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Anime Friends 2005

– SUPER FRIENDS SPIRIT 2005 –

Continuando com as nossas matérias especiais “Diário Anime Friends”, com a idéia de passar para os nossos leitores um relato bem detalhado sobre o evento e em especial sobre os shows das celebridades japonesas. Desta vez o alvo é o evento do ano passado, que trouxe mais dois cantores japoneses pela primeira vez ao Brasil. Confiram abaixo como foi o Anime Friends de 2005, e se você ainda não viu o diário dos outros eventos, só clicar nos links ao lado: Anime Friends 2003; Anime Friends 2004; Ressaca Friends 2004.

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É isso aí pessoal, aqui estou eu de volta com o relato da minha viagem ao Anime Friends de 2005. Assim como nos dois anos anteriores, o evento teve quatro dias de duração, começando na quinta-feira, dia 14/07 e foi até o show de encerramento no domingo, 17/07, com a presença do nosso velho conhecido Hironobu Kageyama, Akira Kushida (que esteve com Kageyama no primeiro Anime Friends em 2003), Takayuki Miyauchi e Yoshiki Fukuyama.

Neste ano também compareci nos dois últimos dias (os melhores do evento, diga-se de passagem). Mais uma vez fui com o pessoal da Caravana de Curitiba da Mirage Knights. A cada ano que passa, mais e mais pessoas vão até o evento conferir as atrações, este ano estava completamente lotado, mas felizmente, diferente do ano passado, contavam com um lugar bem maior para receber as milhares de pessoas, estimadas em mais de 40 mil pessoas.

Nossa viagem para São Paulo estava programada para sair na sexta-feira às 23h30. Ano passado eu havia levado uma mala de couro grande pra trazer as tranqueiras que eu comprasse lá, este ano levei uma mala parecida, só que não de couro, o que me poupou alguns quilogramas na hora de carregar a bendita. Levei algumas roupas e outras coisinhas necessárias como shampoo, desodorante, escova, etc. Levei também uma mochila pra guardar as coisas que fosse comprando lá no evento. E claro, minha câmera digital para registrar os melhores momentos ^^

Convidei alguns colegas para me acompanhar na aventura, mas infelizmente, novamente, ninguém podia ir, por causa de trabalho, dinheiro, ou por não gostar muito da coisa mesmo. Um cara de um fórum até disse que “não ia agüentar ficar o dia inteiro com um bando de otakus nerds”. Eu até entendo o cara, melhor ficar em casa mesmo do que depois ficar lá enchendo o saco, eheheh

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o stand do Ragnarok ocupava um bom espaço no evento … até demais!

Bom, peguei minhas malas me despedi da minha mãe, que disse para eu comprar muitas coisas lá (nada como ter uma mão que apóia os vícios malucos do filho) e peguei o rumo para o local do encontro da Caravana, que estava marcada em frente ao Shopping Curitiba, como nos outros anos. Novamente, fui andando mesmo, não estava frio e a noite estava agradável, uma meia hora depois já me encontrava no local. O pessoal estava reunido nas escadas do Shopping, o ônibus ainda não havia chegado. Andei um pouco e vi rostos conhecidos das outras caravanas (com a presença dos mesmos organizadores) e alguns rostos novos que eu via pela primeira vez. Conversei um pouco com alguns e sentei na escada esperando a chegada do ônibus. Desta vez seria apenas um, ano passado foram dois ônibus (na verdade um e meio, já que um deles era um micro-ônibus).

Não demorou muito e o buzão logo chegou e fomos jogar nossas malas no bagageiro. Alguns pais estavam lá acompanhando os filhos, mas se despediram deles ao embarcarmos. As panelinhas, lógico, sempre presentes, mas eu notei que havia mais pessoas “isoladas” desta vez.

Subi no ônibus e já estava me preparando para sentar lá na frente mesmo, pois geralmente o fundão é o primeiro lugar que o pessoal vai. Mas para a minha surpresa eram os bancos da frente que estava todos ocupados. Acabei sentando lá pelo meio mesmo, o bom é que o ônibus não chegou a lotar, então fiquei com os dois bancos para mim, o que me deixou muito a vontade.

O pessoal subiu rápido, enquanto os organizadores tomavam notas de todo mundo. Lá por meia-noite nós partimos. Nosso destemido líder da Caravana, o Adriano, passou algumas instruções iniciais e então perguntaram que anime gostaríamos de assistir durante a viagem. Alguém lá do fundo então gritou: “Gunbusters NÃÃÃÃÃOOO”. Esse foi o anime que assistimos ano passado e pelo jeito deixou muita gente traumatizada, eheheh

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e a galera se amontoava em todos os lugares imagináveis

Depois de algumas opções oferecidas, que eu não lembro quais eram (se não me engano eram alguns Buble Gunn) acabamos ficando com o tokusatusu Jiban. Eu mesmo fazia uns 10 anos ou mais que não assistia Jiban, então achei interessante de assisti-lo agora novamente e ver o que achava. Quando a música de abertura começou a tocar, lá em algum lugar do meu cérebro a letra apareceu instantaneamente (a música cantada em português). Então outra surpresa veio a mim (a primeira foi a do fundão “vazio”). O ônibus estava relativamente quieto e calmo, sem grandes orgias. Uau… ano passado havia sido aquela zona e bagunça, mas este ano não. Não tinha gritaria e nem meninas “banshee” com vozes destruidoras de cérebro e coisas do tipo. Claro, havia uma certa bagunça, mas todas relacionadas com os episódios do Jiban que estava passando. Foi divertido lembrar de como foi a viagem do ano passado comparado com esta agora. Até agora, estava indo tudo diferente do que eu havia imaginado que seria, que outras surpresas será que ainda me aguardavam?

