Curiosidadesr7

Dia do Orgulho LGBT: conheça a história deles nos games

Neste dia 28 de junho é comemorado o dia do orgulho LGBT e, nada mais justo que falar sobre a história deles nos games. Os primeiros personagens que tinham uma orientação sexual diferente da maioria surgiu nos anos de 1980, e na maioria dos casos funcionavam como alívio cômico com personagens caricatos, ou quando eram retratados de modo mais sério, eram os vilões.

O primeiro jogo que se tem conhecimento com um personagem homossexual é o francês Le Crime du Parking, lançado para computadores em 1985 pela Froggy Software. Ao longo da história, é descoberto que o personagem “Paco”, que até então parecia ser do bem, é o verdadeiro vilão. Ele é gay e também envolvido com tráfico de drogas. No mesmo ano, um outro jogo da Froggy Software, Le Mur de Berlin va Sauter, também apresenta um personagem gay que é o antagonista.

Le Mur de Berlin va Sauter possui um personagem gay no papel de antagonista

Já o primeiro game de maior repercussão veio em 1986, Moonmist. Neste, dependendo das escolhas do jogador, a amiga do vilão, a personagem Vivien Pentreath pode ter tido um caso com a Deirdre Hallam.  Também surgiram os primeiros games com personagens cross dressers, como em Police Quest: Open Season, que é o vilão do jogo; o gay bem afeminado Charles de Return of the Phantom; Gabriel Knight The Beast Within, com um vilão gay; Chrono Trigger com a personagem não-binária Flea, um(a) dos vilões(ãs) do jogo; Poison de Final Fight, uma inimiga transexual e até mesmo Birdo de Mario Bros 2, um dos chefes que nasceu menino mas se identifica como menina.

No entanto, ainda nos anos de 1980 houve uma retratação dos LGBTs de modo mais positivo. O primeiro com uma protagonista lésbica veio em 1989 e se chama Caper in the Castro, lançado para disquetes, onde você assume o papel de uma detetive chamada Tracker McDyke e deve descobrir quem capturou seu amigo, a drag queen Tessy LaFemme. Desenvolvido por C.M Ralph, ele disse em uma entrevista que se inspirou na comunidade LGBT de São Francisco, onde foi muito bem recebido.

“Em 1988 eu me mudei do sul Califórnia para São Francisco. Fiquei impressionado e muito grato com a liberdade que a comunidade LGBT tinha na cidade. Queria devolver um pouco para a comunidade e também criar um modo de levantar dinheiro para instituições de caridade que auxiliavam os portadores de AIDS” – disse em entrevista à Paste. No entanto, C.M Ralph teve que lançar uma versão alternativa do game, desta vez chamada de Murder on Mainstreet, censurando toda a temática LGBT por “questões comerciais”. O jogo era o mesmo, mas a orientação sexual da protagonista não era mais explícita, nem que quem foi raptado foi uma drag.

Faris, de Final Fantasy V é uma personagem que nasceu mulher, mas se veste de pirata e detesta usar roupas femininas, preferindo ser reconhecida como homem, indicando ser uma homem trans. Mesmo não sendo um assunto que entra quase em pauta ao longo do game, é notável o quanto os personagens não se importam e respeitam essa característica. Não há deboche e nem menção.

Atualmente, o jogo de tiro Overwatch, por exemplo, tem o Soldier 76 que namorava o personagem Vincent, mas no entanto ambos são solteiros hoje em dia. Outra personagem, Tracer, é lésbica e tem uma namorada, Emily, com quem divide apartamento em Londres. League of Legends tem o personagem Varus, que é gay; Mass Effect, que dependendo das escolhas do jogador, pode colocar o protagonista tendo um romance com uma pessoa do mesmo sexo; The Last of Us, com a protagonista Ellie sendo lésbica.

Life is Strange também é outro exemplo, mostrando a história de uma personagem lésbica, Chloe, com a protagonista Max Caulfield. No caso de ambas dá a entender que há algo “além de uma amizade”, mas a orientação sexual da Chloe é explícita, já que ela tem uma ex-namorada, Rachel, que faleceu antes dos eventos do game, levando a momentos dramáticos e que levam muitos jogadores as lágrimas.

Os games, assim como outras representações audiovisuais, refletem como a sociedade encara este tema, e com os avanços sociais que os LGBTs andam tendo, os jogos também andam retratando os gays com cada vez mais naturalidade.

Dia do Orgulho LGBT: conheça a história deles nos games!

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, desabilite o Adblock para continuar acessando o site!