Análises

Donkey Kong Country: Tropical Freeze

O gorilão da Nintendo sempre foi protagonista de excelentes games nos consoles da empresa e o novo “Donkey Kong Country: Tropical Freeze” não é diferente no seu Wii U. O jogo foi desenvolvido pela Retro Studios, responsável por outros títulos para a Nintedo, como jogos da série “Metroid Prime” e o “Donkey Kong Country Returns” do Wii, o que significa que o macacão está em ótimas mãos. E “Tropical Freeze” é o que todo game deveria ser: pura diversão, do início ao fim! Se você possui um Wii U, eis um título que é obrigatório em sua coleção. Confira abaixo o que nós achamos de “Tropical Freeze”!

Invasão na Ilha Donkey Kong

Como em todo bom jogo de plataforma 2D, a narrativa é simples e direta, mas boa o suficiente para colocar nosso amigo devorador de bananas de volta à ação. Um grupo de criaturas vikings conhecidos como Snowmads, composto por bichos como morsas, corujas e pinguins, invadem e congelam a ilha tropical de Donkey Kong. Nosso protagonista, que estava alegremente comemorando seu aniversário, agora tem que deixar a festança de lado para expulsar os invasores, e para isso ele conta com a ajuda de Diddy Kong, Dixie Kong (fazendo sua primeira aparição desde “Donkey Kong Country 3” de 1996) e pela primeira vez jogável na série o rabugento Cranky Kong.

Como nos jogos anteriores, é possível duas pessoas jogarem cooperativamente, o que deixa a experiência ainda mais divertida. “Tropical Freeze” também marca o retorno das fases aquáticas (com tema musical e tudo!), que não estavam presentes no jogo de 2010. Para salvar sua ilha congelada, Donkey Kong e sua turma devem passar antes por um arquipélago com diferentes paisagens, que variam seus temas, como praia, selva, alpes e savana, todas recheadas com áreas aquáticas. Os cenários são dignos de um filme do Rei Leão.

Visualmente o jogo está incrível, com cores vibrantes que pulam aos nossos olhos e animações graciosas, agora pela primeira vez em alta definição, o que garante um nível de detalhes mais detalhado e minucioso. Aliás, o design artístico é impecável, tanto dos cenários ao fundo, como dos personagens principais, dos inimigos e dos chefões. Tudo é muito variado e percebe-se que foi feito um esforço claro para trazer coisas diferentes e novas em mecânicas clássicas, como andar em vagões ou em rinocerontes. A trilha sonora é deliciosa, composta por David Wise, que trabalhou em vários títulos da franquia, inclusive os três do Super Nintendo. Então pode esperar por temas conhecidos remixados, com um ar alegre e acompanhamentos de percussão geniais.

A jogabilidade é um dos grandes destaques aqui, seguindo o estilo clássico do gênero e quem já jogou títulos anteriores da franquia, vai se sentir em casa, já que pouca coisa mudou, com a adição de poder puxar itens enterrados no chão e de ser possível agarrar inimigos tontos e jogá-los em cima de outros. O jogador assume o comando de Donkey Kong (infelizmente não é possível escolher os outros), que pode ser auxiliado pelos seus outros três companheiros. Não há muitas diferenças entre eles, mas algumas áreas só podem ser alcançadas com personagens específicos, o que garante a experimentação com todos.

Diddy usa um jetpack nas costas, excelente para cruzar longas distâncias; Dixie usa seu rabo de cavalo como hélices para planar no ar e Cranky usa sua bengala para quicar no chão ao melhor estilo Tio Patinhas em “DuckTales“. Há uma barra para o movimento especial “Kong-Pow”, que faz com que os dois personagens derrotem todos os inimigos da tela e os transformem em itens, que vão variar dependendo do companheiro. De forma geral, o jogo exige um alto grau de habilidade e precisão do jogador para pular plataformas, usar inimigos como trampolins e velocidade para passar em situações mais complicadas.

Tropical Freeze” está longe de ser um jogo super difícil, mas ele tem as suas pegadinhas ardilosas (especialmente se você não está acostumado com jogos 2D), principalmente quando é para pegar as peças colecionáveis da palavra KONG ou as do quebra-cabeças, que são irresistíveis e geralmente situadas em lugares onde a morte é algo certo. Por outro lado, o jogo oferece dezenas de vidas por cenário, e rapidamente você chega a ter 50 ou mais vidas, prontas para usar e abusar – e prepare-se para perder uma boa parte delas. O jogo dura cerca de 8 a 10 horas, mas para acessar todas as áreas secretas e apanhar todos os colecionáveis, além dos Time Trials, pode somar mais umas boas horas no repertório.

Infelizmente o GamePad carece de funcionalidades mais originais, coisa que a Nintendo havia prometido fazer em seus novos games. Podemos jogar nele (e apenas nele, sem poder ver o jogo na TV), mas isso quase todos os jogos do console permitem, não sendo a ferramenta revolucionária que deveria ser.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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