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Crítica – Alien: Covenant

Em 2012 a franquia Alien tomou novos rumos com “Prometheus“, filme que trouxe o seu criador, Ridley Scott, mais uma vez na direção desde o longínquo “Alien: O 8º Passageiro” de 1979.

Esse renascimento pegou muita gente de surpresa (tanto positivo como negativamente) por se focar, ambiciosamente, em novas direções, evitando a repetição dos filmes antigos e revelando as origens da criatura conhecida como Space Jockey (os alienígenas chamados de Engenheiros), ao mesmo tempo em que explora a sua própria mitologia e ideias.

Para quem espera que “Alien: Covenant” continue a explorar essas novas direções, pode ficar um pouco decepcionado. No entanto, o novo longa vai agradar quem deseja ver mais da famosa criatura assassina na tela – na verdade versões ainda precedentes daquela apresentada do filme de 1979 – e que pouco apareceu no filme de 2012 (um dos pontos mais criticados desse filme, aliás).

O que temos aqui é uma produção que reaproveita bastante da mitologia já apresentada ao longo dos anos nos quatro filmes lançados com a eterna heroína Ellen Ripley (Sigourney Weaver), sem muitas surpresas para você que é fã da série – que se resumem basicamente nas origens da criatura. A participação dos Engenheiros, que poderia ter sido mais explorada, foi bem reduzida em comparação à Prometheus, por exemplo.

Em termos de atuação dos atores, Michael Fassbender rouba a cena ao interpretar dois modelos diferentes do mesmo androide, David e Walter. Katherine Waterston como a forte protagonista feminina Daniels também se apresenta bem na tela, mas o resto do elenco faz o seu trabalho sem grandes destaques.

O filme ainda ganha pontos pela bela direção de arte e fotografia características de Scott, complementadas pela trilha sonora tensa assinada por Harry Gregson-Williams, o mesmo de Prometheus – e também conhecido pelos fãs da franquia de games Metal Gear Solid.

Alien: Covenant” é um filme que vai impressionar quem está conhecendo a franquia agora, mas já os fãs de longa data não terão grandes surpresas como em Prometheus, mas serão agraciados com os melhores momentos de suspense, tensão, ação e carnificina apresentados nesses quase 40 anos de existência. Um capítulo essencial que abre as portas para um terceiro filme.

Nota: 7,5 (escala de 0,0 a 10,0)

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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