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De coadjuvantes a protagonistas, a história das mulheres nos games

Muitos jogos importantes são delas

Ao longo dos anos, os games foram majoritariamente desenvolvido por homens e destinado ao público masculino. De acordo com um estudo de 2006 da Virginia Polytechnic Institute and State University, 45% dos jogos de ação, shooter ou RPG te davam a opção de escolher o gênero do protagonista, mas apenas 4% tinham uma protagonista exclusivamente feminina.  Já em 2010, dos 20 jogos mais bem sucedidos comercialmente nos Estados Unidos, apenas 14% contavam com mulheres como personagens.

Já em 2015, um artigo escrito por Madeline Messer no The Washington Post listou que dos 50 endless runner mais bem sucedidos para os mobiles, 98% daqueles que dava para identificar o gênero de uma pessoa eram protagonizados por personagens masculinos, sendo que destes, 90% eram gratuitos. Destes, 46% contavam com personagens femininas.

Apesar desse cenário, as mulheres foram ganhando espaço ao longo da história dos games e são muito importantes

UM POUCO DE HISTÓRIA COMO PÚBLICO-ALVO E PROTAGONISTAS

O primeiro game que se tem conhecimento que teve uma personagem feminina é o arcade “Score“, de 1977, que atualmente é considerado perdido. Não há imagens e nem nada, só essa informação.

Três anos mais tarde, a Namco lançou Pac-Man, que segundo os desenvolvedores, tinha como o objetivo “atingir o maior público o possível” e é considerado o primeiro videogame que atingiu, com sucesso, as mulheres. Justamente por ser tão bem sucedido com o público feminino, a Midway Games desenvolveu uma sequência chamada Ms. Pac-Man, contando com uma protagonista feminina.

Já em 1986 veio a primeira mulher humana jogável como protagonista de um game influente, que é ninguém menos que a Samus Aran no primeiro Metroid, para o Nintendinho. Antes dela teve outros jogos, como um que homenageia a boneca Barbie, e até mesmo Girl´s Garden do SG-1000, o primeiro jogo de Yuji Naka, considerado o pai do Sonic, mas sem muito destaque.

Em 1988 veio outro game muito influente, o Phantasy Star para Master System, que também contava com uma protagonista feminina, Alis Landale.

Em 1996, a Lara Croft, protagonista do Tomb Raider, ficou entre uma das mais conhecidas personagens ficcionais. Na época, ela foi criticada por setores mais moralistas dizendo que ela tinha seios “irrealmente grandes”, e que ela personifica a cultura da “objetificação e da sexualização das mulheres”. No entanto, os desenvolveres disseram na época que não tiveram a intenção de sexualizá-la.

Já a protagonista Jade, de “Beyond Good & Evil” (2003), foi massivamente bem recebida por mostrar uma mulher forte, corajosa e sem ser muito sexualizada. De lá pra cá, vários games contaram com protagonistas mulheres, sendo que o maior destaque veio em 2013 com games como The Last of Us, Bioshock Infinite, o reboot de Tomb Raider e Beyond Two Souls.

Já em 2018, o game “Battlefield V” gerou uma polêmica “invertida”, já que mostra uma mulher britânica na Segunda Guerra Mundial, o que contradiz a história em que apenas os homens que participaram da linha de frente.

…E AS MULHERES COMO COADJUVANTES E VILÃS?

Como coadjuvantes elas sempre foram figuras recorrentes, especialmente no início em que os games usavam a narrativa de “Donzelas em Apuros”, em que basicamente a mulher é sequestrada e um homem, geralmente o namorado, pai ou irmão, precisa salvá-la.

Os jogos do Mario com a princesa Peach e a Pauline são bons exemplos, assim como a série Zelda e Prince of Persia.  Já nos anos de 1990, a Ada Wong ficou muito conhecida em Resident Evil 2.

Já a primeira grande vilã dos games é a Dark Queen de Battletoads (1991) para o Nintendinho e suas sequências. Em 1994, o jogo System Shock apresentou um sistema de inteligência artificial com uma voz e rosto feminino chamado SHODAN, que era a vilã do jogo.

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