AnálisesGames

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age

Em julho de 2017, Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age chegou ao 3DS e PS4 no Japão. Agora, pouco mais de um ano depois, chegou a vez do ocidente receber o 11º título principal da franquia em versões para PC PS4, que também é uma das séries de JRPG mais aclamadas de todos os tempos. Confira nossa análise.

Em DQXI retornamos a Erdrea, cenário de DQIX, onde a Grande Árvore da Vida (Yggdrasil) é a fonte de tudo que está ao nosso redor. Como protagonista desta nova aventura temos um jovem de 16 anos, que após subir até o alto de uma montanha para encontrar espíritos do passado (seguindo a tradição de seu vilarejo) descobre ser a reencarnação de um grande herói e que seu destino é lutar contra aquele que é conhecido como Senhor das Trevas. Tal revelação conduz nosso guerreiro a uma viagem pelo mundo onde fará muitos amigos.

Uma história sobre “o escolhido” não é nenhuma novidade, mas o que torna a trama de DQXI divertida não é sua premissa clichê, mas sim o jeito que a trama é contada e se desenrola, com personagens coadjuvantes muito bons e carismáticos, graças ao trabalho artístico de Akira Toriyama. A trilha e efeitos sonoros nostálgicos que nos faz recordar os tempos dos PSone colaboram para deixar a trama mais envolvente e próxima dos JRPGs clássicos.

Embora o jogo passe uma sensação de mundo aberto, a aventura tem uma jornada linear. Sim, há liberdade para andar pelos cenários, mas o progresso consiste literalmente em fechar uma missão e seguir em frente. Sendo assim, as missões secundárias são altamente recomendadas, pois complementam sua experiência e ajudam a fugir da “monotonia”. O caminho é recheado de batalhas aleatórias, como já é tradicional da série, mas o destaque aqui é a liberdade durante as batalhas de turno que permite ao jogador andar pelo cenário enquanto desfere golpes e estratégias.

Os gráficos de DQXI estão muito bonitos e não parece ser um game com mais de um ano de idade. Os personagens são bem modelados, com roupas e ornamentos detalhados. Além disso, os personagens também se destacam pela expressão humana, visível em seus movimentos nas cinemáticas, tanto corporal como facial. Já a ambientação e geografia também são admiráveis, pois mesclam a beleza do traçado de animação com texturas mais realistas.

Infelizmente o jogo não tem legendas em português, algo realmente curioso, principalmente por se tratar de um título da Square Enix. Esta ausência de localização é uma pena, principalmente porque o jogo apresenta personagens que falam inglês com muitos sotaques, o que pode acabar prejudicando a experiência dos jogadores brasileiros que não tenham pleno domínio do idioma. Mesmo assim, até os mais fluentes em inglês podem eventualmente ter que recorrer ao dicionário para entender algumas palavras.

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age é um JRPG raiz com pele de nova geração. Não é a primeiro jogo da série nos consoles/PC atuais, por isso chega ao mercado mais maduro. Ele traz a fórmula consagrada da “jornada do herói”, mas de um jeito carismático e divertido, sem cansar o jogador ou se perder no meio da história, sempre apresentando novos personagens interessantes. A jogabilidade fluida e dificuldade equilibrada deixa ainda mais leve a campanha principal com cerca de 80 horas. É um jogo indispensável no catálogo de quem gosta das aventuras clássicas proporcionadas por RPGs japoneses.

Gabriel Magalhães

Colaborador do GameHall, fundador do Forever Jogando e Analista de Marketing.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, desabilite o Adblock para continuar acessando o site!