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Crítica: Thor

– O Deus do Trovão em uma boa adaptação para os cinemas –

Thor (Thor, EUA, 2011)

Gênero: Ação/Aventura

Direção: Kenneth Branagh

Duração: 114 minutos

Atores: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston, Anthony Hopkins

Censura:

Trailer: Clique aqui

Site Oficial: Clique aqui

Já estamos debulhando o jogo “Thor: God of Thunder” para a publicação em breve da análise, mas enquanto isso vamos aquecendo colocando online a crítica do filme que originou o game (que foi inspirado nos quadrinhos da editora Marvel e que por sua vez, foram inspirados na bela mitologia nórdica). Criado em 1962 por Stan Lee (que criou a maioria dos heróis Marvel), o Deus do Trovão ganhou vida nos cinemas através das mãos do ator/diretor Kenneth Branagh, que não fez nada de muito famoso (além de Hamlet, de 1996 e Henrique V, de 1989).

A Marvel parece ter acertado a mão para fazer adaptações de seus quadrinhos para as telonas, após grandes sucessos como X-Men, Homem-Aranha, Homem de Ferro e agora o loirão Thor (e em breve teremos o Capitão América e em 2012 o filme dos Vingadores). Thor está longe de ser um filme espetacular, mas ele cumpre o seu papel de encantar e divertir o telespectador.

“Pela honra, pela glória, por Asgaaaaaaaaaaarrrdddd!!!”

O herói é protagonizado pelo ator Chris Hemsworth, novato no mercado (mas já quase com os seus 30 anos) que teve sua oportunidade na carreira com este filme. Thor é filho do grande deus Odin (o sempre talentoso Anthony Hopkins), senhor do reino de Asgard, a terra dos deuses. Assim como nos quadrinhos, Thor possui um comportamento arrogante e impulsivo, e acaba provocando uma guerra com os Gigantes de Gelo. Vendo o despreparo de seu filho para assumir o trono, Odin resolve puni-lo, retirando os seus poderes (e o seu poderoso martelo Mjolnir) e o manda para a Terra (quer castigo pior que esse?) para aprender a ser humilde.

Porém, diferente dos quadrinhos, Thor permanece com a sua memória intacta, e acaba assumindo a identidade do doutor Donald Blake, que no filme é apresentado como um ex-namorado da cientista e pesquisadora (nos quadrinhos enfermeira) Jane Foster (a talentosa e lindinha Natalie Portman), que acaba atropelando encontrando Thor na Terra, e sendo o par romântico do herói ao longo do filme (apesar da falta de profundidade em sua personagem, afinal, é ela que deveria “ensinar” humildade e conscientização ao Thor, o que não é muito aproveitado no filme).

“Oh Natalie, eu desisto do Martelo para ficar com você…”

Aliás, o filme apresenta uma boa dose de romance (graças ao diretor Shakesperiano), que certamente vai agradar o público feminino (além dos músculos de Hemsworth, o que pode render para ele futuras capas de revistinhas para adolescentes). Mas não se preocupem, a aventura também conta com boas cenas de ação empolgantes, caso você não seja um fã de romances. Além do casal, o filme também conta com a participação do irmão traidor e ciumento, Loki (muito bem interpretado por Tom Hiddleston), que se aproveita do exílio de Thor para assumir o trono de Asgard.

Apesar de não merecer um Oscar pela sua atuação, Hemsworth consegue fazer um herói bastante carismático, mas ao mesmo tempo forte e bruto, o que combinou muito bem com o valentão personagem. Porém é de Hiddleston o grande destaque do filme, ao dar vida a um dos grandes vilões da Marvel, com um ar frágil e até inocente, mas traiçoeiro e vil. Já o Odin de Hopkins é um show à parte, mas infelizmente aparece pouco no filme. Além deles, Branagah ressucitou a atriz/modelo Rene Russo, que faz o papel de mãe de Thor, mais conhecida por participar nos filmes da série “Máquina Mortífera”.

Odin e seus dois babies

O resto do elenco secundário foi mal aproveitado, como os companheiros asgardianos Sif (a bela Jaimie Alexander), Volstagg (Ray Stevenson), Fandral (Joshua Dallas) e Hogun (Tadanobu Asano). Os colegas de Jane, um cientista desconfiado e uma amiga piadista sem graça, tiveram até destaque demais no filme. Por outro lado, o agente especial da SHIELD, Phil Coulson (Clark Gregg, que também aparece nos dois filmes do Homem de Ferro) faz uma ótima participação. Outro que merece destaque é Heimdall (Idris Elba), guardião da ponte que liga Asgard aos outros mundos, e que possui uma armadura bem estilosa (que lembra o cavaleiro Aldebaran de Touro, na série de anime Os Cavaleiros do Zodíaco).

O filme conta com elementos que os fãs nerds geek de quadrinhos vão se divertir descobrindo, como a citação sutil ao Hulk, a presença também sutil do Gavião Arqueiro, além da menção ao Tony Stark, o Homem de Ferro e a participação (como sempre) de Stan Lee em uma rápida cena (se piscar você não o vê).

nos quadrinhos o Thor dá uns pegas na bela Sif

Os efeitos sonoros e visuais é outro ponto que chamam atenção, com explosões e lutas intensas e destruidoras. A parte visual se destaca ao mostrar o mundo de Asgard, retratando uma civilização com design artístico avançado e belíssimo, o que cria um pouco de contraste com os personagens ao estilo “vikings”.  As batalhas e cenas de ação também estão ótimas, intensas e emocionantes, atingindo o clímax com a luta contra o Destruidor, armadura criada por Odin usada como arma poderosa. Os efeitos 3D são fracos, então quem quiser economizar dinheiro, pode assistir a versão normal mesmo, que não fará muita diferença.

Apesar de estar longe da qualidade de um Homem-Aranha ou Batman: Cavaleiro das Trevas, Thor é um bom passatempo e diversão garantida para todos os públicos, fãs ou não do herói nos quadrinhos Marvel. Agora é só esperar pelo Capitão América ainda em 2011, e no ano que vem a volta de Thor e Homem de Ferro em Os Vingadores. E um aviso: aguarde o fim dos créditos para uma cena extra.

“Grande Chifreeeee”… ops, isso é outra coisa…

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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