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É justo condenar um game por que “envelheceu mal”? | OPINIÃO

Tudo envelhece nessa vida, incluindo os games

Uma coisa é fato: tudo que está no mundo passa por um processo chamado “envelhecimento”. Afinal, os anos passam e a ação do tempo faz com que aquilo que já foi símbolo de novidade passe a ser enxergado como “algo antigo”. Dentro deste contexto, há muitos argumentos dados pela comunidade gamer que “jogo tal envelheceu mal” ou “jogo tal envelheceu bem”.

Este argumento não permeia só os games, mas sim qualquer coisa que passa por esse processo, como filmes, séries, novelas etc. No caso dos jogos eletrônicos, o “envelhecer mal” se refere a games que eram divertidos ou com visuais impressionantes para determinado momento, porém com a ação do tempo ele deixou de ser divertido ou visualmente impressionante. Já os que “envelhecem bem” são justamente aqueles que, independente da época, são divertidos ou visualmente bonitos.

Um bom exemplo de jogo que tem visuais bem legais até hoje é o Yoshi Island para o Super Nintendo, que conta com técnicas, efeitos de transparência e distribuição de cores que são muito legais.

Já um título que era impressionante para a época e hoje em dia tem gráficos bem datados é o primeiro Sonic Adventure, que impressionava por ter a melhor resolução em um game, uma quantidade absurda de polígonos, e até mesmo o fato do personagem mexer a boca pra falar era algo pouco visto na época. No entanto, Sonic Adventure continua sendo considerado divertido, mesmo que visualmente não seja muito atraente.

Então é inegável: há jogos que “envelhecem bem” e jogos que “envelhecem mal”. No entanto, a pergunta do título é: é justo condenar um game porque envelheceu mal? E a resposta simples e direta é: NÃO.

Os jogos não têm obrigação de “envelhecer bem” ou “envelhecer mal”, e eles existem para atender uma demanda do público e do mercado de determinado período. É como condenar o Sonic 1 do Mega Drive como um “jogo que envelheceu bastante” ignorando toda sua importância histórica e contribuição para o mundo dos games, e o mesmo para o primeiro Super Mario Bros ou o primeiro Zelda, que para hoje em dia são extremamente simplórios, mas foram revolucionários em suas épocas.

A única coisa que conta, realmente, é se um game diverte ou não, e isso vai da subjetividade de cada um. Haverão jovens que não terão preconceitos com os gráficos “quadradões” e jogabilidade “tanque” do primeiro Resident Evil, enquanto muitas pessoas mais velhas vão olhar para ele e dizer: “Nossa, isso era legal naquela época”.

Os games envelhecem, mas se eles marcaram uma geração e contribuíram para a indústria, continuam sendo importantes em qualquer época e merecem ser respeitados.

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