Análises

Brave Fencer Musashi

Samurai. O que essa palavra evoca? Código de honra, seriedade, tradição, enfim, valores da figura mais estereotipada da cultura japonesa. Porém, num certo jogo não há quase nada disso – e é isso que faz dele divertido. Esse jogo é Brave Fencer Musashi, produzido pela Squaresoft em 1998, e lançado para PlayStation. Apesar de ser voltado para o público infantil, ele pode ser considerado um bom RPG, principalmente por ter um teor mais descontraído, e é por isso que está aí a análise..

Enredo

A trama começa de forma bobinha e ao longo dos capítulos ganha mais forma, contudo, ainda bobinha. Há muito tempo atrás o legendário Musashi veio a este mundo (em que se passa a história) e o salvou do Mago da Escuridão. Para vencer o samurai contou apenas com suas duas espadas, Fusion e Lumina, e com os Cinco Scrolls. E você é ele, ou o que poderíamos chamar de reencarnação dele. Nosso Musashi veio parar neste mundo graças a uma Princesa que usou a magia Hero Summon. Ao chegar nesse novo lugar rapidamente lhe é explicado que você SOMENTE voltará ao seu mundo quando fizer o que eles querem. Hehe, chantagem? Não, apenas conseqüências do feitiço.

Hey, eles têm um embasamento razoável para acreditar que você VAI salvar esse mundo, né? Bem, porque duvidar? Ah, pelo simples fato de que você é uma criança. Sim, nas mãos de um pirralho está a esperança do mundo. Agora você deve salvar o reino da ameaça do Império. Aqui não tem Estrela da Morte, mas tem Darth Vader! O Império que estou falando é o Thirstquencher Empire, comandando por um ser maligno que quer controlar o mundo (como todo vilão).

Ok, você entendeu a história, certo? Somado a isso “tudo” há várias personagens, que aos poucos lhe são apresentadas. Aqueles típicos comparsas do vilão-mor que gradativamente são vencidos e cada um é mais forte que seu anterior. Falando do mundo, ele é pequeno e simples. Ele é regido pela Bincho Energy, que corre nos tecidos de todos os seres vivos. Dessa energia várias coisas são obtidas e parte da vida humana depende dela, como o nosso querido petróleo. E nessa energia foram transformadas certas pessoas. Lembra-se do grande vilão? Então, ele aprisionou 35 dos 40 habitantes do castelo. Você deve libertá-los caso queira avançar no jogo. Ah, também vale comentar como é impressionante a quantidade de personagens num mundo tão pequeno. Há todas as figuras necessárias para que a vida de uma pequena cidade exista. O padeiro, o prefeito, o comerciante, a prostituta… Além disso, parte da trama está correlacionada a essa pacata vila medieval, o que a torna uma referência.

O jogo é cômico. Um humor pastelão engraçadinho, mas nada demais, apenas o suficiente para tornar o jogo mais charmoso. Inclusive, o começo, com a chegada de Musashi, e o primeiro capítulo inteiro, servem mais como uma apresentação do jogo do que qualquer coisa, dando uma noção (um pouco vaga) do que vem por ai. E essa apresentação não poderia ser senão engraçada. Logo que começar a jogar fica aquela impressão de “vou me dobrar de rir com esse jogo”, mas isso passa… Infelizmente.

Se há introdução e primeiro capítulo, temos outros capítulos?” Parabéns, você merece um prêmio! Cada capítulo corresponde a uma etapa do jogo. Logo após conquistar a espada Lumina, do segundo capítulo em diante, você deve coletar os Scrolls. São cinco Scrolls: Earth, Water, Fire, Wind e Sky. Em cada etapa você se aventura numa das áreas do mundico do jogo. Seja visitando as florestas sonolentas ou as minas proibidas, você nunca sai muito das imediações do castelo. E isso fede. Infelizmente, BFM é um dos jogos que menos aproveita seu potencial em se tratando de trama. É um daqueles jogos em que nos aventuramos apenas uma vez, e olhe lá.

Vale comentar que no jogo há inúmeras ocasiões onde a história (ou seria conto?) do guerreiro japonês Musashi se confunde com sua caricatura do jogo. A mais evidente e que quase todo mundo percebe são as duas espadas. Musashi criou um estilo em que usava, simultaneamente, as duas espadas, chamado Niten (dois céus, em japonês. Obrigado Youko, pela informação).

