Análises

Dead or Alive: Paradise

– Um paraíso de beldades num jogo chato e monótono –

A série Dead or Alive nasceu da mente (pevertida e tarada) de Tomonobu Itagaki (também responsável pela série Ninja Gaiden) que não estava satisfeito com o modo que os jogos de luta modernos estavam apresentados. Ele então desenvolveu o primeiro DoA, que foi lançado em 1996 para arcades e foi um grande sucesso no Japão. Resumindo, ele pegou um monte de mulher boazuda, encheu de silicone virtual e poucas roupas e pronto, nascia um “clássico” que encheu seus bolsos de dinheiro.

Vários (muitos mesmo) jogos foram lançados com as meninas (foram até para praia jogar vôlei) e finalmente fizeram sua estreia no portátil PSP, como o jogo Dead or Alive: Paradise. O pessoal da Team Ninja deve achar que os gamers são idiotas, pois Paradise não apresenta nada que prenda a atenção do jogador, sendo um caça-níquel dos mais fajutos.

Sim, tem uma mulherada gostosona desfilando seminuas pela telinha do PSP, o qual parece ser o único motivo da produção deste game: oferecer ao público gatas virtuais. O cara que gastar dinheiro num jogo apenas com esse propósito deve sair de casa urgente! Vai para a praia olhas as meninas de bikini, vai passear num dia de calor numa praça, ou então procure no google, há milhões de opções. Mas infelizmente nem isso se salva no game, que apresenta animações bizarras e um visual horrível in-game, tornando difícil de se apreciar as curvas graciosas das meninas (algumas cutscenes até estão bacaninhas, com vários “detalhes” balançando).

Sente só o drama: você irá passar 15 dias (que no jogo se resume a duas longas e monótonas horas) em uma ilha paradisíaca, em que você pode escolher entre 12 beldades da série (algumas bem conhecidas como Tina, Ayane e Kasumi). Ao chegar lá são oferecidas várias atividades para te distrair: há três cassinos (blackjack, poker e slots), você pode fotografar a mulherada, pode jogar volleyball entre outras idiotices (como atravessar uma piscina pulando em plataformas).

A primeira vista pode até dar a impressão que tem muitas coisas para fazer, mas não se engane, os minijogos são chatos e vcê só pode tirar fotos ou ir às compras. Sua liberdade no jogo é praticamente nula, sendo tudo realizado através de menus (você não tem liberdade de andar por onde quiser) e loading times longos.  Tudo é meio “robótico”, com animações estranhas não naturais (só ver o jogo de volley) e jogabilidade limitada e sem resposta.

Após cinco minutos de jogo, você já estará “sacudo” e poderá visitar uma das três lojas do game. Incrível como numa ilha do “paraíso” só tenha porcarias para vender como maiôs feios, bikinis, pulseiras, calçados, livros, bolsa, um violino (?), uma tangerina (?) e outras coisas que não servem absolutamente para nada. O item mais caro é um bikini ultra curto. Você pode comprar presentes para as outras garotas da ilha (para por exemplo conseguir uma parceira para jogar volley). Escolher o embrulho do presente é importante, pois dependendo dela sua colega pode não aceitar o presente.

Quando o dia cheio de “diversão” terminar, você volta ao seu hotel à noite e é presenteado com mais opções chatas e monótonas, o que inclui mudar as roupas da sua personagem e recebem um presente de um cara chamado Zack. Você pode ir ao cassino jogar uma das três (chatas) opções, ganhar algum dinheiro para gastar com itens inúteis. Quando cansar disso, você volta para o hotel para dormir e acordar no dia seguinte, cheio de energia para mais um dia de minigames entediantes.

Há uma opção “Relax” em que sua personagem “relaxa” tomando um sorvete, sentando na beira da piscina, escalando uma árvore ou fazer alguma outra atividade que deixe em evidência os seus dotes físicos, inclinando-se para frente,  empinando a bunda, seios balançando de um lado para outro, e enquanto isso você pode tirar algumas fotografias obscenas das garotas (na verdade isso até é divertido, pois o “desafio” é você tentar ser o mais obsceno possível – você até se sente um tarado perseguindo alguém). A trilha sonora também não ajuda, sendo repetitiva e com diálogos que se limitam a simples exclamações.


Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, desabilite o Adblock para continuar acessando o site!