Análises

Closure

Closure” é um jogo independente (ou indie para os íntimos) de plataforma/puzzle 2D muito bacana e viciante, que está disponível na rede PSN e XBLA, desenvolvido pela Eyebrown Interactive. Lançado no início de 2012 para PS3, X360 e PC, teve inspiração num jogo em Flash com o mesmo nome, criado em 2009 pelos mesmos desenvolvedores, mas agora retrabalhado e com mais de 80 fases para quebrar a cabeça dos jogadores.

O game oferece uma proposta bem interessante, utilizando-se de um mundo feito de sombra e luz, de uma maneira nunca vista antes num game. Aqui não há história, o personagem bizarro anônimo é um mistério total, uma espécie de demônio-aranha, que se transforma em três personagens humanos (um cara de capacete numa fábrica, uma garota numa floresta e uma menininha numa cidade bizarra).

assista ao trailer do game abaixo

Luzes, câmera, ação

Todos os ambientes em “Closure” são tomados quase que completamente pela escuridão, exceto por umas bolas espalhadas pelos cenários que servem como fontes de luz, ou ainda lâmpadas com raios luminosos que podem ser direcionadas em pontos estratégicos, e essenciais. Para resumir de maneira bem simples: tudo que está na escuridão “não existe”. Paredes, chão, pedras, caixas, tudo deixa de existir, e se seu personagem cair na escuridão, é morte certa e o cenário se reinicia. Seu objetivo é entrar no cenário por uma porta, e sair por outra.

As partes iluminadas é onde o protagonista pode interagir, então por exemplo, se você quiser arrastar uma caixa em um determinado ponto para subir numa plataforma, é necessário iluminar o chão até ela, senão a caixa cai nas trevas. Simples não? O contrário também é válido, como por exemplo atravessar uma parede, você pode iluminar apenas a metade dela, sendo que a outra metade escondida nas sombras, você pode atravessá-la e chegar ao outro lado. Ou seja, as trevas podem ser tanto sua inimiga, como sua amiga. Parece estranho ao tentar explicar, mas na prática é realmente bem simples. Tudo de que você vai precisar é de raciocínio lógico.

As primeiras fases são simples e você logo pega o jeitão da coisa, afinal, seu personagem não possui comandos mirabolantes, ele simplesmente pode caminhar, pular e pegar/mexer objetos. A medida em que vai se avançando, os cenários ficam mais complicados, os quebra-cabeças mais estratégicos, e vai chegar uma hora que vai sair fumaça de seus neurônios e você vai querer arrebentar a TV. Mas com calma e paciência, é possível descobrir a solução dos puzzles, por mais complicados que pareçam num primeiro instante (as vezes a solução é tão simples que parece inacreditável). E não se preocupe com vidas ou limite de tempo, aqui nenhum deles existe, permitindo ao jogador pensar o tempo que for preciso. Se morrer, ou fizer uma cagada (como perder uma chave que abre portas), o cenário se reinicia.

O jogo é extremamente viciante e recomendadíssimo para você que quer dar um tempo em jogos de ação, tiros e explosões, além de um excelente exercício para manter seu cérebro e raciocínio afiados. Ele é todo preto e branco (lembra um pouco “Limbo”, outro game indie que tem mecânica baseada em sombras e luzes) e justamente por isso tem todo um charme especial. Logicamente ele não possui gráficos de última geração, mas também nem precisa.

A trilha sonora é sensacional e complementa a atmosfera sombria do jogo com perfeita imersão. Os temas musicais são instigantes e cria uma ambientação de tensão ao jogador na medida certa. Escute abaixo um dos temas do game:

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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