Análises

Crazy Taxi 2

Ando muito “viúva seguista” imagino. Minhas últimas análises todas foram para algum game/console da Sega: Golden Axe Beast Rider, Crazy Taxi, Vanquish. E eis que a minha alma seguista ainda sente necessidade de continuar a falar dos games da criadora do ouriço azul mais famoso do mundo, sendo assim, volto a falar de mais um game da Sega. Dessa vez, tratarei aqui de um de meus games favoritos para o finado Dreamcast. Dando continuidade a análise de Crazy Taxi, trago a vocês a análise de sua sequência: Crazy Taxi 2

We´re back! Its Crazy Taxi 2…

Um ano e alguns meses somente após o lançamento do game original, a Sega lança no mercado Crazy Taxi 2. O curto período de tempo passado entre o lançamento do primeiro game e o de desenvolvimento do segundo, não impediu a Sega de entregar aos entusiastas do Crazy Taxi original exatamente o que eles queriam para uma provável sequência.

Let´s drive for crazy Money.

O fator primordial do sucesso de Crazy Taxi foi o fator diversão, afinal de contas, é um game completamente arcade, totalmente livre das amarras da realidade. Diversão “fast-food” da melhor qualidade. Era mais do que óbvio que a Sega não iria alterar tais prerrogativas para a sequência, curto e grosso, Crazy Taxi 2 continua sendo diversão “fast-food” da melhor qualidade.

Assim como em seu antecessor, em Crazy Taxi 2 temos de pegar um passageiro, e a toda velocidade realizar a corrida indicada pelo mesmo. Os modos de jogo ainda são os mesmo do game original, assim como as regras que regem as partidas. É possível pela cor dos ícones indicativos de que o pedestre está precisando de um taxi saber qual a provável dificuldade daquela corrida, os cronômetros, todos eles, estão de volta, cada qual representando os mesmos limites de tempo do game anterior. Ainda são quatro os taxistas aptos a escolha, e apesar de serem outros quatro taxistas, pouca coisa muda efetivamente entre eles, algo similar ao que ocorrida no game anterior. Ou seja, o DNA de Craxy Taxi 2 é rigorosamente o mesmo de Craxy Taxi. “Mas então o que mudou?”, você me pergunta. Mudou pouca coisa, mas foi o suficiente para deixar um game que já era bom, ainda melhor.

Ao contrário do primeiro game, que possuía tão somente uma cidade, que na verdade era um simulacro de São Francisco, em Crazy Taxi 2 temos dois ambientes, baseados em Nova Iorque, a escolha. São eles o Apple Town e o Small Town. Ambos os cenários possuem aproximadamente a mesma quilometragem da cidade do game anterior, mas agora são cheios de atalhos malucos.

As regras durante as partidas, tanto em Aplple Town, quanto em Small Town, são as mesmas. Ambas direcionadas por seleções do jogador, e seguem a mesma estrutura das opções existentes no game anterior.

O Crazy Box, modo de jogo que foca o cumprimento de determinados desafios, presente em Crazy Taxi está de volta sob a alcunha de Crazy Pyramid.

A jogabilidade do game não sofreu drásticas alterações. Na verdade, a única alteração é a adição do chamado Crazy Hop. Pressionando o botão “Y” do controle, a qualquer momento, o Taxi da um salto. Simples assim. Esse movimento garante acesso a boa parte dos atalhos em ambas as cidades, além de ser um auxílio para passar por ruas engarrafadas, ou mesmo ultrapassar aquele ônibus mala que seta lhe atrapalhando a prosseguir. Além disso, esse movimento conta como “passar fino” nos outros carros no trânsito, ou seja, o cliente gosta e paga mais no fim da corrida.

Se no primeiro Crazy Taxi as cidades já eram belas, bem construídas e cheias de vida, isso se multiplicou em Craxy Taxi 2. Ambas as cidades possuem um tráfego pesado, uma quantidade ainda maior de pedestres, que continuam lhe xingando e insultando caso faça alguma besteira. A quantidade de passageiros em potencial também aumentou, o que faz do game mais divertido ainda. Assim como no game anterior, vários dos locais em que os passageiros desejarão que o jogador os leve, são licenciados, como o Pizza Hut por exemplo.

A engine gráfica, como o imaginável, foi reaproveitada do game anterior, no entanto, foi muito melhor aproveitada. O visual ficou de Crazy Taxi 2 é tão colorido e vivo quanto é o de seu antecessor. As texturas estão com uma resolução mais alta, algo singelo e pouco perceptível dada a velocidade com o que tudo ocorre na tela, mas estão melhores. Há bem menos queda de framerate em comparação com o game anterior e o problema grave da construção dos cenários foi corrigido, ou seja, não mais o chão aparecerá embaixo do taxi depois de o automóvel já se encontrar onde o chão já deveria existir. Assim como no game anterior, toda a ação flui em suaves 60 fps.

Por fim, vale constar que a trilha sonora novamente é fantástica, tendo por sua base novamente a banda Offspring, o que, assim como no Crazy Taxi original, casa perfeitamente com o clima do game.

Crazy Taxi 2 está longe de ser uma revolução, está muito mais para um upgrade do game anterior, entretanto, é um upgrade que tão somente melhora algo que já era muito bom. Para quem quer mais da mesma diversão que o primeiro game proporcionou, Crazy Taxi é um game feito para você. Para quem ainda não conhece a série, esse é o melhor game para que comece a jogatina, pois além de ser melhor do que o original, é melhor do que os games da série que vieram depois dele. Para quem não curtiu o game original, Crazy Taxi 2, assim como todo o restante da série, continua dispensável.

 

Eduardo Farnezi

De volta como contribuidor freelancer do site GameHall, um dos fundadores do não mais existente blog Canto Gamer, fundador do blog Gamerniaco e ainda atuante nos projetos do grupo Game Champz e Agência Joystick. Gamer por paixão, cinéfilo por vocação, leitor de mangás e HQs por criação e nerd pela somatória dos fatores. Acredita que os únicos possíveis cenários de apocalipse são Zumbis e Skynet e não sai para noitadas por medo do que Segata Sanshiro pode fazer se encontrá-lo.

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