A equipe paiN Gaming estava imbatível no final do ano passado devido ao valor agregado à equipe pelos sul-coreanos Lactea e Olleh, respectivamente atirador e suporte do time. Apesar de não terem conseguido a vitória no campeonato brasileiro, após o final do mesmo, era extremamente difícil parar os meninos dentro de jogo, apresentavam uma sinergia ímpar e tinham parecido finalmente superar a barreira linguística (com esforço memorável de Olleh para aprender nosso idioma, estudando com a ajuda de seus fãs em streams). Parecia que em 2015 o paiN Gaming finalmente conseguiria voltar à supremacia do cenário competitivo de League of Legends.
A burocracia acabou com aquele time dos sonhos, entretanto, pois os cyber-atletas estrangeiros se viram obrigados a voltar para o seu país de origem devido à expiração dos vistos de turista – o prazo é de 6 meses – e à falha em obterem um visto de trabalho, apesar de todos os esforços da organização. Isso obrigou o time a passar por uma reformulação no começo do ano de 2015, desfalcados em dois jogadores.
Em meio a essas mudanças forçadas, chegou ao nosso país o francês Hugo “Dioud” Padioleau, recém-sagrado como o primeiro estrangeiro campeão da final regional brasileira, no último dia 8, em um Allianz Parque com pelo menos 12 mil fãs. O francês divulgou recentemente em sua página no Facebook que conseguiu obter o visto de trabalho, podendo agora viver no Brasil e continuar trabalhando como cyber-atleta, sem ter medo de sofrer do mesmo destino de Lactea e Olleh. É sem dúvida um grande passo rumo à profissionalização do cenário brasileiro de e-sports, o que já acontece nos Estados Unidos há algum tempo. Parabéns a todos os envolvidos.