Além da trama há… mini-games. No jogo há muitos deles, como era de se esperar em se tratando de Squaresoft. Não há algo grandioso como um Triple Triad de FFVIII e sim pequenos mini-games, que servem mais de descontração-mor entre passagens tediosas do que algo essencial. Pode parecer legal para quem curte uma paradinha na tensão do jogo, mas não é. Primeiro porque no jogo quase não há tensão, tudo é levado de forma bem efêmera. Depois porque a maioria dos “joguinhos” não diverte, além de serem em geral obrigatórios. Algo como em Final Fantasy VII. Há vários mini-games, mas nem todos são legais.

Musashi, a personagem.

Definitivamente, Musashi não tem nada a ver com sua artwork. Para quem esperava um verdadeiro samurai, o Musashi do jogo pode decepcionar. Nele encaramos uma figurinha caricaturizada da personagem histórica. Além de ser uma criança, seu comportamento está longe do que é dito sobre Musashi. Hey, talvez ele fosse folgado quando pequeno, hehe. De qualquer forma, ele se adequou perfeitamente a temática do jogo. Ah, mas nem tudo cheira bem no reino de BFM…

Tradução – Aprenda como retalhar uma personagem histórica!

Sobre a tradução, o que tenho a dizer é que ela é ruim. Péssima, horrível, desprezível, hedionda. Não tive contato com a original, mas pelo que li a respeito dela, vários nomes foram mudados e houve até censura. Esse último justifica uma bela crítica aos tradutores. As comparsas do vilão-mor do jogo tinham nomes de bebidas. Quando os vampiros-zumbis invadem a cidadezinha, os bêbados do restaurante são tratados como beberrões de soda. SODA. Quem vai ficar bêbado com soda? Além de tudo isso, para os puristas, o jogo é uma lástima, pois alterou certos nomes sem qualquer razão aparente. Lembram-se quando citei que o jogo é baseado na história do grande samurai bla bla bla? Então. Não são “Cinco Scrolls” e sim “Cinco Rings”, que faz referência a um livro que o samurai escreveu em seus momentos finais em vida. Nele são descritos cinco caminhos: Água, Terra, Fogo, Vento e NADA. Sim, não há Sky – é NADA. Qualquer livraria que se preze tem o livro e ele se chama “O Livro de Cinco Anéis” e o autor é Miyamoto Musashi. Eu não sei os nomes das espadas de Musashi, e penso que ele deve ter tido um monte delas, mas na versão original Fusion e Lumina eram Lightning e Legend, respectivamente. Phew.

Jogabilidade

 

Vou começar falando sobre o que me chamou atenção. O sistema de jogo é muito parecido com The Legend of Zelda, o que não é um defeito. Inclusive, há as “chamadinhas” antes dos chefes, como em OoT. Apenas uma coisa que realmente faltou para ser uma autêntica cópia de Zelda: uma personagem coadjuvante. Musashi faz o papel de uma Navi da vida, ou um Sahasrala, através do menu (e não, ele não ganhou o Oscar porque as dicas dele são horríveis).

Nunca jogou Zelda? Então vamos lá. Em BFM você tem a mesma liberdade em batalha do que quando explorando, por exemplo, uma casa. A interação é enorme, sobretudo com os cenários, e não há batalhas aleatórias ou mudanças de tela durante as lutas. Se o inimigo te avistar, a “batalha” pode começar ali mesmo. Basicamente, é “isso”.

A câmera… argh, é horrível. Em alguns momentos você tem uma “liberdade completa” precária, em outros há apenas um zoom ridículo. Felizmente seu campo de ação é muito bem definido (salvo a maior parte dos segredos do jogo), portanto você não terá problemas para explorar a maioria das locações, evitando assim muitos giros com L2 e R2. Ah, o zoom é inútil. Aproxima a câmera um pouquinho, o suficiente para atrapalhá-lo, ao contrário do que se esperava. Hum, é bom que você tenha uma memória razoável, pois se depender da câmera vai se perder muito nas florestas, ou até mesmo na cidadezinha do jogo.