Segundo o Adriano, essa calmaria toda foi possível, pois nas balas que eles distribuíram enquanto passava o seriado, havia um sonífero para deixar o pessoal mais calmo. Mas, com bala ou não, estavam todos calmos.

E o que eu achei de assistir Jiban depois de tanto tempo? Bom… achei muito trash! Não me entendam mal, não achei ruim, afinal Jiban assim como outros tokusatsus estão ligados à minha infância. Mas como era trash! Papelões, isopores, bichos de borracha e maquetes por todo lado. Como as coisas eram diferentes quando eu era pequeno, ehehe

Mas foi divertido, o episódio mais cômico foi o dos “limões assassinos” (nome que deram lá no ônibus). Limões e verduras que ganhavam vida e estavam ameaçando a vida dos pacatos cidadãos de Tóquio. Sentiu o poder né?

Deve ter passado uns 6 episódios de Jiban, eu assisti até o quarto e já estava ficando com sono. Meus olhos não conseguiam mais assistir e acabei meio que cochilando. O resto do pessoal também devia se sentir assim, pois pouco a pouco os comentários foram se encerrando e o ônibus estava em completo silêncio. Então desligaram as luzes e fomos todos dormir. Eu estava muito confortado com os dois bancos para mim. Ajeitei uns travesseiros e cobertor e me “estiquei” nos bancos. Fiquei lá cochilando até o ônibus parar numa estação rodoviária, acho que em Registro. Eu nem me levantei, continuei lá deitado enquanto algumas pessoas desceram pra comer ou ir ao banheiro.

Continuamos a viagem e logo chegamos no rio Tietê e um pouco mais já estávamos no Hotel, lá por umas 7h da manhã. O clima estava bom, não estava frio e nem chovendo. Aliás, quando desci do ônibus aquele lugar não me parecia estranho. Olhei em volta e vi o mesmo prédio todo pichado que havia do outro lado da rua, o mesmo que eu tinha visto ano passado. Sim, estávamos nos mesmo hotel do ano passado. O que foi bom, pois era um bom lugar de se ficar. Pegamos nossas coisas e fomos para o hall do hotel, enquanto esperávamos a entrega das chaves dos quartos. Fiquei lá conversando com o pessoal, eu como já é de tradição, estava com a minha bandana na testa. Acabei recebendo mais um apelido, ano passado tinham me chamado de Axl Rose, este ano disseram que eu estava de cosplay de Massacration, eheheh

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pessoal da Caravana chegando no Hotel

Este ano eu dividi o quarto apenas com um cara (nos outros anos foram com outros dois) que eu havia apelidado de Vin Diesel, por causa da sua careca lustrosa que quase dava pra ver meu reflexo, rs. Cara muito gente boa, fomos para o quarto e ficamos papeando e assistindo TV, enquanto esperávamos o horário para ir ao evento, que começava às 10h da manhã. Tive tempo de jogar uma água no rosto e arrumar minha mochila e dinheiro para levar. Pouco depois descemos para ir tomar o café da manhã no hotel, que continua muito bom. Eu mesmo comi umas 3 vezes, para garantir que não iria passar fome lá no evento, afinal, as coisas pra comer lá são muito mais caras.

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quarto do hotel com as nossas tranqueiras

Logo já estávamos dentro do ônibus indo para o evento, que era a uns 5 Km da onde nos encontrávamos, no colégio Uni Sant´Ana. Ao chegar perto do evento, filas e mais filas que dobravam esquinas podiam ser vistas. Muita gente esperando para entrar, carros e ônibus de caravanas de toda a parte do Brasil estavam por lá. Felizmente como éramos de Caravana, não precisaríamos ficar em filas esperando. Quer dizer, mais ou menos… ainda ficamos lá uma meia hora até entrar, mas tudo bem. Deve ter gente que ficou lá fora bem mais tempo que isso.

Entramos, marcamos o local de nos reencontrar após o show da noite e cada um foi para um lado. Fiquei meio perdido lá, já havia muitas pessoas lá dentro e eu não sabia direito para onde ir, pois o lugar era enorme. Acabei indo para o sub-solo. Lojas e mais lojas de diversos tipos em toda parte. Lojas de DVD, CDS, brinquedos, pôsteres, roupas, bugigangas, mangas e muitas outras coisas espalhadas. Fiquei um bom tempo lá até vasculhar tudo.

Lá embaixo acabei encontrando um colega da Internet, que mora no Rio de Janeiro, o Jet (ou Dr Venom). Eu fiquei de levar para ele um cart de um jogo (Valis) de MSX que comprei aqui em Curitiba para ele. O cara estava lá num stand de DVDs de anime. Fiquei lá batendo um papo com ele e comprei alguns DVDs, afinal ele ia me dar um bom desconto, então acabei fazendo a festa e comprei 18 DVDs.

Depois saí e continuei a explorar o lugar, voltei lá para fora e vi um palco. Fiquei imaginando se seria lá que aconteceria o grande show da noite. Subi uma rampa que levava para o interior do colégio. Naquela parte havia 6 andares, todos com lojas e stands por toda parte. Realmente eu ficaria um bom tempo lá até ver tudo… no primeiro andar tinha um stand enorme do jogo Ragnarok, que ocupava boa parte do primeiro andar (o que atrapalhava, e muito, do povo poder andar por ali). Era nesse lugar também que estavam as lojas das editoras de mangas como a JBC, a Conrad, Panini entre muitas outras, e não apenas de mangas. Também havia salas com exibição de animes, fanzines, teatro, arena medieval, rpg, animekê, entre outras coisas.

