Pedro Fernandes, enviado especial a Los Angeles – Apenas uma sessão de 15 minutos de testes com o novo portátil da Sony, o PS VITA. Mas valeu a pena! A espera foi longa, quatro horas e cinquenta minutos em uma fila interminável. Indo direto ao ponto, posso dizer com toda a certeza que o PS VITA é fantástico e tem tudo para tornar uma experiência portátil sem igual.
Não pretendo entrar em detalhes dos jogos, pois não há nada além de tudo que já foi mostrado nos vídeos e na conferência da Sony na E3.
Considero o PSP um dos eletrônicos mais bem sucedidos em termos de design. Até hoje ele parece ter sido concebido ontem. É bonito e eficiente na pegada, apesar de problemas de precisão com o controle analógico de face e outras pequenas coisas. Acredito que a Sony aprendeu com os erros do seu primeiro portátil e utilizou tudo que podia para resolver isso no PSV.
O aparelho é surpreendentemente leve, principalmente sabendo que não é o produto final. Creio que seja mais leve que um PSP Slim. A tela de OLED é enorme, com brilho e cores fantásticos. O acabamento arredondado do portátil faz os botões de ombro (L e R) se encaixarem perfeitamente nos dedos indicadores e as depressões na parte traseira adicionam uma pegada macia e firme. A largura é praticamente a mesma do PSP, e como a tela é maior, os botões e analógicos de face diminuíram um pouco,mas sem prejuízo na anatomia e usabilidade.
A ideia da Sony com o PSV é levar toda a experiência do console de casa para o seu bolso, utilizando um portátil com potência que se equipara a do PS3 e funcionalidades como salvar seus jogos na nuvem e importá-los para o portátil para continuar ao sair de casa. Essa funcionalidade não foi mostrada na prática, mas em termos de hardware acredito que estão muito bem servidos. O jogo mais impressionante é, logicamente, “Uncharted”. Com certeza ele não tem todos os detalhes de iluminação e texturas que os anteriores para PS3 possuem, mas na tela pequena o visual parece exatamente o mesmo.
Os novos analógicos, agora dos dois lados do aparelho, são pequenos, mas funcionam de maneira parecida com os analógicos dos controles de consoles de mesa, não se movem mais sobre a superfície (como no PSP e 3DS) e sim, ao redor de uma esfera, facilitando muito o controle na pressão que você utiliza para jogar e, acreditem, funciona muito bem. Foi um alívio perceber isso, pois muitas vezes jogando PSP me vi preferindo alterar configurações para utilizar o controle digital ao invés do analógico.
A tela de toque traseira pode ser utilizada para ações complementares,como demonstrado no “Uncharted” para mover Drake enquanto está pendurado na parede. Nas demos que joguei, o uso dessa função foi bem limitado aisso mesmo. As possibilidades são promissoras e fica a cargo dos desenvolvedores a criatividade ao utilizar essa função.
O único problema que ainda vejo no PSV é a falta de mais dois botões de ombro, que são padrões no PS3 e X360. Se a Sony pretente criar a possibilidade de jogar o mesmo jogo com a mesma experiência nos dois aparelhos, a falta desses botões pode ser um problema. É até possível simular o uso deles na tela de toque traseira, mas o acesso a essa tela não é tão rápido quanto manter os dedos ao alcance dos botões de ombro. Acredito que para jogos originais isso não será um problema (nunca foi um problema no PSP), principalmente sabendo que agora temos um analógico do lado direito para controles de câmera, por exemplo.
Me sinto extremanente aliviado de ver que o portátil atendeu a todas as minhas altas expectativas. Ainda existem algumas questões a serem discutidas, como a necessidade de ainda existirem consoles portáteis em um mundo que está sendo dominado por smartphones super potentes, por exemplo, mas isso fica para outra oportunidade. O momento agora é de continuar saborear a experiência de ter jogado um novo console muito antes do lançamento e processar todas essas informações.