Há uma noção de tempo em BFM. Como se não bastasse dia e noite, tão comuns até em RPGs de SNES, há também data e hora, o que pode ser um saco. Há coisas que dependem do instante, como lojas ou objetivos. Por exemplo, libertar Jon (um “quero-ser-o-Locke-de-FFVI” da vida) somente pode ser feito à noite. A maior parte destes eventos se resume ao comércio que em geral não segue um padrão. Essa função pra lá de inovadora (para a época) pode ser beeem chatinha. Nesse ponto o jogo me lembra The Legend of Zelda: Majora’s Mask (eba, mais Zelda!), em que também era um saco estar dentro dos horários do jogo. O diferencial entre os dois é que nesse Zelda você pode administrar melhor o tempo e em BFM você vai implorar por uma Ocarina, hehehe.

 

Um recurso que achei legal, mas que pode te atrapalhar (bem, é a intenção), é que Musashi após horas ou até dias pode ficar exausto. Portanto, você tem que dormir de vez em quando. Não há um tempo muito bem definido que indique de quando em quando você tem de dormir (toda noite, por exemplo), mas há uma porcentagem (“15% Tired”) que dá uma noção exata de quando Musashi apagará. Sim, se chegar aos 100% (quero dizer, uns segundos depois dessa marca) ele dorme em qualquer lugar que você estiver.

Acima dos 50% o indicador do lado inferior direito da tela começa a se fechar (os olhos de Musashi, talvez? Bem, se tentaram fazer isso, ficou bizarro). Ele então começa a andar devagar o que dificulta certas ações, como saltos. Para se safar dessa, você também pode apertar Select, mudando o ícone da espada/Scroll para uma Lua dormindo. Segurando R1 ocê pode fazer comas induzidos em Musashi, recuperando o sono “perdido”. Mas essa função praticamente vai pro Limbo com a compra de alguns itens, como Mint, que recuperam 50% de Tiredness. Suckers.

Falando neles, os itens no jogo são indispensáveis. Se não ficar atento pode perder seu HP com uma velocidade assustadora. Utilizando demais seu BP (equivalente do MP) você também pode morrer, o que não é nada bom. Por isso é legal visitar o padeiro (que não é pervertido :P ) e comprar alguns Gels (HP) e Mints (remédio de caminhoneiro… er…). Ah, cuidado com sua dispensa. Seu inventário é mínimo, 16 espaços apenas. Como ele faz parte do menu, vou falar deste. O menu do jogo é simplesmente horrível. Parece-me com menus primitivos, de joguinhos de Nintendo. Os menus dos primeiros Dragon Quest, ou até mesmo Earthbound, ambos de NES, são mais organizados, e sim, isso significa algo. Ele trabalha com a noção de caixas de diálogo e, apesar de ser bem claro, isso me parece estranho. Talvez seja por eu estar acostumado aos menus estereotipados, no estilo Final Fantasy. Ei, vai me dizer que você também não?

Uma coisa horrível e que odeio em todos os jogos é a exploração limitada. Você não pode dissecar tudo. Há lugares onde o cenário lhe “limita” (barreira invisível detected). Outros tantos nem se dão ao trabalho de atrapalhá-lo – o jogo o controla e a exploração beira um Adventure, com alguns menus e muitas opções. Escolhendo “Inferno” o menu o levará até o Cócito! É uma mania que qualquer RPGista desenvolve com algum tempo de jogo (nem precisa ser muito): Falar com todos os habitantes (e prestar atenção), explorar todos os cômodos (até daquele maldito Inn com 666 quartos vazios) e examinar cada cm² do cenário. E BFM me nega isso! Argh!

 

A forma como você desenvolve Musashi é diferente. Seu sistema de level up é estranho a principio, e reserva algumas surpresas. Há experiência, levels, mas seu HP e BP crescem conforme você avança no jogo. O primeiro é determinado por umas frutinhas (que meigo) que você encontra ao longo do jogo nos Winkus (uns coelhos roxos que você tem que capturar, e não, isso não é Pokémon). O outro é determinado por pessoas que você liberta dos Bincho Fields, aqueles cristais verdes. Para desenvolver os outros atributos, você tem de atender certas condições. Para Mind, basta andar, já Body, apanhar dos inimigos. As espadas evoluem, obviamente, com o uso.

Hmm… Um detalhe estranho e que tenho que comentar é que Musashi se move como uma lesma. Não, ele corre, mas parece que anda grudado no chão. Quando estiver subindo ou descendo um morro, ou até mesmo as escadas (feitas de DEGRAUS ) é perceptível o quanto ele se inclina. Parece que ele pode muito bem andar nas paredes… Isso é muito estranho e são detalhes como esse que fazem de um jogo algo ruim… Para perfeccionistas.

