Análises

Dig Dug

Dig Dug

Dig Dug nasceu nos Arcades japoneses em 1982 e seguindo a tradição, ganhou versões para uma infinidade de consoles, chegando inclusive aos consoles mais recentes, através da Xbox Live e a compilação de jogos clássicos da Namco para Wii e Nintendo DS, intitulada Namco Museum. Como não poderia ter ficado de fora, nosso amado Nintendinho também recebeu uma versão do game em 1985, que mesmo com alguns deslizes conseguia divertir muito.

Acabe com as pragas!

O objetivo de Dig Dug é eliminar as criaturas subterrâneas inflando elas até que explodam, usando uma bomba de ar. Para isso, basta fazer seu caminho pelo solo, cavando buracos até as criaturas e atirar o bico da bomba de ar nos monstros e caso acerte, basta inflar os monstrinhos pressionando os botões B ou A até que explodam. O jogo resume-se basicamente a isso conta com poucas vertentes que modificam a jogabilidade, como pedras que podem ser derrubadas ao cavar por de baixo delas e monstros que podem assumir uma forma “fantasma” e atravessar a terra até os buracos que você criou.

Cada monstro abatido rende pontos e mata-los usando as pedras do cenário garante pontos extras além de serem grandes salva-vidas quando você esta sendo perseguido pelos bichinhos, já que caso alguns deles pegue você seu personagem morre; conforme for ganhando pontos, o jogador é premiado com vidas extras. Por falar nos monstros, ao todo existem somente dois tipos, Pookas, que mais parecem tomates usando grandes óculos amarelo, e Fygars, dragões capazes de soltar fogo (cuidado ao cavar muito fundo em seu jardim, nunca se sabe o que podemos encontrar por lá!).

Como dito anteriormente, ambos os inimigos são capazes de assumir uma forma que mais parece a de um fantasma, onde somente aparece o contorno de seus olhos, ganhando a habilidade de passar pela terra e chegar aos buracos já existentes no mapa ou os que você criou durante a rodada; os monstrinhos não conseguem cavar.

Tendo em vista que os monstrinhos além dessa habilidade “fantasma” andam mais rápido que nosso personagem, o êxito no jogo depende muito do raciocínio rápido e estratégico do jogador. Nos primeiros níveis, a situação é fácil de contornar caso você saia pelo cenário cavando sem muitos cuidados, já que a quantidade de inimigos é pequena, porém, do nível oito em diante a situação muda e a quantidade de inimigos aumenta consideravelmente. Com número maior de monstrinhos para lidar, sair cavando sem muito cuidado permitirá que os inimigos encurralem seu personagem com maior facilidade e vale ressaltar que só é possível inflar um monstro por vez.

O objetivo que antes parecia fácil de realizar começa a se mostrar bem mais complicado e esse desafio e exigência é o que torna o game divertido. O que hoje falta nos games atuais tinha de sobra antigamente, games que exigiam cada vez mais do jogador, sempre tendo que se superar seja nos pensamentos rápidos ou apurar nossos reflexos como também em sempre repensar nossas estratégias, já que cada nível apresentava dificuldade maior que o anterior. Nesse quesito, Dig Dug faz um ótimo trabalho, obrigando o jogador a cada nível tomar mais cuidado com suas atitudes e além de obrigar um pensamento cada vez mais rápido, já que com 5 ou mais monstrinhos atrás de você não há muito tempo hábil para pensar no que fazer.

É possível jogar também com um amigo no modo “multiplayer” que funciona da mesma maneira que outros jogos do gênero, como Pac-Man e Bomberman, ou seja, cada jogador joga em turnos diferentes, quando um morre ou passa de fase, a vez passa para o outro e assim por diante.

Pequenos deslizes

Como todo game, Dig Dug também está sujeito a falhas de seus desenvolvedores e aqui fica bem evidente algumas delas. A começar pela falta de variedade, que apesar de mostrar a cada nível um desafio maior peca por não trazer nada de novo em seus infinitos leveis – você irá do começo ao fim de suas vidas no jogo matando sempre os mesmos tipos de monstros, no mesmo tipo de terreno que apenas muda de cor.

Outro problema é que os controles por vezes parece não responder de forma adequada. Não é incomum você apertar o direcional para cima e o personagem continuar andando para o lado, o que em alguns momentos significa a morte. Esse problema além de incomodar é de certa forma imperdoável, tendo em vista que o jogo tem somente seis ações, que são andar para todas as direções usando o Direcional e apertar um botão de ação, seja ele o B ou A, além do botão Pause para pausar o jogo. É bom também tentar evitar movimentos que irão requerer um tempo de ação muito curto, como por exemplo, virar o personagem e já atacar logo em seguida, já que por vezes, ele simplesmente vai ignorar o segundo comando e só vai virar o personagem, deixando você a mercê do inimigo que o perseguia.

São pequenos deslizes que não comprometem de forma significativa a jogatina, mas que impedem o jogo de proporcionar uma diversão maior.

Poderia ser melhor

Dig Dug também deixa a desejar na questão técnica, com gráficos e efeitos visuais simples além de modelos sem muitos detalhes. Os cenários tem praticamente nenhuma variação, mudando apenas as cores e a quantidade de buracos onde os inimigos estão, algo comum em jogos do gênero Labirinto, como Pac-Man.

Por outro lado os efeitos sonoros estão presentes na maioria das ações do game e são bons, mas nada que se destaque muito. A jogada com a trilha sonora é bacana, já que ela somente toca quando seu personagem se movimenta, lembrando um pouco os desenhos animados clássicos. Mas, possui somente uma faixa que fica mais agitada quando sobra somente um monstrinho.

 

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