Uma das coisas que me impressionou nesse local foi a fila imensa para jogar o novo game dos Cavaleiros do Zodíaco, Saint Seiya Chapter Sanctuary. O game foi a sensação, muitos queriam jogar com o seu cavaleiro favorito. O game de luta, que segue a mesma história do anime e é muito parecido com o mesmo, era exibido em telões e TVs de alta definição para todos apreciarem. Eu fiquei com vontade de jogar, mas ao olhar aquela fila, acabei desistindo da idéia, quem sabe numa outra hora.

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o game dos Caveleiros do Zodíaco fez sucesso por lá

Dei mais umas voltas pelo evento, comprei umas bugigangas e a tarde fui até o provável local onde iria acontecer o show, pelo menos o único lugar que tinha um palco. Havia uma banda lá tocando e algumas pessoas já estavam por lá. Fiquei por ali esperando uma chance de chegar a grade. Várias bandas iriam se apresentar, e durante a troca de uma delas, o pessoal acabava saindo, e numa hora dessas consegui chegar lá na frente na grade.

Tinha uns caras do meu lado que eram de São Paulo e fiquei conversando com eles, enquanto o tempo passava. Bandas muito boas se apresentaram, como a banda Tsunami e Gaijin Sentai (desculpe, mas não lembro o nome das outras) homens e mulheres cantando muito bem temas de anime e tokusatsu em japonês e português (geralmente cantavam uma parte da música em japonês, então a versão em português, como a Pegasus Fantasy e o tema de Jaspion). Ao fim da tarde tivemos uma interessante apresentação de kung-fu e algumas palestras.

A essa altura o campo já estava lotado de pessoas e já não dava mais para sentar no chão. Eu estava lá na grade bem sossegado, diferente do empurra-empurra que estava lá trás. E é muito engraçado ficar lá na frente, pois o pessoal fala de tudo lá! Todo mundo que ia se apresentar no palco estava sujeito a ouvir todo tipo de comentário, dos mais maldosos aos mais sarcásticos, nem as mulheres eram perdoadas, como uma das apresentadoras que recebeu o apelido de Playmobil, por causa de seu cabelo que realmente lembrava aqueles bonequinhos, eheheh.

Antes do show principal teríamos o Oscar da Dublagem, então ficamos um bom tempo parados enquanto arrumavam o palco para receber os dubladores. Uma grande falta de organização do evento nessa parte. Já havia MUUUIIIIIITA gente lá para assistir ao show, quando então na entrega da dublagem resolveram que a grade da frente devia ir mais para trás para colocar cadeiras para convidados que ficariam ali. Não preciso dizer que ninguém que estava lá no campo, alguns como eu já há algum tempo, não gostaram nada da idéia. Mas não teve choradeira, vieram o pessoal do staff e seguranças e foram empurrando a grade para trás, com a gente junto. E o que já estava apertado, agora ficou mais unido do que nunca. Mas com o tempo o pessoal foi se ajeitando e logo cada um já tinha seu espaço para se mexer normalmente. Mas se fossem mais organizados, poderiam ter feito isso ANTES do campo encher de pessoas, já que sabiam que viriam muitos dubladores e convidados. Iria poupar muita dor de cabeça e estresse do pessoal que estava lá.

Depois de longas e exaustivas horas, finalmente arrumaram o palco como queriam. A banda de abertura do Oscar da Dublagem, a Gaijin Sentai, então entrou para tocar umas 3 músicas. Tivemos então algumas apresentações formais e tal e então novamente, assim como no ano passado, Larissa Tassi, retorna ao palco para cantar alguns temas do seu antigo CD dos cavaleiros. Vocês lembram dela, não é? Ela esteve ano passado no Anime Friends e deu as caras por aqui esse ano também. Entre as músicas, ela cantou a versão em português de Pegasus Fantasy. Apesar de muita gente não gostar dela (nem ela escapou dos comentários maldosos, ehehe) eu achei bem interessante a música ser cantada por uma mulher. Ela também cantou a música das Guerreiras Mágicas, que fez bastante sucesso por aqui. Para quem não gosta da voz dela poderia muito bem apreciar o visual da moça, uma loirona muito gostosa.

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Larissa mais uma vez no palco do Anime Friends

Tivemos então o Oscar da Dublagem, muitos dos vencedores não eram os que eu esperava, mas fazer o que. O Oscar masculino foi para o cara (não lembro nome dele) que faz a voz do Michael Kyle do seriado “Eu, a patroa e as crianças”. Eu assisto esse seriado na TV a cabo e acho muito legal. Assisti uma vez dublado no SBT e realmente o dublador é muito bom, pegou todos os “trejeitos” de falar do ator original.

Algo que achei ridículo foi para o prêmio da atriz coadjuvante, entre elas estava a dubladora da Chloe de Smallville (outro seriado que eu adoro!). Assisti um ou dois episódios dublados, nem me lembro da voz da sua dubladora. Lá no evento as atrizes eram anunciadas e mostravam um vídeo do seu trabalho. Na hora da apresentação dessa dubladora, passaram um vídeo da Chloe em que ela NÃO falava nada!! Porra, Oscar da Dublagem e passam um vídeo onde a mulher não fala??? É brincadeira…. mas de qualquer forma ela acabou recebendo o prêmio. Se foi merecido ou não eu não sei, pois havia muita gente boa concorrendo! Um comentário que soltaram lá que eu achei muito engraçado: “Que Oscar da dublagem que nada, tem que fazer o Oscar da melhor Legenda!”.

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mais Larissa pra galera

Enfim, acabou a premiação depois de durar um bom tempo, uma nova espera para arrumarem o palco para o show do final da noite. Retiraram as cadeiras do campo (que nem estavam todas ocupadas) e colocaram as grades novamente lá para frente, para alegria geral do povo. A banda entrou no palco e começou a afinar os instrumentos e microfones, inclusive com a presença de Yoshiki Fukuyama, que afinava pessoalmente seu violão.

