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Entrevista: Capitão da Detona, tiburci0 vê compromissos internacionais como fonte de aprendizado e experiência

André “tiburci0” durante as finais da 4ª temporada da ESL LA League (Foto: Draft5)

Depois de cair frente à W7M Gaming na grande final da 4ª temporada da ESL LA League, a Detona Gaming tem dois compromissos internacionais para se preparar.

Já na semana que vem, nos dias 7 e 8 de junho, a equipe tem compromisso marcado em Estocolmo, na Suécia, onde disputará a Esportal Global Finals, direto da Inferno Online, a maior e mais renomada lan house do mundo. Em seguida, entre os dias 18 e 23 de junho, os Pitbulls estarão em Montpellier, na França, para disputar as finais da ESL Pro League Season 9, ao lado dos melhores times do mundo, representando o Brasil ao lado de Luminosity Gaming e MIBR.

Dias antes das finais da LA League, o GameHall conversou com André “tiburci0”, capitão da Detona, que falou um pouco sobre a experiência internacional que a equipe veio adquirindo ao longo dos últimos torneios disputados. Tiba também comentou sobre os próximos grandes desafios da equipe e colocou a Detona como o melhor time do país atualmente. Confira a entrevista completa:

Como está a expectativa para os próximos torneios internacionais que vocês disputarão?

Tiba: Eu diria que a expectativa está bem alta, eu acho que serão os campeonatos mais importantes que a gente já disputou nas nossas vidas, a gente com certeza vai dar o nosso melhor, e o principal é aprender e adquirir experiência lá fora. Eu acho que esses torneios internacionais nos trazem um jogo muito diferente, nos dão uma abertura para aprender muita coisa e pegar muita experiência. Esperamos jogar contra times que na teoria são melhores, times experientes, em especial os europeus, que tem muita bagagem, e tentar aprender ao máximo com isso.

Recentemente vocês disputaram presencialmente a etapa classificatória para as finais da ESL Pro League. Quais as diferenças entre o clima presencial lá fora e aqui?

Eu acho que não tem muita diferença não, a competitividade é grande e igual em ambos os locais, ela é sempre muito forte. Aqui no Brasil, a gente joga contra times que já temos uma rivalidade maior e lá fora, jogamos contra times que não conhecíamos tanto (apesar de ter a Isurus que é um dos times que temos muita rivalidade). Lá (na Pro League) era mais uma coisa de dar o nosso melhor para conseguir a vaga, não existia tanto uma rivalidade de querer ganhar de tal time e sim de querer ganhar o campeonato no geral, porque aqui a gente joga os campeonato para ganhar de “time x” e lá a gente jogou muito mais para garantir a vaga do que com o pensamento de ganhar ou perder de um time em específico. Eu diria que o clima presencial lá fora é bem mais tranquilo e aqui é mais rivalidade.

Dos adversários classificados para a França e para a Suécia, quais vocês querem mais jogar contra?

Dos já classificados para a França tem MIBR, FaZe, Liquid, Astralis… eu acho que a gente quer jogar contra todos os times bons e fazer o nosso melhor. Eu não vou falar que nós queremos espancar a Astralis ou o MIBR, muito pelo contrário, eu quero jogar e mostrar que a gente tem bala para trocar, tem skill, tem estratégia o suficiente para isso. No caso da Suécia, para ser sincero, eu não sei muito bem quais times estão classificados ainda… tem um time da Alemanha (ALTERNATE aTTaX) que está para se classificar que chega como um dos favoritos, mas a gente não quer jogar com nenhum em específico, só queremos ir bem e conseguir o título. Voltando para a França, eu diria que o time que a gente mais quer jogar (contra) é a Astralis, mas não no primeiro jogo (risos). Queremos jogar com eles quando tivermos um pouco mais de confiança, depois de ter ganhado uma ou duas partidas.

A DETONA é uma das representantes brasileiras nas finais da ESL Pro League, na França (Foto: Divulgação/DETONA)

O cenário brasileiro está em constante evolução e o nível das equipes que disputam os principais torneios do país é bem parelho. Você acredita que equipes como a Furia, e até mesmo vocês, saem à frente por causa das experiências que estão adquirindo lá fora?

Eu diria que sim, acho que essas experiências nos dão uma visão mais ampla do jogo e nos trazem uma bagagem legal, como saber a hora de fazer certas jogadas, ficar vivo, etc. Pegamos um pouco dessa parte tática do jogo que é o que diferencia os times bons dos que são médios. Eu digo times bons aqueles que ganham campeonatos, porque times médios, com certeza são bons, mas não tem uma integridade, uma base forte para garantir os rounds de forma tranquila, para fazer um 3×0 virar um 5×0, que vai virar um 7×0, e garantir o jogo. Times médios começam bem e acabam tomando “comebacks” e eu vejo que times bons têm essa constância dentro de jogo, acredito que essas experiências lá fora ajudam muito com isso.

Você acha que a Detona é hoje a melhor equipe brasileira em atividade no país?

Sim, eu acho que os nossos resultados mostram isso. Conseguimos as vagas internacionais e estamos mandando muito bem com uma hegemonia no cenário, e isso tudo é devido ao nosso esforço, ao nosso tempo e a nossa “skill” dentro do jogo. Vem tudo dando muito certo porque a nossa dedicação é muito grande.

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