Análises

Burnout Paradise

Depois de bons títulos para Playstation 2 e Xbox, a franquia de corrida da Criterion apareceu nos consoles da atual geração (PS3 e X360) com grande estilo. É verdade que o divertido modo Crash não está mais presente, porém algumas novidades bacanas são suficientes para suprir a falta e divertir muito os amantes de velocidade.

Paradise City

Dessa vez as corridas insanas e violentas de Burnout ocorrem em Paradise City, que presenteia os corredores com pistas largas e muitos atalhos, cada um mais louco que o outro. A cidade agrega algumas características de cidades norte-americanas, como as rodovias próximas as montanhas, centros urbanos e zonas rurais.

As pistas largas e o design do mapa foram pensados para o jogador atravessar as ruas de Paradise na maior velocidade possível, o que deixa a jogatina do novo Burnout muito divertida e alucinante. Os atalhos são muitos e alguns trazem rampas estrategicamente posicionadas, trazendo saltos e acrobacias divertidas para quem quiser se arriscar.

Paradise City também é cheia de conteúdo, que fora as corridas há muitas coisas para descobrir no “mundo aberto” da Criterion, como “Super-Jumps”, grades que denotam os atalhos e grandes placas publicitárias. Vale ressaltar o ótimo trabalho em Paradise City, que apesar dos exageros nos saltos e rampas, traz uma cidade plausível e muito bonita, com placas indicando direções, sinalizações de trânsito e muito tráfego.

 

Alta velocidade

A jogabilidade de Burnout Paradise é muito simples e acessível a qualquer jogador, com controles extremamente práticos, resumindo-se basicamente aos direcionais, acelerador, botão de nitro e freios. Com pouca coisa para decorar nos controles tudo que os pilotos precisavam focar é nas corridas, que traziam uma sensação de velocidade raramente vista na época, fruto das pistas largas.

O game da Criterion também abusava dos drifts, algo que parece ser de muito agrado aos desenvolvedores, já que vimos esse recurso sendo utilizado e requisitado em vários jogos do estúdio britânico. Fazer curvas em alta velocidade encaixando sequências de drift é realmente divertido e realizar tal tarefa com sucesso é muito gratificante.

Aliado a boa jogabilidade estão os efeitos de batida e sistema de danos que realmente são lindos e complexos mesmo para os dias atuais. Após um impacto em alta velocidade a câmera se posiciona de modo estratégico e em câmera lenta, mostrando a destruição de sua máquina em todos seus mínimos detalhes, com vários efeitos de partículas e uma sequência muito bonita de se ver.

A quantidade de veículos é grande e são bem variados entre si, desde os tradicionais muscle cars aos esportivos europeus e japoneses. Mesmo não contando com licenciamento dos veículos, os mesmos foram bem inspirados e muitos lembram bastante suas contrapartes reais. A maneira de ganhar novos veículos também é bem divertida, já que após ganhar um determinado número de corridas um novo carro estará cruzando as ruas de Paradise City, logo basta o jogador encontrar o carro e “detoná-lo”, realizando o tradicional Takedown da série. Também foram disponibilizadas motos via download, uma boa adição apesar de a quantidade ser pequena.

As corridas completam o competente pacote com vários modos de jogo, como o Marked Man, onde o jogador deve correr de um ponto ao outro no mapa evitando os carros adversários que tentarão detoná-lo a qualquer custo. O modo Takedown continua muito divertido e temos o tradicional modo corrida, além do Stunt Run, cujo objetivo é executar o maior número possível de manobras no tempo determinado sem bater, acumulando a quantidade necessária de pontos. Também é possível encarar esses desafios no modo multiplayer on-line.

Os únicos pontos negativos que devem ser ressaltados de Burnout Paradise é a repetição, já que praticamente todos os eventos parecem ter um ponto em comum, seja seu destino ou até mesmo o trajeto. É realmente incômodo correr repetitivamente para o mesmo lugar e isso acaba por se tornar cansativo depois de certo tempo, sem contar que os eventos Stunt Run tendem a ser irritantes em algumas situações, já que nem sempre o jogador terá locais adequados para fazer grandes pontuações e acumular combos é a única chance de vitória em momentos avançados, ou seja, bata uma vez o carro e sua chances de vencer o evento são próximas de zero.

Também pesa contra a câmera que sempre focará em um “takedown”, tirando o controle e visão do jogador durante a corrida, o que é bacana no começo mas muito irritante depois de ver isso duas ou mais vezes. Em alguns casos, quando o jogador retoma o controle acaba se deparando com uma curva fechada ou até mesmo um carro de trânsito vindo na direção oposta e nem sempre há tempo hábil para reagir.

Gráficos e Sons

Os gráficos de Burnout Paradise eram muito bonitos para época (2008), com veículos bem modelados e temáticas distintas, como os característicos Rat Roads e os carros Tunings japoneses. As texturas que permeiam Paradise City dão vida e personalidade ao mundo criado pela Criterion, que como dito acima, contam com um ótimo design, que proporciona saltos irreais sem deixar a aparência de uma verdadeira cidade, com rodovias, rampas de acesso a pontes, sinalizações de trânsito e tudo mais que compõe uma cidade.

Os pontos mais positivos, no entanto ficam para trilha sonora, com uma seleção incrível de músicas licenciadas, como a própria música tema “Guns N’ Roses – Paradise City”, além de muitas outras. Os efeitos sonoros são bons e convincentes e ajudam a aumentar a impressão visual das batidas, maior destaque disparado do game, com direito a câmera lenta para demonstrar toda destruição de seu carro ou de seus adversários.

 

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