O jogo não é muito difícil. Os levels são conquistados com uma facilidade assustadora, não me admira que haja um limite de level por capítulo. Os inimigos em geral são tolos e agem de forma repetitiva. Você tem um certo tempo entre o inimigo estar diante de você e ele lhe machucar. O suficiente para que você o mate. O dinheiro é facilmente conquistado, os Winkus não estão escondidos demais, salvo exceções, e há tantas dicas em jogo que é praticamente impossível que você fique travado por mais de uma hora (apesar do Musashi ser um imbecil com suas dicas no menu). Os chefes podem ser decepcionantes quanto à dificuldade. Admito que morri mais vezes no Steam Knight (o primeiro chefe) do que em qualquer outro. Porém, os chefes são o maior barato do jogo. Cada um é especial, e isso me faz lembrar mais ainda de Zelda. Por mais que todos sejam baseados na pancadaria, cada um tem seu esquema pra vencer, e não é artimanha ou coisa de malandro assim. É necessário que você certos procedimentos pra vencê-los. A maior parte da originalidade do jogo reside nisso, e em outros aspectos cito na análise, mas observa-se mais a reinvenção do que a criação. Menos mal.

Fusion e Lumina – O Sistema de Batalha

Apesar de fazer parte da jogabilidade, preferi separar num tópico à parte. As espadas do Musashi estão diretamente relacionadas ao sistema de batalha. Não vou ficar entrando em detalhes sobre coisas que todo jogo tem, e sim me focar no essencial. Como dito, são duas espadas. Cada uma tem um nome: Fusion e Lumina. A primeira é dada a você assim que chegar ao mundico do jogo. Ela pode absorver a energia vital dos inimigos (BP), e assimilar suas habilidades. A segunda você conquista ao final do primeiro capítulo. Ela é a espada lendária, brandida pelo antigo Musashi e tem várias funções. Parte da trama gira em torno dessa espada, portanto, várias coisas são associadas a ela. Objetivos, lugares, etc. Inclusive, ao final do jogo, você terá uma GRANDE surpresa, hehe. Somente com ela os Scrolls podem ser ativados, sendo essa sua principal habilidade.

Ainda sobre Fusion, assimilar as habilidades dos inimigos é muito simples. Basta segurar R1 até que a barra do canto inferior esquerdo se encha e apertar quadrado. Fusion será lançada na direção que Musashi estiver olhando. Se atingir algum inimigo, ela começará a sugar seu BP. Agora resta apertar quadrado freneticamente e você terá uma habilidade a mais! Cada inimigo tem sua habilidade e, se quiser uma nova, terá que abdicar da atual. Há ocasiões em que elas são obrigatórias, como, por exemplo, quando precisamos pular as plantas espinhosas nas florestas, ou reduzir o tamanho de algum inimigo bloqueando sua passagem. Em outras elas são apenas úteis, como por exemplo, nas Mines, quando Musashi constantemente fica doente. Não há necessidade de se desesperar em busca das habilidades certas. Geralmente quando é preciso usar determinada habilidade, seu respectivo inimigo está rondando a área.

A Lumina alterna entre seis tipos de ataque: Normal e os Cinco Scrolls. A normal ela faz um ataque giratório. Nos outros, ela faz movimentos especiais. No Earth Scroll, por exemplo, você causa um tremor no chão. No Water Scroll, você pode andar na água. Sim, em todas é algo beeem previsível, bastando observar as limitações iniciais impostas pelo jogo. Essas habilidades podem ser tanto utilizadas em batalha quanto no enredo. Uma observação final sobre as espadas, é que Fusion causa menos dano e é mais rápida. Já Lumina é justamente o contrário.

Sons

A trilha sonora é legal, vai desde melodias calmas e harmoniosas até músicas frenéticas, acompanhando a ação do jogo. Enfim, o que é essencial num jogo, que sua trilha sonora complemente o que estamos vendo na tela. Engraçado é que não há tantas músicas orientais quanto pode se esperar. Talvez seja porque o jogo se parece muito com Mystical Ninja. Os efeitos sonoros também são bons. Algo incomum é que o jogo é dublado nas partes principais e, apesar de algumas vozes soarem estranhas, não é de todo ruim. Apenas algumas personagens têm dubladores estranhíssimos, além de existirem várias cenas desconexas. Por exemplo, a voz não condiz com a situação, o que seria uma falha na interpretação do dublador. Pergunto-me se eles sequer viram o jogo enquanto estavam no estúdio dublando!