Finalmente estava tudo preparado para o início do show, após um atraso de 2h do programado (o show foi começar era umas 21:30).

Entra então no palco Hironobu Kageyama, cheio de energia cantando o tema do Change-Man e levando a galera à loucura. Ele estava bem vestido, usando uma calça jeans, uma camisa branca (com um estranho enfeite, parecia uma camisa de pirata) e sapatos brancos combinando com a camisa. Ele cantou duas músicas e saiu do palco. O próximo cantor a se apresentar então foi o seu colega Akira Kushida.

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Kageyama abriu o show

Kushida estava bem diferente desde a sua apresentação aqui no Brasil em 2003. Estava bem cabeludo e usando uma roupa bem chamativa, em tons de vermelho, preto e dourado e tênis. A galera gritava seu nome “Kushi, Kushi” o que ele gostou muito e também gritava junto. Também cantou duas músicas e deixou o palco para o próximo artista, Takayuki Miyauchi.

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e a galera gritava seu nome: “Kushi, Kushi”

Ele estava vestido de maneira bem simples. Com uma camisa listrada (de gosto duvidoso, ehehe) verde e preta, calça jeans e tênis branco. Entrou cantando uma música que empolgou a todos (não lembro qual era, acho que foi o tema de Winspector ou Kamen Rider). Como é a primeira vez em que ele vem ao Brasil, aposto que ele deve ter ficado surpreso com o caloroso público, que cantava todas as suas músicas em alto e bom som! Mais duas músicas e então chega o próximo cantor, Yoshiki Fukuyama.

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Miyauchi agitou a galera cantando temas de Winspector e Kamen Rider

Também estava vestido de maneira bem simples, com uma camisa colorida que mais parecia do Havaí e calça preta. Cantou uma música lenta tocando violão e uma outra mais agitada tocando guitarra. O cara realmente é muito bom! Tem uma excelente voz, toca guitarra muito bem (de todos, é o mais se parece com um rocker, mas não tanto como Eizo Sakamoto no ano passado) e é extremamente simpático! Como muita gente lá na frente estava falando, o cara é foda! Esses comentários acabaram dando a ele o apelido de “Ta foda”. Não sei bem se era por ele ser foda ou porque estava ajudando os caras a afinarem os instrumentos antes do show começar (que foi quando começaram a gritar “Ta foda”). Deve ter sido um pouco de cada. Ele mesmo acabou aceitando o apelido, enquanto o pessoal gritava ele tentava ouvir, até que repetiu no microfone: “Tá foda?”. E o pessoal “yeah!!” e ele dava risada, alguém deve ter dito a ele o que significava. E realmente a apresentação do cara tava foda!

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“Ta Foda” deu um show com seu violão e guitarra

Depois disso os quatros foram se alternando cantando os grandes sucessos de tokusatsus e animes. Tivemos músicas de Jiban, Jiraya, Jaspion, Solbrain, Winspector, Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball, Macross 7, Kamen Rider, Change-Man, Flash-Man, entre outras.

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Kageyama e “Ta Foda” cantaram juntos

Todos eles cantaram muito bem e conseguiram empolgar a galera com os seus grandes sucessos, que vibravam, cantavam e gritavam o tempo todo. Eu lá na frente consegui tirar ótimas fotos e tinha uma visão excelente do palco. Todos eles eram simpáticos e respondiam aos meus acenos toda vez que chegavam perto da onde eu estava. Eu estava usando uma camisa com uns dizeres em japonês, uma hora o Kageyama chegou onde eu estava, olhou pra mim, apontou na minha camisa e fez um sinal de positivo com a mão. Todo mundo em volta virou a cabeça do meu lado pra verem o que eu estava fazendo, rs. Ah sim, na minha camisa estava escrito “Felicidade”.

Um dos momentos mais legais do show foi quando Kageyama cantou em PORTUGUÊS os temas de abertura e encerramento dos cavaleiros do Zodíaco, a Pegasus Fantasy e a Blue Dream. Apenas com o seu violão, tocou lindíssimas versões acústicas das duas músicas, com um grande coro da platéia o ajudando. Claro, seu português tinha um fortíssimo sotaque japonês, mas dava para entender perfeitamente o que ele falava. Pena eu não ter uma filmadora, da onde eu estava dava pra filmar legal, mas pelo menos estava lá para assistir e isso é algo que não esquecerei tão fácil.

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Kageyama fez uma homenagem aos Cavaleiros cantando em português

Dava pra ver bem a alegria dos caras em tocar para a gente, um público tão diferente do japonês mas todos que lá estavam eram fãs das suas músicas, cantando em japonês e tudo. E não eram poucos, eu olhava para trás e via uma mar de gente, que se estendia as rampas da faculdade até as janelas do prédio, que estavam cheias de pessoas assistindo. O show teve quase 30 músicas e terminou lá pelas 23h30. Terminou com os quatro cantores cantando no palco.

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o show acabou com os 4 no palco

Voltamos para o hotel, eu estava completamente podre, super cansado. Minhas pernas estavam bambas de ter ficado tanto tempo em pé. Um pessoal ia sair pra ir comer na Pizza Hut, mas eu estava tão cansado que não estava afim da andar mais. Meu colega de quarto também ficou. Enquanto ele desmaiou na cama, eu fui tomar um banho. Fiquei uma meia hora lá… estava muito bom! Tomei um banho, sequei as minhas madeixas com um secador que tinha lá no banheiro e fui para cama. E esse foi o final do primeiro dia.

