cartoon belíssimo e “fofucho“, com animações, desenhos e cores suaves, que lembram uma pintura de aquarela, ou jogos clássicos como a série “Legend of Mana”, um estilo que poucos MMOs utilizam hoje em dia, que tendem a ser mais realistas. Definitivamente é um jogo com uma arte de se encher os olhos.

Infelizmente o game ainda apresenta alguns problemas de otimização, como pequenos lags (dependendo da sua máquina), crashs de servidor, Bots e spammers (sim, já estão por lá poluindo a tela), servidores lotados em horários de pico (melhor tentar os europeus) e a principal reclamação que eu pude perceber, um sistema de trade (troca de itens) limitado a utilização de Tokens (item premium que oferece bônus, o malfadado pay to win – ele pode ser comprado ingame por 500k).

Tree of Savior - Imagem Screenshot 03

Conclusão: Apesar dos problemas encontrados em “Tree of Savior“, que podem ser corrigidos com futuras atualizações, o jogo é fortemente recomendado para você fã de “Ragnarok” ou de RPGs japoneses clássicos, ou para quem quer começar no mundo MMO com um jogo sem as complexidades de um “World of Warcraft”. Porém, jogadores mais exigentes de MMOs podem ficar um pouco decepcionados.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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