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Dark Souls 3: The Ringed City

The Ringed City vem para encerrar uma jornada que começou há alguns anos, quando PS4 e Xbox One ainda nem existiam, como o conteúdo final que veremos na série Souls. Ao começar a expansão, pensei comigo mesmo que esta seria a última vez que eu jogaria algo novo desta maravilhosa franquia, que conquistou milhões de jogadores ao longo de duas gerações de consoles. Após ter me desapontado um pouco com Ashes of Ariandel, fiquei muito satisfeito com o que encontrei em The Ringed City, pois este DLC que é uma continuação direta do anterior, expande de forma excepcional a história do game.

Seus cenários desolados, indo de lugares cobertos por cinzas até pântanos e desertos são muito bem feitos, dotados de um design intuitivo, fácil de memorizar, fazendo com que dificilmente você se perca ao explorá-los. Há também notas colocadas no chão pela própria From Software, indicando o que você deve fazer em certos momentos, que a princípio você pode até mesmo confundir com mensagens escritas pelos próprios jogadores, deixando em dúvida se deve ou não seguir o conselho escrito nelas. Os atalhos que existem entre os cenários foram incrivelmente bem posicionados, lembrando até mesmo aquela interconectividade que existia no primeiro Dark Souls. Há paredes invisíveis que guardam diversos segredos, incluindo uma que dá acesso a um chefe que você só enfrenta depois de resolver uma missão opcional muito bem elaborada, isso sem falar em um quebra-cabeça que caso seja solucionado, lhe dará passagem a uma área mencionada por um dos novos NPCs encontrados nesta última aventura.

No que diz respeito aos inimigos, todos tem um ponto em comum que é a dificuldade. Pode acreditar, você vai morrer bastante até terminar The Ringed City, por mais experiente que seja. Alguns deles tem a capacidade de te matar com no máximo três golpes e aqueles que não conseguem fazer isso, vão complicar sua vida da mesma forma. Existe um gigante equipado com uma espada igualmente imensa, que possui um buraco negro no lugar da cabeça, que vai fazer muita gente chorar. Há também uma espécie de anjo que atira feixes de luz de suas asas que dá um certo trabalho e encará-lo diretamente não é uma opção. Você tem de vasculhar o local onde ele reside até achar quem o está evocando e matá-lo, o que elimina também o anjo. Apenas após isso você terá liberdade para explorar a região que ele estava protegendo. Até lá, terá de correr e se esconder de tudo ao seu redor, caso contrário será aniquilado por este inimigo.

Existe uma vasta quantidade de novas armas que ajudarão você a encarar os desafios impostos em The Ringed City, assim como algumas magias, milagres e piromancias. Isso sem falar em um escudo que literalmente coloca duas portas em suas mãos. Conjuntos de armadura adicionais também podem ser encontrados, para que você possa deixar seu personagem com um novo visual.

O que importa mesmo em The Ringed City no entanto são os chefes. Seus visuais são intimidadores e não por acaso, pois dão trabalho para serem derrotados. Suas lutas estão entre as mais legais e desafiadoras da série. Inclusive, prestando bem atenção, é possível notar uma certa semelhança entre eles e alguns chefes do passado, algo que parece ter sido feito propositalmente para que você se recorde das raízes da franquia. Isso tanto é verdade que em um dos encontros acontece algo que não era visto desde Old Monk em Demon’s Souls, onde você deve enfrentar outro jogador que assume o papel de chefe. Se estiver offline, no entanto, irá encarar um NPC controlado pelo game, em uma luta nada empolgante.

Apesar de não haverem muitos locais para serem explorados e apenas quatro chefes, é provável que você leve umas cinco horas para terminar The Ringed City. Trata-se de uma ótima conclusão para Dark Souls que nenhum fã deve deixar de jogar. Resta saber agora o que a From Software está preparando para tampar o buraco deixado por esta magnífica franquia.

 

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