Gráficos

Bem, os gráficos são de PlayStation e são da Squaresoft. É algo muito bom, principalmente por conta da simplicidade do jogo. Há algumas falhas gráficas, como polígonos quebrados, mas nada muito feio. Só é chato quando essas falhas podem ter resultados desastrosos (já pensou numa plataforma que desaparece? Dói se pensar no pobre Musashi estatelado no chão). Com nenhuma dificuldade é possível driblar a câmera e entrar em polígonos, o que torna a câmera uma faca de dois gumes. O jogo não me parece grande o suficiente (em termos de espaço ocupado na mídia) para preencher um CD inteiro. Nesse espaço poderia haver mais Gameplay ou até mesmo CGs, o que conta quando se fala de gráficos. No PSX as CGs além de serem divertidas ajudam a dar ênfase em certas cenas. Porém, é difícil imaginar uma CG diferente dos gráficos usuais. Cenas em Anime se encaixariam perfeitamente em BFM.

Infelizmente, faltam texturas. A maioria dos elementos do jogo é construída com polígonos coloridos, apenas. Preste atenção naqueles inimigos estereotipados (se parecem com soldadinhos), ou mesmo em habitantes da cidade. São caixas coloridas. Há uma grande variedade nos cenários, mas eles podem ser repetitivos. É algo inevitável quando se trata de um jogo de Aventura/RPG. O problema é que a Squaresoft não se deu ao luxo de ser sutil. É incrível que só no começo do jogo haja TRÊS florestas, sem contar a Dead End (uma área apenas).

Como só tenho assinalado defeitos, e os gráficos do jogo são bons, que tal uma qualidade? O jogo me pareceu razoavelmente bem animado. As personagens principais e secundárias foram pensadas, mas as mais fúteis têm a pior movimentação possível (droga, nem duas linhas elogiando…). Diga-se de passagem, os diálogos são terríveis (no que diz respeito a animações). Experimente ir falar com os habitantes do castelo, através do “Geezer“. As personagens não descrevem trajetórias oblíquas. Elas têm que girar 90º pra descrever uma curva. Parece algo complexo, mas que nada, apenas imagine um daqueles brinquedos que quando batem na parede mudam de direção.


Os efeitos luminosos do jogo são bem discretos. Os mais perceptíveis se limitam as mudanças no tempo (manhã, tarde, anoitecer e noite). Alguns dos que mais me chamaram atenção foram dos inimigos, como magias, golpes e ataques especiais.

Replay, Gameplay, Diversão

Tópicos tão pequenos… Decidi reuni-los num só. O replay é pequeno e nem é chatice minha querendo jogar mais. Continue lendo. Apesar do jogo ser divertido, não justifica outra jogada. Além do mais, são poucos os recursos pra tal. Depois de completar o jogo com tudo (HP, BP e levels máximos), há os cidadãos do castelo e os toys. Sim, SÓ isso. Viram como o replay é pequeno? Tsc.

O gameplay é longo, considerando a profundidade do jogo e seu gênero (mais puxado pra aventura). São em torno de quinze horas de jogatina, mas poderiam ser muito mais. Pra quem chegou a essa marca, ao menos simpatizado com o jogo deve ter, então, mais umas dez horas seriam interessantes. Acho que faltou uma maior exploração do que o jogo já dispõe, como mais dungeons, equipamentos e técnicas. Porém, como disse, o jogo é bem tolinho, o que não justifica uma jornada épica de trocentas horas aturando BFM e sua infantilidade miserável.

Quanto à diversão… Bem, nem preciso dizer nada. Ao longo da análise frisei bastante que BFM é um jogo divertido, apesar de seus defeitos.

Post Mortem

Antes do fim, só mais um pouquinho. Para um público mais velho, BFM é mais um daqueles jogos que você encara quando não há alternativas e, principalmente, entre um jogo de peso e outro. E isso se justifica após lembrar quais jogos tivemos em 1998.

Spider

RPGs do Super NES são os melhores, ponto final.

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