Segundo dia

Bom, o segundo dia foi o dia das bizarrices! Aconteceu de tudo. Eu estava dormindo numa cama muito macia e confortável, deu para recuperar legal as forças e o sono perdido. Acordei com o meu colega de quarto fazendo barulho, ele estava arrumando umas coisas dele. Acho que eram umas 8h30. Domingo seria o nosso último dia lá, quando saíssemos não iríamos mais voltar ao hotel. Ele me disse que tínhamos que descer tomar café que o ônibus iria sair as 9h30. Ficamos lá enrolando no quarto e conversando e então umas 9h15 descemos para o cafezão esperto do hotel. Novamente enchi a pança, e já com as malas prontas, descemos para o saguão do Hotel. Quando chegamos, não havia muitas pessoas. Fiquei decepcionado, pois com certeza iríamos nos atrasar por causa de um pessoal que ficou dormindo. Sentamos lá e ficamos conversando com outras pessoas, então uma menina da caravana apareceu e ficou surpresa por a gente já ter tomado café e estar lá embaixo. Então um cara que estava do nosso lado disse: “você já devia ter tomado também e era pra estar aqui embaixo pronta pra gente sair”. Ela disse que pensou que iríamos sair mais tarde, e o cara disse que não, que era pra ela buscar as “tralhas” (foi assim que ele disse, rs) dela e descer. Ela então, preocupada foi pegar as coisas dela (e acho que tomar um café também).

Foi então que nosso glorioso líder, Adriano, apareceu, dizendo que a gente ia sair as 10h00. “o quê? Como isso? Porque ninguém nos avisou?”. O pessoal que estava ali começou a reclamar, o Adriano disse que tinha avisado, pois o pessoal do hotel iria acordar todo mundo (se não me engano as 9h30). Bom, eu não sabia disso… porra, podia ter dormido mais!

Mas tudo bem… já estava lá mesmo e não faltava muito tempo. Então um tempo depois um outro cara desceu e perguntou ao Adriano que horas íamos sair. Ele respondeu que seria as 10h30. Meu colega de quarto deu um pulo do meu lado. “O que? Você não tinha dito 10h00?”. E o Adriano respondeu: “Não, eu disse 10h30 mesmo!”.

Bom, acho que estou ouvindo coisas também, pois pensei ter ouvido 10h00. Ou, o que é mais provável, o Adriano tava enrolando mesmo a gente, eheheh

Não dá nada, virei para o meu colega Vin Diesel e o convidei para sairmos dar umas voltas pelo bairro enquanto isso. Ele aceitou na hora, deixamos as malas lá com os outros caras e saímos. A cidade estava bem calma, não havia muito movimento. Fomos subindo a rua e passamos por um “teatro” (era assim que estava escrito) com fotos de várias moças que não pareciam ser atrizes de teatro.

Meu colega virou e falou pra mim: “Isso dae é puteiro!”. E eu, inocentemente disse: “Não, tava escrito teatro lá! Deve ser uma coisa diferente, sei lá.”.

De qualquer forma, continuamos andando em frente, até chegar numa espécie de praça, que nos lembrou o passeio público lá em Curitiba, com muitas plantas e passarelas (e sem animais).

Começamos a subir por uma passarela, muitos camelôs e hippies dos dois lados e um vento infernal. E como estava ventando! Meu amigo careca não tinha problemas, mas meus cabelos compridos faziam uma dança frenética pelo ar que chamava a atenção das pessoas.

Enquanto andávamos, olhei para o lado onde uma velha que parecia uma cigana com sotaque espanhol me falou: “Quando uma bruxa morre, os ventos ficam desse jeito”. Huuummm…. intrigante…. só dei um sorriso para ela e continuei andando. Entramos na praça e andamos um pouco lá dentro. Muito parecido com a feira que tem lá no Largo da Ordem (também em Curitiba) nos domingos. Vimos uma barraquinha interessante, que a mulher fazia copos com pedras Ônix. Ficou um visual bem bonito e diferente.

Já estava quase na hora de partir, então resolvemos voltar para o hotel esperar o ônibus. No caminho, mais uma bizarrice, quase fomos atropelados por um cara que estava empurrando um carrinho com DVDs pornôs! Ahahaha…

Olhei para o meu colega que pensou a mesma coisa que eu: vamos pegar o carrinho e assistir lá no ônibus com a galera! Que assistir Jiban que nada!

A partir daí só falamos besteira. Criamos até uma teoria do que aconteceria se acontecesse uma orgia lá dentro do ônibus. Ele deu a idéia de trazer duas balas, vermelhas e azuis. Uma seria para as mulheres que teria um forte afrodisíaco. A outra para os outros caras, com sonífero.

Até pensamos num título para a manchete da Tribuna do Paraná (jornal de Curitba famoso pelas suas matérias policiais sensacionalistas): “Organizador da Caravana de desenhos japoneses é preso em uma orgia sexual dentro do ônibus e diz que não sabia de nada”.

Ahahahah… eu avisei que só estávamos falando besteira, ehehe. Mas deixando os devaneios de lado, acabamos parando em frente ao “teatro” novamente. “Ah não, vamos entrar aí!”, eu disse para o meu colega, a fim de passar a limpo àquela história.

Entramos e na parede tinha muitas fotos com garotas “bem a vontade”, se é que vocês me entendem. Tinha um letreiro na parede: “cabine com garotas – 10 min: $$$”. Não lembro quanto era o valor… não era muito caro não.

Pois é, meu colega tinha razão, era mesmo um puteiro. Deve ser uma filial do La Honda, famosa boca de Curitiba, por lá, ehehe

Chegamos no Hotel e o pessoal já estava se aprontando para entrar no ônibus, que estava parado lá na frente. Pegamos nossas malas e partimos rumo ao evento.

