Mais um remastered pra sua conta, campeão! Dessa vez o CRÁSSICO Warhammer 40,000: Space Marine! Então é isso, né? Aparentemente em 2025, “melhoria gráfica leve” virou sinônimo de “remaster mastercraft de respeito”. Só faltou anunciar: “agora com partículas de poeira 15% mais densas”.
Porque quando você vê o Capitão Titus descendo o sarrafo nos Orks com aquela serra elétrica de anime genérico, o que realmente te comove é a densidade da névoa volumétrica, claro.
E ó, o gameplay continua praticamente o mesmo. Ainda bem. Porque se tivessem mexido, a galera ia chorar mais que fã de FromSoftware no Twitter quando nerfam a katana do PvP.
✅ Um pouco de HISTÓRIA…
Antes de mais nada, vamos estabelecer uma coisa aqui, novinhos de TikTok que acham que lore é só o que tem na intro do Fortnite: Warhammer 40,000 é um dos pilares do universo nerd que realmente lê, estuda e sabe a diferença entre um Império e um Caos galáctico.
Não é só bonequinho de mesa com lança-chamas e capacete maneiro — é uma ópera espacial de desgraça, fanatismo religioso, genocídio institucionalizado e tiros de bolter do tamanho de uma garrafa de 2 litros. A treta? Ah, meu querido… É gente com armadura de tonel de petróleo lutando contra alienígenas que gritam “WAAAGH” como se fossem torcida organizada de estádio abandonado, enquanto demônios dimensionais tentam te corromper só porque você pensou em tomar um banho quente.
Você tem os Ultramarines (os boy scout azulzinhos do Imperador), os Chaos Marines (os emo revoltado com glitter profano), Orks (só querem porrada e barulho, tipo fã de DnB), Eldars (elfo espacial Nutella), Necrons (esqueleto do futuro), e por aí vai. Então respeita, porque se você nunca jogou Warhammer, você só tá no tutorial do sofrimento gamer.
🎮 Jogabilidade: O mesmo velho tanque de guerra de sempre
Controlar o Titus continua parecendo pilotar uma geladeira da Brastemp com raiva. A armadura dele pesa mais que a consciência de quem joga Gacha e não paga o aluguel. Mas é isso que torna o combate gostoso. Cada passo é um estrondo. Cada combo com a chainsword parece um argumento final num fórum de console war.
Só que… né. O tempo passou. E enquanto outros jogos evoluíram com mecânicas novas, Space Marine ainda tá ali, no: atira – bate – finaliza – recupera a vida. A galera do Steam tá elogiando, dizendo que é “gameplay raiz, sem enrolação”. Mas se for por isso, a gente também podia elogiar carrinho de rolimã, né? “Simples, direto, e se você cair, machuca.”
🎨 Gráficos remasterizados! UAU… ou não?
Segundo os devs, o jogo foi reconstruído com gráficos 4K, novas texturas, e sombras mais realistas. Segundo eu, parece que alguém mexeu nos sliders do brilho e saturação e saiu gritando “LOOK, NEXT GEN!”.
Não entenda mal: tá bonito. Mas “bonito” em comparação com o quê? A versão do PS3 rodando num tubo de 14 polegadas? Porque se for isso, parabéns, você venceu o concurso de beleza da Idade Média.
A armadura do Titus agora brilha mais que skin lendária de Valorant, os Orks têm um pouco mais de detalhe na pele verde (ainda parecendo cosplay de Hulk no carnaval) e os cenários têm mais partícula voando por aí. E tudo isso serve pra quê? Pra te lembrar que mesmo com brilho novo, ainda é o mesmo suquinho de pixel da década passada.
🎧 Áudio Remasterizado: agora os gritos dos Orks têm eco em Dolby Atmos
Ah, que lindo. O barulho das chainswords tá mais metálico, o som do bolter bate mais forte que argumento de fã de PC, e os Orks gritam com aquela entonação de tiozão que pisou no Lego.
Mas vamos ser honestos? Ninguém, absolutamente ninguém, pediu áudio remasterizado de Ork. A menos que você esteja montando um sound design de documentário “Planeta Terra – edição Waaagh”, isso é pura perfumaria pra botar na lista de features da Steam.
