Análises

Dragon Ball Z: Burst Limit

– KAME HAME HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!! –

Até você leitor que não é fã de animes (os famosos desenhos japoneses) já deve ter lido ou escutado a frase acima em negrito. O anime Dragon Ball, criado em 1984 para entreter as crianças japonesas tornou-se uma das franquias mais lucrativas do mundo, aparecendo em todos os consoles de videogames desde a sua criação. O seu criador, Akira Toriyama, é também famoso no mundo dos games, com trabalhos em seu currículo como “Chrono Trigger”, “Dragon Quest” e “Blue Dragon”, para Xbox 360.

A franquia já rendeu ótimos jogos para os consoles da geração passada e o mais aclamado deles foi a série “Budokai Tenkaichi”. Agora DBZ chega aos consoles da nova geração, PS3 e X360, através do game Dragon Ball Z: Burst Limit, da produtora Dimps. Terá a nova geração recebido um game melhor que os da última? Confira em nossa análise.

 


Os Modos

Se você for novato no mundo de DBZ, há vários modos de treinamento antes de se começar o jogo principal. Temos o modo Z Chronicle, o principal em que você desbloqueia várias coisas, o tradicional e divertido Versus, o Trial, em que você pode desbloquear mais dois modos (Time Attack e Battle Point), Tutorial e Training.

Depois de toda essa maratona você já pode começar o jogo e a primeira coisa que irá notar é o visual chapante de desenho animado, graças ao belo uso do cell shading e com ótimos efeitos de luz e sombra. Vai rolar muita pancadaria no jeito DBZ de ser, ou seja: batalhas no ar, raios superpoderosos e cenários que podem ser arrasados. O visual do game reproduz com perfeição a obra original. Todos os personagens estão fielmente retratados no game, nos mínimos detalhes.

O modo história segue fielmente a história do anime Dragon Ball Z, por isso é recomendável que você já tenha assistido, a diversão será maior, caso contrário poderá ficar meio perdido. A história vai desde o início da saga Z até o fim da Cell Saga, que não é muito longa (e também não é das minhas preferidas). Temos várias animações, geralmente no começo e no fim das lutas, para dar um clima. A famosa cena de Goku e Vegeta “com uma força acima de 9000 unidades” está lá igual ao anime, para a alegria de todos os fãs.

Pancadaria rola solta

Como já era de se esperar de um game DBZ, temos muita pancadaria com uma jogabilidade sólida, parecida com a do “Budokai Tenkaichi”, mas até mais simples. É muito fácil para qualquer pessoa (sim, até você que não é muito chegado em games de luta) aprender todos os comandos, até daqueles golpes mais fortes. O difícil mesmo é aplicar vários desses golpes durante a luta, que são muito rápidas, mas nada que um pouco de treinamento não resolva. E quando você perceber, estará dando golpes igual ao anime, com uma série de combos no chão que continua no ar finalizando com um super-raio mandado seu oponente de volta ao solo.

E falando em golpes é claro que não podiam faltar as auras de energia, as transformações em Super Saiyajin, perseguições, teleportes, combos devastadores, batalhas aéreas e uma infinidade de variações de golpes para cada personagem, o que com certeza vai agradar aos fãs de Goku e companhia.

Você ainda pode escolher um parceiro para torcer em sua luta (só torcer, ele não é selecionável), que são chamados de “Drama Pieces”. Durante uma luta, seu parceiro (ou parceira) vai encoraja-lo a continuar na luta (caso você esteja levando muita pancada) e você pode ganhar mais um pouco de energia, ou ainda ser ajudado na defesa ou bloqueando um golpe. Bacana não? Se tiver um kamehamaha vindo, jogue o parceiro na tua frente e deixe-o levar todo o impacto por você. Mas que fique claro, isso só é possível em determinados momentos, não o tempo todo.

Os contra-ataques são bem eficientes quando dão certos, podendo virar o jogo. O adversário pode escapar de uma surra com o teleporte, os raios podem ser rebatidos ou devolvidos, deixando tudo muito equilibrado.

A trilha sonora é muito boa, feita por ninguém menos que Hironobu Kageyama, que já gravou dezenas de músicas para o anime (inclusive a Cha-La-Head-Cha-La). As dublagens estão excelentes, até mesmo as em inglês, que estão bem convincentes. Mas nada como ouvir a incomparável dublagem japonesa, com a voz de Goku parecendo a de uma mulher histérica, que, diga-se de passagem, sempre é um bom bônus.

Os Defeitos

Mas como nem tudo é perfeito, Burst Limit tem os seus aspectos negativos. Os fãs mais hardcore vão achar o game muito curto, indo apenas até a saga de Cell. Nós temos aqui apenas cinco fases com 21 personagens selecionáveis, o que é bem longe dos mais de 100 personagens e 15 cenários de Budokai Tenkaichi. Temos os personagens clássicos como Goku, Gohan, Vegeta, Kuririn, e os vilões Frieza e Cell. E temos até Broly, o saiyajin lendário, que apareceu em longa-metragens do desenho. O jogo é muito simples e curto, poderia haver outras modalidades para deixa-lo mais interessante. As cenas dramáticas que aparecem durante a luta em golpes especiais, defesas, evasão de movimentos, podem depois de um tempo se tornar muito repetitivas, já que não há uma variação nessas animações.

It´s over NINE THOUSAND!!!

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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