Novamente mais filas e multidões esperando para entrar. Desta vez o negócio foi mais ágil e não demoramos muito para entrar. Marcamos o local de encontro e cada um foi para um lado novamente.

Nesse dia vim preparado para tirar fotos dos cosplays e principalmente da mulherada bonita, ehehe

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mulher bonita é que não faltava lá. Quem não reconheceu, essa gata estava de Yuna ano passado

Comprei um chaveiro do Shaka de Virgem para mim, uma camisa do evento, um gorro com orelhas e mais outras bugigangas e lembrancinhas para distribuir para o pessoal que ficou em Curitiba. Dei uma passada lá no stand do meu colega Jet, mas estava cheio de gente e então passei reto. Ele deve ter ganho uma boa grana por lá!

Resolvi caminhar pelo evento a procura de uma moça que conheci no ano retrasado, no primeiro Anime Friends. Procurei, procurei mas não achei. Parece que desta vez ela não veio. Mas acabei achando outra coisa, ou melhor, alguém me achou.

Teve uma hora em que eu estava caminhando lá num dos andares do colégio quando uma moça com um cosplay (não sei do quê) começou a pular na minha frente com uma placa na minha cara e gritava “ah, que fofo!”. Eu só fiz aquela cara de “nani?”. Segurei a moça pelos ombros e a afastei um pouco para eu poder ler o que estava escrito na placa: “Abraço – 0,50”. Eu olhei para ela que fazia uma cara de coitadinha tão fofinha. Ela apalpava minha cabeça dizendo “ah, adorei suas orelinhas, parece o Inuyasha! (eu estava usando um gorrinho com orelhas, ehehe). Mas fui forte e disse pra ela: “0,50? Tá muito caro, vi outra mina que estava fazendo por 0,20.”. E tinha visto mesmo, parece que o negócio de abraços lá tava dando dinheiro. Então ela falou: “ah, se você pagar por 1 abraço eu te dou mais uma coisinha de bônus…”, e ficou me olhando com aquela carinha. Perguntei o que era a tal “coisinha” mas ela disse que era surpresa. Como sou um cara muito curioso (de qualquer maneira eu já ia pagar pelo abraço, pois ela era muito kawaii, ehehe) resolvi entrar no jogo. Enquanto pegava as minhas moedas da minha mochila, vi que ela foi falar com uma amiga dela, que estava ali perto. Dei o dinheiro pra ela, que ficou toda feliz e correu na minha direção e me deu um longo e forte abraço, que eu retribui com o maior prazer.

Então ela pediu para eu fechar os olhos que ela ia me dar a minha surpresa. Fechei os olhos e eu recebi a minha surpresa. Era um beijo! Não foi um beijo de língua, mas foi um beijo bom e agradável. Abri os olhos e vi que a amiga dela tinha tirado uma foto. Fiquei meio sem graça, sem saber o que dizer. A amiga dela disse pra eu dar meu email pra ela que ela me mandaria a foto como lembrança. Anotei num papel, mas elas devem ter perdido, pois até agora não recebi nada, ehehe

Ela se despediu de mim me chamando de “Inuyasha” novamente e disse que aquela “surpresa” era algo que ela não costumava fazer, e foi embora, também meio envergonhada.

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quem disse que só as japas são bonitas? Olha só que loirinha!

Nem sei o nome dela… mas foi divertido. Continuei andando pelo evento, parei numa lojinha pra olhar uns chapéus (comprei um tipo cowboy) quando uma menina veio do meu lado e ficou me encarando. Eu olhei pra ela e dei um sorriso, e fiquei pensando comigo “o que será que eu tenho hoje?? Será as orelhas de “Inuyasha?”. Ela então falou: “Eu te conheço!”. “Você me conhece?” Perguntei… olhei para o rosto dela tentando ver se a reconhecia, mas nem de longe ela parecia me lembrar alguém. Eu disse que ela devia estar me confundindo, que eu nem morava em São Paulo. E ela disse que não era de lá que ela me conhecia, e sim de Curitiba!

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lindinha

“Opa… estamos chegando a algum lugar, mas eu ainda não te reconheço…”, eu disse. Ela respondeu que eu não conhecia mesmo, que ela me conhecia apenas de vista de outros eventos lá de Curitiba. Ahhhh…. então era isso. “Mas que memória boa”, eu falei pra ela. E ela disse que me reconheceu pelo cabelão (pelo menos a parte que aparecia, já que eu estava de gorro, rs) e pelos meus cintilantes olhos azuis.

Ficamos lá um tempo conversando, o nome dela é Heloisa e mora lá no bairro do Portão. Ela estava de férias visitando parentes que moram em São Paulo e aproveitou pra passar lá no evento. Pouco depois nos separamos, ela foi para um lado com o irmão dela e eu fui para outro. Ah sim, ela também gostou das minhas orelhas de “cachorro”, pelo jeito esse negócio faz sucesso com as garotas.

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mais gatinhas pro pessoal curtir

Bom, a tarde fui lá guardar meu lugarzinho na grade pra assistir ao show de encerramento. Hoje provavelmente seria o dia mais cheio. Cheguei lá e já tinha algumas bandas tocando e um pessoal assistindo. Com um pouco de espera e paciência, consegui chegar na grade. Ajeitei-me por lá, coloquei minha mochila no chão, tirei meu chapéu de cowboy (era muito grande, coloquei o gorro de volta, ehehe) e fiquei por lá assistindo o pessoal que ia cantar no palco no animekê. Ah sim, o pessoal lá na frente estava com a língua afiada. Lembro de uma menina do staff que estava arrumando o palco e estava subindo uma escada. Era uma japinha, não era muito gordinha, mas estava com uns quilinhos a mais. O pessoal não perdoou, um lá gritou “e essa barriguinha aí?” e daí já vieram outros, do tipo “Já dá pra abrir uma borracharia!” e outras coisas do tipo. É, o pessoal lá no palco sofria com a gente.

