“Aliens: Colonial Marines” é um jogo tão terrível que acabou indo parar num processo na justiça, movido por um jogador insatisfeito alegando propaganda enganosa da produtora Gearbox e a publisher Sega. A produtora alega que não tinha nenhum envolvimento com o marketing do game, jogando a batata quente para a Sega, mas nesta terça-feira (2) a mãe do Sonic apresentou uma papelada que pode provar o contrário, e que a Gearbox também estava envolvida na publicidade do título.
Desde o seu lançamento em 2013 o jogo foi uma dor de cabeça cheia de polêmicas, tanto para as empresas como para os jogadores que o compraram e tiveram que enfrentar vários bugs e defeitos grotescos, numa qualidade muito inferior ao da demo apresentada na E3 de 2011. A Sega gastou US$ 1,25 milhão para fazer um acordo para reembolsar jogadores que fizeram a pré-compra do produto.
De acordo com o advogado da Sega, a Gearbox participou igualmente em termos de marketing, e em alguns casos, chegou a ultrapassar os limites ou manter no escuro sobre certas decisões, impostos pela Sega. Segundo ele, a Sega era obrigada por contrato a consultar a Gearbox em todas as atividades de marketing, acrescentando: “as partes tiveram que concordar mutuamente nos ‘detalhes de marketing’. A participação da Gearbox – em particular de Randy Pitchford [CEO e cofundador da Gearbox] – foi um elemento chave na estratégia de marketing de ‘Aliens: Colonial Marines’ desde o início“.
A documentação ainda observa que Pitchford é uma “celebridade e desenvolvedor respeitado e tem a garantia de ser material de manchete na cobertura da imprensa em todo o mundo“. Segundo os documentos, a demo da E3 2011, que muitos apontam como ponto crucial da publicidade enganosa, foi totalmente criado pela Gearbox, e que após a apresentação, representantes da desenvolvedora disseram para a Sega “que seguiriam a fórmula da demo para a finalização do jogo“, em um email interno entre as empresas.
Segundo a documentação, Pitchford passou por cima das decisões da Sega e “fez o que bem entendeu para divulgar o jogo“, como por exemplo vazar imagens não aprovadas, falar além do combinado em entrevistas e eventos e a produção da polêmica demo, que deveria ser um preview do produto final – o que, obviamente, não aconteceu. Na documentação são apresentado oito outros exemplos em que a Gearbox passou por cima das recomendações da Sega na divulgação do produto.
Enfim, a caca foi jogada e o ventilador está girando a toda velocidade, ficaremos no aguardo dos próximos dias para ver que fim essa novela terá.
