Análises

Daylight

Após a excelente experiência que tivemos com “Outlast” (seu primeiro DLC chega agora em maio), temos no mercado para PC e PlayStation 4, outro survival horror que promete deixar você com arrepios na espinha. “Daylight“, produzido pelo estúdio independente Zombie Studios (o mesmo dos medíocres “Saw”), é o primeiro jogo a utilizar o novíssimo motor gráfico Unreal Engine 4, mas será que ele consegue convencer como jogo de terror assustador? Continue nos acompanhando e descubra.

Perdida no hospital maldito

A trama é centrada em Sarah, uma mulher que recupera a consciência em um hospital abandonando sem nenhuma memória de como ela chegou lá. Munida apenas de seu telefone celular, que serve como mapa e fonte de iluminação, ela deve explorar o hospital mal assombrado em busca de pistas de seu misterioso passado.

Apesar de ter um início bastante interessante, a história do jogo é bem rasa e sem profundidade, mesmo porque a experiência toda dura apenas umas três horas de jogatina. Sim, o jogo é curtíssimo e durante a primeira hora você talvez leve alguns sustos – aconselhamos a jogar no escuro, com volume alto ou headphones para aumentar o clima – mas logo você vai perceber o maior problema de “Daylight”: a repetição.

Apesar dos cenários mudarem a cada jogada, criando caminhos e quartos diferentes, o jogo se resume a apenas explorar o local em busca de itens e documentos espalhados até ser “presenteado” com a chave para o próximo nível. Mas os objetivos não são muito claros e você pode perder vários minutos andando em círculos tentando adivinhar o que tem que fazer. A falta de um maior número de assombrações mo-mo-monstruosas também não ajuda. Vemos alguns espíritos passando pelos cenários, objetos se mexendo, mas nada realmente assustador. Os inimigos aqui não são um problema, e o medo e tensão são mais em um nível psicológico do que visual.

A parte sonora, por outro lado, é bastante competente, com uma trilha sonora tensa e vários sons e ruídos estranhos que podem ser ouvidos ao longe, que ajudam na atmosfera fantasmagórica. A ambientação também é muito bem construída, com corredores escuros, ambientes caóticos, esgotos e florestas assustadoras, passando a ideia de um local bastante perturbador. Mas, apesar de usar o Unreal Engine 4, o visual gráfico está longe de impressionar, sendo que jogos usando o motor gráfico antecessor conseguem ser mais bonitos na tela.

A protagonista não usa armas, apenas a lanterna do seu celular, bastões fluorescentes e sinalizadores, esses últimos servindo tanto para iluminar como para afastar algumas assombrações do seu encalço. Uma inovação técnica mais interessante é o suporte ao Twitch, que permite que alguém que esteja vendo o seu jogo possa provocar efeitos de som e objetos ao fundo, apenas digitando palavras chaves na janela do chat.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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