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Até uma chuva tivemos que enfrentar por lá. Felizmente não estava muito forte, mas acabou afugentando algumas pessoas lá da frente, para alegria de outros que rapidamente ficaram em seus lugares. Tinha um cara do meu lado que estava com uma sombrinha, um dos poucos que tinha. Ele abriu e começou a gritar lá pra todo mundo: “se fuderam! se fuderam!”. Não deixou de ser engraçado, rs. Eu não tinha uma sombrinha, então tive que improvisar colocando uma sacola do evento na cabeça, o que não deve ter agradado muito algumas pessoas atrás de mim, pois era uma sacola grande, ehehe. Ainda bem que a chuva parou e eu não precisei mais da sacola.

Antes do show principal tivemos uma espécie de competição de cantores, entre homens e mulheres, assim como ocorreu no ano passado. Homens e mulheres iam se alternando cantando temas de animes e tokusatsus, enquanto isso nós, o público, iríamos decidir quem ganharia.

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essa é a Carol, uma das cantoras. uma baixinha muito fofa!

Quem sabe o time dos homens tivesse ganhado se não fosse por uma japinha, que cantou um tema de Inuyasha. Acontece que ela não subiu sozinha no palco, havia várias dançarinas lindíssimas junto com ela, dançando coreografias que deixou a platéia, em sua maioria masculina, babando. Então, graças as dançarinas (e não as cantoras) o time das mulheres venceu.

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a japinha e sua dançarinas foram a sensação do animekê

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nem mesmo o famoso Ricardo Cruz com a companhia de Yoshiki Fukuyama conseguiram vencer as dançarinas

Ah sim, tivemos também uma apresentação de uma escola de ninjas que foi muito legal e também uma apresentação de um grupo que toca aqueles tradicionais tambores japoneses (senão me engano chamam-se taikô) com instrumentos feitos de bambu. Realmente é um espetáculo e tanto, tradicionalmente japonês, que eu recomendo a qualquer um assistir.

Após a apresentação do Taikô, viria então o esperado show da noite. Mais uma meia hora para arrumarem o palco e afinarem os instrumentos e então finalmente os astros japoneses voltariam ao palco para a platéia brasileira. O show foi muito parecido com o de sábado, com cada um cantando duas músicas iniciais e depois então se alternando nas apresentações. Novamente Kageyama cantou as duas músicas de cavaleiros em português, e tinha muita gente que não tinha ouvido no sábado. Dava pra escutar os comentários admirados atrás de mim: “ele está cantando em português!” e coisas do tipo.

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mais uma vez no palco, Kageyama arrancou aplausos do público

Kageyama agora estava com uma roupa toda preta, muito elegante. Kushida também estava com uma roupa preta, mas usava um extravagante paletó de “zebrinha” o.O

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Kushi fazendo pose para a câmera

Takayuki Miyauchi novamente estava bem simples, agora com um novo casaco listrado (também de gosto duvidoso) e Yoshiki Fukuyama novamente estava com uma camisa toda colorida do melhor estilo havaiana. Felizmente a performance deles foi impecável (diferente do seu guarda-roupa) e novamente deram um super show para o público, esbanjando energia, talento e carisma.

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Um dos pontos altos foi quando Kageyama estava cantando o tema dos Changeman, quando então um dos staff (um japonês que estava bem na minha frente segurando a grade) pegou uma máscara do Change Dragon (um cara tava de cosplay lá) e entregou para Kageyama, que cantou a música segurando a máscara para a platéia.

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Kageyama invocando o poder de Change-Dragon

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Sonic também estava lá curtindo o show!

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o que é isso?? Sonic e Changeman juntos? Não é algo que se vê sempre

Aconteceu o mesmo quando Kushida foi cantar o tema de Jaspion. Um cara bem atrás de mim estava com um pôster do Jaspion, e então o mesmo staff japonês pegou e levou para o cantor, que cantou a música segurando o quadro para delírio da galera.

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Kushi com o pôster de Jaspion

Miyauchi também não fugiu do esquema, e uma menina que estava com um bonequinho do Winspector deu ao mesmo staff japonês para entregar ao cantor quando ele cantava o tema do tokusatsu. Era um boneco pequeno, o pessoal lá de longe não deve ter visto nada.

O cantor acabou guardando o boneco no bolso da blusa, e eu pensei comigo mesmo “já era, o dono pode dizer adeus”.

Mas quando a música acabou, Miyauchi ficou procurando o staff japonês que tinha lhe entregado o boneco (ele estava lá do outro conversando com uns caras) e acabou entregando para um outro cara, que devolveu o boneco para a sua dona.

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Miyauchi segurando o boneco do Winspector

Ah sim, e Fukuyama teve novamente seu apelido “Ta Foda” dito várias vezes pela platéia, que claro, divertiu muito o artista. Fez tanto sucesso que até em uma mensagem em português que o cantor deixou em seu site pessoal aparece:

Fiquei muito feliz de encontanar voces do brasil.
Aguardem mais um pouco que en irei postar aqui jma reportagem sobre o show que fiz ai.
Vamgs nos encontrar de novo!
Muito obrigado. Ta foda!

Yoshiki Fukuyama

Nada mal, não é mesmo? Ele realmente parece que gostou do Brasil! Que bom, será sempre muito bem vindo!