🛠️ Multiplayer: Agora com Crossplay pra morrer lagado em qualquer plataforma
E olha só que maravilha: multiplayer com crossplay, que na prática significa “leve uma surra de quem joga com mouse e teclado mesmo você tendo um analógico travado e input lag no controle do console”.
Você pode personalizar o Space Marine ou o Chaos Marine com capacetes, ombreiras, peitoral, botas, pinturinha neon… é tipo Barbie Warhammer Edition, só que ao invés de desfilarem na passarela, eles arrancam tripas no mapa da forja.
O melhor? Já vem com todos os DLCs antigos. Ou seja, o conteúdo que já era seu se você comprou o jogo em 2011, agora foi embrulhado com laço dourado e vendido como se fosse novidade. Parabéns, marketing da nostalgia. Vocês venceram de novo.
🔧 Novo esquema de controle: quem pediu?
Os controles ganharam um “mapeamento moderno”, que é uma forma sutil de dizer “mudamos tudo sem perguntar pra ninguém”. Tipo tiozão que rearranja os móveis da sala e depois não lembra onde colocou o sofá.
Agora pra jogar granada tem que apertar o analógico, abrir o inventário envolve segurar dois botões… sério, parece que o tutorial foi desenhado por um estagiário da NASA. Eu mesmo voltei pro esquema antigo rapidinho, porque, né, ainda gosto de ter coordenação motora quando tô jogando.
🧏♂️ Sem legenda em PT-BR em 2025? Aí me quebra, Sega…
Ah, e antes que eu esqueça: não tem localização em português. Tem TCHECO e até Holandês. Em pleno 2025. Num remaster. Com a SEGA por trás. Sim, aquela mesma SEGA que traduziu jogo de pinball e mobile RPG de gacha com skin de Sonic.
Ou seja: na hora de refazer a sombra do Titus com Ray Tracing, ok. Na hora de traduzir meia dúzia de cutscene, ah não, preguiça. Aposto que se fosse pra legendar NFT de armadura, tava prontinho no lançamento. Poxa Sega, te amo, você sabe disso, mas tem horas que você testa minha paciência.
O jeito é esperar um patch mais pra frente.
✅ É bom? É. Mas é um bom velho de guerra de muleta e tapa-olho.
Warhammer 40,000: Space Marine – Master Crafted Edition é aquele tiozão que vai na academia com camisa regata dizendo que tá em “forma retrô”. Ele ainda mete medo, ainda levanta peso, mas tu sabe que o joelho range mais que cadeira de madeira velha.
E olha, apesar da zoeira e do fato de ser um remaster de jogo com mais de uma década nas costas, Warhammer 40,000: Space Marine – Master Crafted Edition entrega o que promete com dignidade de servo fiel ao Imperador. A campanha continua um show de testosterona com esteroide imperial, onde cada golpe de chainsword parece uma aula prática de anatomia aplicada em Orks.
O combate é direto, suculento e sem firula, como todo bom hack’n’slash com tiroteio deve ser. E o multiplayer? Tá vivão, com crossplay, personalização e um bocado de modos que funcionam sem precisar reinventar a roda. Com gráficos atualizados e todo o conteúdo na embalagem, essa versão é tipo aquele churrasco de família com picanha e tudo — nada de novidade, mas você sai satisfeito, sujo de gordura e gritando “PRA GLÓRIA DO IMPERADOR!”.
Prós:
- Ação brutal e satisfatória
- Multiplayer com crossplay
- Todas as DLCs inclusas
- Gráficos atualizados (tipo… um pouco)
Contras:
- Mesma estrutura de 2011
- Novas mecânicas que não acrescentam nada
- Controles modernizados (pra pior)
- Sem legendas em PT-BR.
Nota Final: 8/10
Se você nunca jogou antes, é um excelente jogo de ação. Se você já jogou, pode ser que você volte só pra ver o Titus em Ultra HD e dar umas porradas nos Orks por nostalgia. Mas não espere modernidade, inovação ou revolução. Esse aqui é um monumento ao passado, polido e reembalado pra render mais uns trocados antes da sequência. Enquanto os mortais pagam 200 conto em remaster com shader novo, o verdadeiro guerreiro do PC já rodava isso no ultra com mod gráfico desde 2017. Rise, irmãos do SSD NVMe. O Imperador protege… mas o PC Master Race otimiza. 🖥️💪