Análises

Batman: The Video Game

Um excelente game de plataforma para o 16 Bits da Sega

Antes do sucesso avassalador, e merecido, de “Batman: Arkham City“, o Cavaleiro das Trevas andava meio sumido do mundo dos games. Mas na época dos 8/16 Bits a coisa era diferente, o personagem tinha dezenas de games, inspirados em filmes, no desenho animado ou dos quadrinhos mesmo. Em um dos primeiros títulos foi “Batman: The Video Game“, lançado em 1989 para o Nintendinho e baseado no primeiro filme de Tim Burton.

Mas a versão que vamos conferir nesta análise é a do Mega Drive, lançada apenas em 1991, devido à enrolação da justiça de liberar as softhouses de lançarem seus games que não fossem da plataforma Nintendo (a Big N exigia que as empresas assinassem contratos de exclusividade), o que acabou prejudicando um pouco a sua popularidade no mercado. Também produzido pela Sunsoft, ele é bem similar ao jogo do concorrente, porém com gráficos mais bonitos, uma trilha sonora fantástica e uma história mais próxima a do filme.

o Cavaleiro das Trevas entrando em ação

Assim como no longa-metragem, vamos ver o surgimento do vilão Coringa, que era na verdade um bandidinho pé-de-chinelo, quando então caiu em tonel contendo substâncias químicas que o transformou no famoso psicopata de cabelos verdes e pele branca. O bandido planeja acabar com Gotham City liberando um gás venenoso, e é aí que entra o nosso herói, o único capaz de impedir os planos do Coringa e prender o maluco.

Você começa o game nas ruas escuras e sombrias de Gotham City (com Batman descendo do ar com sua capa aberta em uma animação maneiríssima), espancando bandidos e criminosos pelo caminho. Batman pode atacar com socos, rasteiras e cambalhotas. Pode ainda usar o seu cinto de 1001 utilidades, que aqui se resume a um arpão para alcançar lugares mais altos e os famosos Bat-bumerangues.

Confira abaixo as fases do game:

1- Gotham City Street

espanque os bandidos pelo caminho com um efeito de chuva bem bacana no trajeto

2 – Axis Chemical Factory

Batman está na fábrica de produtos químicos onde vai encontrar Jack Naiper, o futuro Coringa

3 – Flugelheim Museum

Batman está no museu de artes onde vai enfrentar mais capangas do Coringa e salvar a bela repórter Vicki Vale

4 – Gotham City Street

De volta às ruas de Gotham, mas desta vez em seu Batmóvel. Atire ou desvie dos carros (não se preocupe, são todos capangas do Coringa) com tiros normais ou mísseis (limitados)

4.2 – Gotham City Carnival

continuação da fase anterior, Gotham está festejando o aniversário de 200 anos, Coringa e seus capangas entraram de bicões na festa, acabe com a alegria deles

5 – In the sky over Gotham City

Voando pelos céus de Gotham acabe com os balões venenosos do Coringa. Fase bem curtinha, mas com um belo visual

6 – Gotham Cathedral

Última fase, onde o Coringa o aguarda no topo da catedral para a batalha final. Fase mais longa e chatinha do jogo

Visual Dark

Os gráficos e visuais do game são muito bons para a época em que foi lançado. Claro que não é um jogo que aproveita todo o potencial do Mega Drive, mas para um cartucho de apenas 4 Mb faz bonito, apresentando cenários sombrios e bem detalhados. As animações de Batman estão bem bacanas e são variadas. Algumas fases possuem efeitos parallax e inimigos variados em cada fase, e como todo bom jogo de plataforma 2D, conta com designs interessantes e com desafios variados, com ações na vertical e na horizontal, além das fases com o carro e a nave.

Infelizmente o jogo não é muito longo e nem muito difícil. A inteligência artificial dos inimigos é mais baixa do que de uma barata, e os chefes de fase são ridículos de fáceis. Porém o design das fases pode pegar algumas das suas vidas (o jogo tem continues limitados), com várias armadilhas de espinhos, fogo, buracos, plataformas móveis, o que vai exigir do jogador um bom grau de habilidade dos comandos e habilidades de Batman.

O grande destaque mesmo fica com a trilha sonora, muito bem composta por Naoki Kodaka (tem até reprodução do tema criado por Danny Elfman para o filme). Não espere por temas sombrios e tensos, como é de se esperar de algo vindo de Batman, mas sim músicas que puxam mais para o rock eletrônico, bastante agitado e empolgante. As músicas são inspiradas e gostosas de se ouvir, combinando perfeitamente com a ação do jogo na tela. Não precisa acreditar em minha palavra, você mesmo pode comprovar ouvindo três belos temas do jogo abaixo:

Gotham City Streets

Sky Over Gotham City

Flugelheim Museum

Para encerrar, leia abaixo outras matérias do Homem-Morcego mais famoso dos quadrinhos:

“Have you ever danced with the devil in the pale moonlight?”

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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