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“Ta Foda” mais uma vez detonando no palco

Algumas palavras finais sobre o evento, que apesar de estar em seu terceiro ano, ainda deixa muitos pontos a desejar, sobretudo na organização!

Desta vez escolheram um ótimo local para o evento, diferente do ano passado que era super apertado e muitas pessoas não chegaram nem a entrar, devido ao grande número de visitantes.

O pessoal do staff estava um pouco melhor do que do ano passado. Alguns lá realmente estavam preocupados em segurar a grade ou em ajudar em alguma coisa. Mas é claro que havia muitos que só faziam bagunça por lá e nem estavam aí para trabalhar. Tanto que teve uma hora em que estavam arrumando o palco (acho que foi na hora do Oscar da dublagem) e a apresentadora teve que chamar várias vezes pessoal do staff para ir ajudar, pois não se encontrava nenhum no local no momento. Bom, pelo menos o staff japonês que ficou na minha frente não era igual ao cara do ano passado, que ao invés de segurar a grade, ficava pulando em cima das malas que estavam no chão e assistindo o show! Podem contratar o japonês de novo (um cara que estava de óculos e tinha cabelo compridinho), apesar dele ficar assistindo o show, ele estava ajudando lá.

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uma visão geral do palco principal

Ah sim, e da próxima vez espero que haja mais organização. Aquela palhaçada que aconteceu no Oscar da Dublagem, de terem que arrumar espaço para convidados em frente da grade, quando já estava completamente lotado, foi algo no mínimo ridículo! Sem dizer que ficaram muitas cadeiras vagas lá na frente!! Palhaçada…

Outra coisa, no segundo dia, colocaram uma área na frente da grade exclusiva para imprensa. Ok, tudo bem, não estava atrapalhando. O problema foi quando um cara com uma filmadora enorme se posicionou fora daquela área da imprensa, ficando na frente da grade e atrapalhando a visão de muitas pessoas! Felizmente ele não ficou na minha frente, mas se ele viesse um pouco mais para o lado poderia ter estragado a minha noite. Ele colocou a filmadora num tripé e a deixou um pouco acima da altura de uma pessoa, pra filmar o palco que estava em um nível mais alto. Tinha uma menina lá que estava aos prantos com aquele cara na frente. Ela ficou lá a tarde toda, pegou chuva, ficou de pé uma cara só pra assistir ao show, pra vir um otário desses e estragar a noite da coitada. Ela segurava uma câmera (bem simples, dessas de filme ainda, nem era digital) e ela só queria tirar umas fotos dos cantores. Felizmente acho que o pessoal do staff tirou umas fotos pra ela. Deviam arranjar um lugar mais apropriado para filmarem, não na frente de pessoas que estavam lá para curtir o show.

Mas tirando esses pormenores, o evento estava muito bom, com um pessoal de staff um POUCO melhor, mas ainda precisam melhorar, e muito, em termos de organização! Senti falta da apresentadora do ano passado, mas havia muitas garotas para compensar a falta dela. Também achei ruim o concurso de cosplay ser em outro palco, acabei não vendo todos.

O show foi inesquecível, novamente o pessoal que foi se divertiu muito com os astros japoneses, que cada vez mais parecem gostar do Brasil, e que agora sabem que aqui possuem um público fiel e caloroso (que para eles é uma surpresa).

Eu ainda fiquei sabendo que apareci na TV, em um programa da MTV sobre o evento. Fiquei famoso e nem estava sabendo.

Ah sim, também encontrei outra presença ilustre lá, além dos cantores japoneses. Nada mais nada menos que Sonic, meu ídolo dos videogames e que também esteve presente no ano passado. Este ano novamente tentei achar alguma coisa do Sonic, mas não achei nada. Pelo menos tirei uma foto com ele de lembrança.

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o ouriço mais veloz do mundo

Outra presença ilustre era do Totoro, figurinha famosa do grande mestre Hayao Miyazaki (A Viagem de Chihiro, O Castelo Encantado e claro Meu Amigo Totoro). Aliás, o Totoro contava com um escravo pessoal, que o levava em toda parte no evento, que era um dos organizadores da minha Caravana (que se aproveitou da imagem do Totoro para tirar fotos com as garotas, eheh). Vida longa ao Totoro!

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Assustador?? Não, é apenas o Totoro!

Ah sim, antes que eu me esqueça, algo engraçado que aconteceu quando estávamos voltando. No meio do caminho a gente parou para fazer um lanchinho no Habibs. Um pessoal desceu do ônibus e outros ficaram lá dentro. Eu fui lá comer umas esfihas e tomar um refri. Lá dentro, tinha um velhinho que ficou atirando bolas de papel na gente, e resmungando alguma coisa.

Ele veio na nossa mesa e me cumprimentou, disse o nome dele (que eu não lembro agora) e disse que era italiano e tinha 83 anos de idade! Caraca… espero chegar lá com essa disposição igual a dele.

Um cara que trabalha lá no Habibs disse que ele sempre vai lá e fica brincando com o pessoal. Tirei uma foto dele de lembrança, bem no momento em que ele estava atirando um papel.

Bom, fica aqui o meu agradecimento a esses grandes artistas japoneses que nos deram o prazer, de mais uma vez, conferir ao vivo um show com músicas de animes e tokusatsus que tanta gente adora. Para algumas pessoas, assim como eu, tem um gostinho especial, pois crescemos ouvindo músicas do Jaspion, Changeman, Flashman e tantos outros, e eu nunca poderia imaginar que um dia eu teria a chance de conferir pessoalmente um show com os seus cantores originais!

Hironobu Kageyama, Akira Kushida, Takayuki Miyauchi e Yoshiki Fukuyama. Domo Arigato!

Galeria de fotos

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Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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