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Conheça “Breath”, jogo indie brasileiro que mostra a destruição do mundo na 3ª Guerra Mundial

por Márcio Alexsandro Pacheco

E temos um game indie brasileiro novo pintando na área, que parece ser realmente muito interessante. Produzido pela NukGames, o game mostra um mundo dominado pelo inferno nuclear. No ano de 2068 USA e China entraram em confronto por poder nuclear, o que resultou na Terceira Guerra Mundial e a morte de mais de 8 bilhões de pessoas. Para piorar, o oxigênio agora não é mais próprio para o consumo humano. Agora a beira da extinção humana, o jogador deve tentar sobreviver nesse mundo pós-apocalíptico.

Gostou do contexto? Pois para ver esse projeto ser realizado, a comunidade gamer tem que apoiar o seu lançamento no Steam Greenlight, sistema criado para desenvolvedores terem um acesso mais democrático ao processo de publicação dos seus jogos. Para isso basta acessar a página do jogo no site da empresa e clicar em “Sim“, na pergunta “Você compraria este jogo se estivesse disponível no Steam?“.

Para conhecer mais sobre esse jogo de plataforma 2D, nós batemos um papo com o seu criador, Paulo Brunassi, que também comentou sobre o cenário de games indie. Confira abaixo a nossa entrevista, e não esqueça de votar lá na página do game na Steam.

trailer

Entrevista

Gamehall – Olá Paulo, faça sua apresentação para os nossos leitores e nos conte sua experiência/relação com games.

R – Olá, tenho 23 anos, estou trabalhando com games há apenas 6 meses e “Breath” é meu primeiro projeto, mas minha relação com games começou muito cedo com meu Mega Drive quando tinha uns 4 anos e de lá para cá sempre joguei muito!

GH – Você criou a NukGames, nos fale sobre ela, quantas pessoas trabalham contigo, quantos games, etc

R: Iniciei a NukGames há aproximadamente 6 meses, e atualmente somente eu faço toda a parte criativa, de desenvolvimento, e divulgação, conto também com um desenhista (freelancer) e estou a procura de animadores. “Breath” é nosso primeiro projeto.

GH – Como surgiu a ideia de “Breath”?

R: Sempre fui muito fã do gênero pós-apocalíptico, filmes como “Eu Sou a Lenda”, “Exterminador do Futuro”, e games como “Fallout” e “Metro” são algumas inspirações. A princípio minha ideia era fazer um game no estilo de “Contra” e “Metal Slug”, mas a medida que o projeto foi evoluindo e novas ideias foram aparecendo, o game foi se tornando mais sombrio e com maior suspense.

GH – Fale um pouco sobre o game, pessoas envolvidas na produção, sua história, mecânicas, público alvo, plataformas, etc.

R: O game retrata a história de Alan, um homem normal que como qualquer um é falho, e fez uma escolha, não priorizando sua família. Após isto, a guerra mundial se iniciou e com a solidão e sofrimento, ele procura perdão por sua escolha pré-guerra. O game retrata esta trajetória em busca do perdão. O game será plataforma 2D com elementos de terror, algo que o jogador deverá se preocupar além de desafios como inimigos e puzzles, será munição e oxigênio. Não há um público alvo específico, mas acredito que adultos aproveitarão melhor o game por retratar emoções das pessoas. A principio o game sai apenas para PC, e será dublado em português.

GH – Como funciona o registro do jogo no Greenlight da Steam e como ele ajuda no processo?

R: O Greenlight é a porta de entrada para que o game possa ser distribuido na STEAM, atualmente conta com 2200 games, não tem uma “matemática exata” para ser aprovado, a STEAM seleciona games que despertam mais interesse das pessoas (este interesse se resume em quantas pessoas acessam a página e clicam em “SIM”).

GH – Assim que ele for aprovado na Steam, qual o próximo passo?

R: Finalizar o processo de desenvolvimento do game para conseguir publicá-lo até junho de 2015.

GH – Qual é a maior dificuldade no desenvolvimento de um jogo indie?

R: Diversas, não posso contar com diversos funcionários para que cada um se especialize em uma função, como disse anteriormente sou somente uma pessoa que trabalha em todas as funções, preciso saber de programação até edição de vídeo. Além disso preciso encontrar outras formas de renda para conseguir pagar quem trabalha comigo, pelo menos até que o game seja lançado.

GH – O que você acha da indústria de games no Brasil?

R: Os Brasileiros nunca estiveram tão envolvidos com games, tanto que grandes empresas têm traduzido games para pt-br, e para desenvolvedores está começando a se fortalecer, mas ainda faltam incentivos empresariais e governamentais.

GH – Para finalizar, quais são os seus planos para o futuro, mais algum projeto em mente?

R: Após finalizar o “Breath”, se aprovado, pretendo portá-lo para os consoles, além disso tenho muitas ideias para futuros games, “Breath” é só o primeiro deles!

* Agradecemos ao Paulo pela entrevista e desejamos boa sorte para o seu projeto, estaremos torcendo para que ele se realize. E você que está lendo e for algum profissional da área e queira ajudá-lo no desenvolvimento do jogo, segue abaixo formas de contato com ele:

e-mail: [email protected]
Facebook: facebook.com/nukgames
Twitter: twitter.com/nukgames

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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