Confira capas bizarras de games

Os anos 80 e 90 marcaram a história dos videogames, pois foi ali que tudo aconteceu e começou. Também foram épocas marcadas pelos visuais bizarros, em filmes, bandas de música e na cultura pop da época, que acabou se refletindo nos videogames, mais especificamente nas capas bizarras norte-americanas.

Com uma cultura bem diferente da oriental, as empresas geralmente mudavam radicalmente as capas de seus jogos para lançarem nos EUA, resultando hoje em pérolas artísticas inesquecíveis. Confira algumas (são milhares) delas abaixo:

Ringside Angel – Mega Drive

Lançado somente no Japão, a capa desse jogo chamava bastante a atenção nas locadoras brasileiras por trazer a lutadora japonesa de Wrestling (luta-livre, lutas encenadas/ensaiadas bastante populares nos anos 80/90, que teve como maior destaque o lutador Hulk Hogan) Cutie Suzuki na capa do jogo (que era do tipo “holograma” e mudava de imagem conforme o ângulo que você via, com ela usando uma jaqueta de couro).

Pro Wrestling – Master System

Seguindo o gênero Wrestling, temos outra preciosidade da Sega, desta vez para o Master System. O NES também tinha um game com esse nome, mas tanto a capa como o jogo eram bem diferentes. Alguém me explica como alguém da uma empresa respeitada de games aceita uma capa como essa?

Saboteur II – Zx Spectrum/Commodore 64

Um clássico dos computadores dos anos 80, “Saboteur II” tinha como protagonista uma heroína ninja, ser esse da cultura oriental que praticamente explodiu no ocidente nos anos 80/90. Na capa temos um ninja (homem), em sua possante moto, da marca ninja, é claro, enfrentando panteras negras com a sua espada. Prova que ser ninja era super ultra cool nos anos 80.

Ninja Scooter Simulator – – Zx Spectrum/Commodore 64

Quer mais ninjas? Então que tal essa aqui, um ninja em sua lambreta tunada? Uma Kawasaki Ninja até vai, mas uma Scooter não dá né? Parabéns para o diretor de arte! E as listras ao fundo cor-sim-cor-não certamente marcam uma tendência dos anos 80.

Ninja Golf – Atari

É isso aí mesmo que você leu, um jogo de golfe com ninjas! Naquela época ninjas eram tão populares que eram vinculados a todo tipo de coisa no ocidente, fugindo completamente de suas origens e tradições orientais.

Two Crude Dudes – Arcade, Mega Drive

Lançado para arcade pela saudosa Data East e depois para o Mega Drive, “Two Crude Dudes” apresenta dois punks extremamente musculosos num futuro cyberpunk, com hábitos de luta pouco ortodoxos (costumam agarrar seus oponentes e jogá-los contra tudo que houver na frente). A capa, versão inglesa bem parecida com a japonesa (a americana, por incrível que pareça, era mais comportada) retrata bem a tendência punk da época. E o jogo era bem divertido.

Renegade – Arcade, Amiga, C64, NES, Master System e outros

Lançado em 1986 pela também saudosa Taito, era mais um game que mostrava a violência punk nas ruas e um embrião do clássico “Double Dragon“. O jogo em sua versão ocidental teve gráficos alterados, trazendo inimigos punks, motoqueiros e marginais tipicamente ocidentais, ao invés dos estudantes delinquentes japoneses e membros da Yakuza, como eram mostrados no original.

Shatterhand – NES

Apesar da capa ridícula, o jogo era bem interessante e bacana, cujo nome original em japonês era “Tokkyuu Shirei Solbrain“. Se você curtia os tokusatsus que passavam na Rede Manchete, certamente deve se lembrar de “Solbrain“, uma série policial com robôs e policiais usando armaduras maneiríssimas. Além da capa (que no original tinha um policial Solbrain), a versão ocidental teve a história e gráficos alterados.

Dangerous Streets – Amiga

Jogo de luta lançado em 1994 e considerado um “lixo atômico” por quem já jogou, que traz na capa um cover da Vampirella, um índio e um cara totalmente perdido nas tais “ruas perigosas“.

Lady Bug – Arcade/Colleco

Lançado em 1981, “Lady Bug” permitia ao jogador controlar uma simpática joaninha em um labirinto bem ao estilo do clássico “Pac-Man“. Mas isso seria algo que você jamais pensaria se visse a capa do jogo, com uma ruivona gostosa em roupas sexy lutando contra um robozão-escorpião. Bem mais excitante do que uma joaninha fugindo de insetos, não é?

Operation Stealth – Amiga

Adventure de apontar e clicar que trazia James Bond (na versão ocidental) como protagonista (e trabalhando para a CIA!), que na capa do jogo abre sua jaqueta para mostrar um avião Stealth Fighter nos céus noturnos. Ok.

Skateboard Joust

Isso aqui sim é uma obra de arte feita por alguém chapado, um adolescente em um skate turbinado flamejante atacando um morcego gigante. E as listras ao fundo cor-sim-cor-não estão de volta.

Mega Man – NES

A maioria já deve conhecer essa capa bizarra do primeiro “Mega Man” para o NES, completamente diferente da versão fofucha mangá japonesa.

Ghost Lion – NES

RPG da Kemco para o Nintendinho, que na capa original traz belas ilustrações ao estilo mangá e em sua versão americana acabou recebendo esta “maravilhosa” arte acima:

Willow – NES

O filme da fantasia de George Lucas ganhou uma versão para NES ao estilo de “The Legend of Zelda” pela Capcom, mas a capa americana (a japonesa é um pouco melhor) está longe de ter a qualidade das versões de Link e cia – não dava pra usar um pôster oficial do filme como capa?

X-Man – Atari

E para terminar, um “clássico pornô” do Atari (e que não tem nada a ver com os mutantes da Marvel Comics), que mostra justamente o que se tinha que fazer no game: chegar até a “gostosa” com o “bilau” inteiro, fugindo de tesouros, dentes e caranguejos dentro de um labirinto.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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