Análises

Dragon Quest IV: Chapters of the Chosen

– O clássico do Dragão está de volta –

A série Dragon Quest é uma das mais populares no mundo dos RPGs, especialmente no Japão em que sua popularidade chega a rivalizar à de Final Fantasy. Seu primeiro título, lançado em 1986 para o Nintendinho pela então Enix (e hoje Square-Enix) fez um sucesso fenomenal, e até hoje, depois de 20 anos, a série continua com força total. Criado por Yuji Horii, com belas músicas compostas por Koichi Sugiama e com o character design por Akira Toriyama, autor de Dragon Ball, foi um sucesso absoluto e hoje está em sua oitava saga (com o nono capítulo a sair em 2009).

Os três primeiros títulos contam a história do descendente do herói lendário de Loto, contra o malvado Ryuou (rei dragão). Do quarto ao sexto jogo a trama é enfocada em um castelo no céu chamado Zenithia, uma referência ao paraíso.

Apesar de aqui no ocidente Dragon Quest não ter o mesmo apelo como lá no outro lado do globo, a série conquistou vários fãs, inclusive aqui no Brasil. Com o sucesso avassalador do Nintendo DS, não demorou muito para a Square-Enix anunciar um remake de três dos oito jogos principais da série para o portátil: Dragon Quest IV, V e VI.

Enquanto os japoneses já jogam o DQV, por aqui chega finalmente, traduzido para o inglês, DQIV. Vale lembrar que DQV e VI nunca foram lançados no ocidente. DQIV em sua primeira semana de vendas em solo nipônico vendeu aproximadamente 600 mil unidades. Agora que você já ficou por dentro do básico sobre Dragon Quest, vamos para a análise do remake deste clássico, que já havia ganhado um remake para o PS1, e agora retorna para conquistar uma nova safra de fãs no NDS.

Como já era de se esperar, o jogo possui uma história épica envolvente, com um trama que irá te prender e com personagens carismáticos (com o toque genial de Toriyama). E a forma como essa história nos é mostrada é o grande triunfo de DQIV.

DQIV possui muitos personagens memoráveis, mas que serão mostrados em partes separadas na história. A trama é dividida em seis capítulos, sendo que os quatros primeiros você irá jogar com um personagem principal diferente, quando então todos os personagens se juntam num grupo principal para a grande conclusão.

Cada personagem possui sua própria trama e objetivos, como a dupla de irmãs feiticeiras que buscam vingança pela morte de seu pai, uma princesa que foge do seu reino para viajar pelo mundo, um cavaleiro que deixa seu reino para investigar uma sinistra profecia, entre outras personalidades que irão aparecer ao longo do game.

Eventualmente, essa galera toda vai se encontrar em um ponto da história e a narrativa vai ficando cada vez mais interessante. Cada personagem possui personalidades bem diversificadas entre si que irá encantar o jogador. A jogabilidade é bem simples e com uma mecânica de batalha fácil de se acionar. Esqueça os menus e submenus complicados, seqüência de comandos e combos complicados. Ao melhor estilo Phantasy Star, os combates mostram seus inimigos em sua frente e você tem quatro opções para agir: ataque, magia. Item e defesa. Simples não?

O que pode entediar alguns jogadores é que as batalhas são aleatórias pelo mapa, então se prepare para muitas lutas durante sua jornada. A vantagem disso é você poder ganhar níveis mais rapidamente e assim poder enfrentar inimigos mais fortes. Apesar da quantidade de batalhas, elas são no geral muito fáceis e infelizmente a variedade de monstros não é muito grande, podendo se tornar enjoativo rapidamente.

Os gráficos estão longe de ser algo revolucionário, pelo contrário, possuem um ar nostálgico e se parece muito com RPGs mais antigos, o que certamente é uma grande vantagem. Os gráficos foram refeitos tendo como base a versão do PS1, mas agora estão mais nítidos, cristalinos e bem coloridos. Sprites muito bem feitos e detalhados ao extremo, ambientes 3D e uma impressionante apresentação na tela dupla do DS serão suficientes para agradar aos fãs da série. A trilha sonora foi bem composta, com temas soberbos para cada um dos capítulos e uma intensa canção para as batalhas. O game possui aproximadamente 40 horas de jogatina, mas que podem ser aumentadas pelas várias side-quests e participando de outras atividades.

Márcio Pacheco

Márcio Alexsandro Pacheco - Jornalista de games, cultura pop e nerdices em geral. Me add nas redes sociais (links abaixo):

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